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22 Janeiro 2018

A mensagem aos povos indígenas da Amazônia tinha um tom ecológico claro, em aberta crítica aos grandes interesses econômicos do neoliberalismo.

A reportagem é de Carlos Noriega, publicada por Página/12, 20-01-2018. A tradução é de André Langer.

“Eu queria muito esse encontro, eu queria começar por aqui a minha visita ao Peru”, começou Francisco seu discurso para mais de três mil representantes de povos indígenas, que vieram de diferentes partes da Amazônia peruana e países como o Brasil e a Bolívia, reunidos no coliseu na cidade de Puerto Maldonado, na região amazônica de Madre de Dios. Francisco disse-lhes que estava ali para “ouvi-los e para juntar-me aos seus desafios e com vocês reafirmar uma opção sincera para a defesa da vida, da terra e das culturas”.

Sua mensagem aos povos indígenas da Amazônia teve um tom ambiental claro e uma reivindicação dos direitos e da cultura desses povos, e uma dura crítica ao consumismo e aos “grandes interesses econômicos” que desenvolvem uma política extrativa que afeta seriamente o meio ambiente e a vida dos povos indígenas.

“Não podemos dispor dos bens comuns ao ritmo da avidez e do consumo; é necessário que haja limites”, disse Francisco. Na primeira fila estava o presidente Pedro Pablo Kuczynski, próximo a esses grandes interesses econômicos que o Papa criticou e cujo governo vai na contramão desse apelo ambientalista e em defesa dos direitos indígenas que o Papa fez.

“Provavelmente, os povos amazônicos originários nunca foram tão ameaçados em seus territórios quanto agora. A Amazônia é uma terra disputada por várias frentes. Por um lado, o neoextrativismo e a forte pressão de grandes interesses econômicos que apontam sua avidez para o petróleo, o gás, a madeira, o ouro e as monoculturas agroindustriais; por outro, certas políticas que promovem a conservação da natureza sem levar vocês em conta”, disse Francisco para a plateia dos povos amazônicos.

O Papa falou sobre a necessidade de promover decididamente as políticas interculturais sobre educação e saúde, e pediu às autoridades para que criem espaços institucionais para o reconhecimento dos povos indígenas e “um diálogo intercultural, especialmente quando se trata de avançar em grandes projetos que afetam seus espaços”. “Se, para alguns – prosseguiu Francisco –, vocês são considerados um estorvo ou um obstáculo, na verdade, vocês são um grito à consciência de um estilo de vida que não consegue dimensionar os custos do mesmo, são memória viva da missão que Deus nos encomendou: cuidar da casa de todos”.

Antes de o Sumo Pontífice tomar a palavra, uma representante dos povos indígenas, Jesica Patiachi, pediu-lhe para defendê-los: “Nós sofremos pela exploração de nossos recursos naturais. Nós sofremos muito e morremos quando estrangeiros atravessam a terra, quando eles envenenam e destroem os nossos rios transformados em águas pretas da morte. Os estrangeiros nos veem como fracos e insistem em tirar nossos territórios. Estamos vivos e continuamos resistindo. Pedimos que nos defenda”.

No final de sua mensagem, Francisco recebeu uma série de presentes de representantes indígenas. Em seguida, discursou para a população de Puerto Maldonado na esplanada de uma instituição educativa, reuniu-se com um grupo de crianças de um lar de acolhimento da Igreja e almoçou com nove representantes das comunidades amazônicas. Nas suas mensagens, além das questões ecológicas e dos direitos das populações indígenas, também condenou a violência contra as mulheres, um problema sério no país.

Madre de Dios, considerada entre as 25 zonas do mundo com maior biodiversidade, é uma região duramente atingida pela deterioração ambiental, onde há uma importante atividade de mineração e de corte de madeira ilegais, em torno das qual giram outras atividades ilícitas, como o tráfico de mulheres, especialmente adolescentes obrigadas a se prostituírem, a exploração do trabalho infantil nos lavadores de ouro contaminados com mercúrio. Tudo isso diante da inércia das autoridades. Francisco exigiu ações para pôr fim a esses males.

No final da mensagem do Papa, Julio Cusurichi, presidente da Federação Nativa de Madre de Dios e Afluentes, entregou pessoalmente a Francisco uma carta com as principais demandas das comunidades indígenas.

“Nossas demandas têm a ver com o direito ao território, de modo que não nos despojem deles e nos deem títulos de propriedade sobre nossas terras ancestrais, com um modelo de desenvolvimento próprio dos povos indígenas, que todas as atividades das indústrias extrativistas e as iniciativas governamentais que atentam contra os povos indígenas sejam suspensas e que as consultas prévias aos nossos povos sejam respeitadas, a descontaminação de nossos territórios, que se reconheça a nossa contribuição para o mundo na defesa do meio ambiente”, disse Cusurichi ao jornal Página/12.

Após a mensagem do Papa, o líder indígena Edwin Vásquez, da Coordenação de Organizações Indígenas da Amazônia, disse a este jornal que estavam satisfeitos com o que tinham ouvido: “A mensagem do Santo Padre tem sido muito importante a favor dos direitos dos povos indígenas e dos seus territórios. O Papa instou o governo para que respeite os nossos direitos. Vamos exigir que o governo cumpra as nossas demandas, que têm a ver com o que o Papa disse. Se o governo não nos ouvir, então vamos nos fazer ouvir com uma grande mobilização dos povos indígenas da Amazônia”.

“A mensagem do Papa vai em uma direção e o que está acontecendo em países como o Peru está indo em outra direção. Nos últimos anos, em questões ambientais no Peru, fomos retrocedendo. Esperamos que haja um nível de resposta concreta ao que disse o Papa. Essa já é a nossa tarefa e tem que ver com políticas públicas, com o compromisso do Estado, com a vontade política dos governantes. Todos os anos perdemos 150 mil hectares de florestas primárias na Amazônia e não estamos fazendo nada para reverter isso. Nos últimos oito anos, 180 ativistas ambientais foram mortos no Peru, a maioria deles de populações indígenas”, declarou ao Página/12 José de Echave, diretor da ONG CooperAcción.

Em 2009, durante o governo de Alan García, as comunidades nativas da Amazônia se levantaram contra um pacote legal que facilitava a entrega de suas terras ancestrais a empresas extrativistas. O protesto terminou com 33 mortos, entre cidadãos e policiais. No final de sua mensagem de ontem, o Papa se aproximou de Santiago Manuin, líder indígena que foi ferido nesses protestos e que hoje está em uma cadeira de rodas, e deu-lhe a bênção. Um gesto de grande valor simbólico.

Ontem à tarde, em Puerto Maldonado, para onde viajaram cerca de 20 bispos peruanos e de outros bispos amazônicos para a visita do Papa, aconteceu o primeiro encontro preparatório para o Sínodo Pan-Amazônico que Francisco convocou para o próximo ano.

À tarde, Francisco retornou a Lima para falar brevemente, no Palácio do Governo, ao Presidente Kuczynski e líderes políticos e representantes da sociedade civil. Kuczynski, que está politicamente isolado e enfrenta uma grave crise política e social desde que indultou o ex-ditador Alberto Fujimori, condenado em 2009 por crimes contra a humanidade e a corrupção, pediu a Francisco que o ajudasse a impulsionar um diálogo nacional. O Papa não respondeu. O que ele fez foi insistir na importância de defender o meio ambiente e respeitar a diversidade cultural e as comunidades indígenas. Uma mensagem que não deve ter caído muito bem em um governo que anda na contramão de tudo isso.

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