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O povo do México deu um exemplo ao mundo

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14 Outubro 2017

No recente terremoto do México, "o que chamou a atenção geral foi o espírito de solidariedade e de cooperação do povo mexicano. Sem que ninguém as conclamassem, milhares de pessoas, especialmente os jovens, se puseram a remover escombros para salvar as vítimas soterradas. Organizavam-se grupos espontaneamente e este espírito de solidariedade pode salvar muitas vidas", escreve Leonardo Boff, filósofo, teólogo e escritor.

Eis o artigo. 


Nos dias 19 e 23 de setembro, o México foi sacudido por dois terremotos, um de magnitude 7,1 e outro de 6,1 da escala Richter, atingindo 5 Estados, dezenas de municípios inclusive a capital, a Cidade do México, colpasando centenas de casas e produzindo rachaduras em outras centenas de edifícios. Belíssimas igrejas como a de São Francisco de Assis em Puebla tiveram suas torres derrubadas. Todos se lembram ainda do terrível terremoto de 1985 que vitimou mais de dez mil pessoas. Este, embora forte, vitimou cerca de 360.

Estando posteriormente no México e em Puebla a convite para palestras, pude verificar in loco os estragos e o trauma deixado nas pessoas.

Mas o que chamou a atenção geral foi o espírito de solidariedade e de cooperação do povo mexicano. Sem que ninguém as conclamassem, milhares de pessoas, especialmente os jovens, se puseram a remover escombros para salvar as vítimas soterradas. Organizavam-se grupos espontaneamente e este espírito de solidariedade pode salvar muitas vidas.

Imediatamente criaram-se centros de recolhimento de ajuda às vítimas, seja muita água, víveres, roupas, cobertores e todo o tipo de utensílios importantes para uma casa. Ainda neste momento em que escrevo esta crônica (13/10/17) veem-se muitos lugares de “acopio”(recepção de ajudas). A cooperação não conhece limites.

Narro somente dois fatos de causar comoção. O primeiro: o edifício de uma escola colapsou lentamente com muitas crianças dentro. Um jovem vendo que no meio das ruínas havia se formado uma espécie de canal, penetrou rapidamente pelo buraco e retirou várias crianças de 5-7 anos. Mal havia retirado a última, atrás dele caiu outra parte da escola, salvando-se por questões de segundos.

Segundo fato: uma jovem senhora, talvez de uns 30 anos de idade, ficou 34 horas debaixo dos escombros. Deu uma comovente entrevista pela televisão, narrando as várias fases de sua tragédia. Presa entre os escombros, uma laje de concreto se fixara a um palmo de seu rosto. Por 30 horas não ouvia nenhuma voz, nem passos, nem qualquer ruído que pudesse significar a aproximação de alguém que a pudesse resgatar.

Então narrou os vários estágios psicológicos, semelhantes àqueles que conhecemos, quando um enfermo recebe a notícia do caráter incurável de sua doença e da proximidade da morte.

Num primeiro momento, esta senhora se perguntava: por que eu exatamente devo passar por esta desgraça? Depois, quase desesperada, se põe a chorar até se secarem as lágrimas. No momento seguinte, se põe a rezar e a suplicar a Deus e a todos os santos e santas, especialmente à Virgem de Guadalupe, a de maior devoção dos mexicanos. Finalmente, se resigna e confiadamente se entrega à vontade misteriosa de Deus. Mas não perdera a esperança.

Por fim, ouviu passos e depois vozes. A esperança se fortaleceu. Após 34 horas, literalmente sepultada sob uma montanha de escombros, pode ser resgatada. Eis que, alegre e inteira, em companhia de uma psicanalista, especializada em tratar traumas psicológicos como os causados por um repentino terremoto, lá estava ela testemunhando sua terrível experiência.

O México é uma região geologicamente marcada por terremotos, dada a configuração das placas tectônicas de seu sub-solo. O ser humano não tem poder sobre estas forças telúricas. O que ele pode, é precaver-se, aprender a construir suas edificações, resistentes a terremotos a modo dos japoneses e mais que tudo, pode acostumar-se a conviver com esta realidade indomável. Semelhantemente o faz a população do semi-árido nordestino que deve se adaptar e aprender a conviver com a seca que pode perdurar por longos anos, como ocorre atualmente.

No debate após uma conferência na Universidade Ibero-americana, na cidade do México, uma senhora declarou: “se nosso país e se a humanidade inteira vivessem esse espírito de solidariedade e de cooperação, não haveria pobres no mundo e teríamos resgatado uma parte do paraíso perdido”.

Eu reforcei este seu desiderato e lhe disse que foi a cooperação e a solidariedade de nossos antepassados antropóides que começaram a comer juntos, que lhes permitiu dar o salto da animalidade para a humanidade. O que foi verdade ontem, deve ser verdade ainda hoje. Sim, a solidariedade e a geral a cooperação de todos com todos poderá resgatar a essência humana e fazermo-nos plenamente humanos. Nos dias atuais foi o povo do México que nos deu um esplêndido exemplo desta verdade fundamental.

Leia mais

  • A solidariedade mexicana após o terremoto, um reflexo treinado
  • México. O terremoto de 2017 e o fim dos tempos
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  • Solidariedade, a mais frágil e necessária das utopias. Artigo de Roberto Esposito
  • Mais que uma santa, Nossa Senhora de Guadalupe representa a identidade mexicana

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