Por: André | 16 Mai 2016
Continuando sua iniciativa das “sextas-feiras da misericórdia”, o Papa Francisco fez uma visita surpresa, neste dia 13 de maio, à Comunidade Il Chicco, em Ciampino, localizada no subúrbio de Roma (Itália), um lar que atende atualmente 18 pessoas com deficiência mental.
Fonte: http://bit.ly/252i6FD |
A reportagem é publicada por ACI Prensa, 13-05-2016. A tradução é de André Langer.
A Comunidade Il Chicco é uma associação que pertence à grande família A Arca, fundada por Jean Vanier em 1964. Atualmente, está presente em 30 países dos cinco continentes e junto à associação Fé e luz cuida das pessoas mais frágeis e marginalizadas da sociedade.
A Comunidade Il Chicco é a primeira criada na Itália e foi fundada em 1981. Atualmente, acolhe 18 pessoas com deficiência mental. Um segundo local foi construído em Bolonha e o terceiro poderá ser aberto em breve na ilha da Sardenha.
A Santa Sé explicou que a Comunidade Il Chicco vive com poucas contribuições regionais, enquanto confia na Providência para conseguir aquilo de que necessitam. Nesse sentido, o Papa ofereceu uma doação em dinheiro como contribuição pessoal, além de levar bolos e frutas, foram recebidos com aplausos e alegria por todos.
A missão destas “casas família” é receber pessoas com deficiência grave para serem acolhidas e sejam protagonistas da sua própria vida. A ideia que A Arca tem é “elogiar a imperfeição”, ou seja, fazer com que sejam conscientes de que ninguém deve ser discriminado por nenhum tipo de deficiência.
A visita a estas casas permite descobrir o quanto estas pessoas estão conscientes da dignidade de suas próprias vidas, graças ao carinho e à amizade. Nesse sentido, o Papa Francisco quis dar um novo sinal contra a cultura do descarte.
O Pe. Federico Lombardi, porta-voz da Santa Sé, explicou que não é possível privar do amor, da alegria e da dignidade apenas porque uma pessoa pode ter algum tipo de deficiência mental. E acrescentou que ninguém pode permitir-se ao luxo de discriminar por preconceitos que marginalizam.
Na estrutura de Ciampino há duas casas familiares (chamadas “chaminés”), chamadas Vinha e Oliveira. O porta-voz vaticano relatou que o Papa Francisco sentou-se à mesa para partilhar um lanche com os deficientes e os voluntários. Escutou as palavras de Nádia, Salvatore, Vittorio, Paolo, Maria Grazia, Danilo, compartilhando com alegria e simplicidade deste momento familiar com ternura e carinho. Além disso, aproximou-se de Armando e Fabio, os dois primeiros hóspedes destas casas.
Em seguida, o Santo Padre visitou as oficinas artesanais onde cada um dos acolhidos se desenvolve segundo suas capacidades, criando pequenos objetos que expressam sua criatividade e imaginação. Ao final, de mãos dadas, rezaram com o Santo Padre, que abraçou cada um ao despedir-se aproximadamente às 18h30.
O Papa Francisco – segundo o comunicado da Santa Sé – manifestou com esta visita uma das características mais ressaltantes de seu pontificado: a atenção aos mais frágeis e simples. Ao levar a sua ternura e carinho, quis dar um sinal concreto de como podemos viver o Ano da Misericórdia.
Deste modo, este se tornou o quinto sinal da misericórdia realizado pelo Papa Francisco durante o Jubileu. Em janeiro, visitou um lar para idosos e pacientes em estado vegetativo; em fevereiro, foi à comunidade de dependentes químicos em Castel Gandolfo; em março, visitou o centro de acolhida CARA, para refugiados, em Castelnuovo di Porto; e, em abril, visitou os refugiados na ilha grega de Lesbos.
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Papa surpreende pessoas com deficiência mental na sexta-feira da Misericórdia - Instituto Humanitas Unisinos - IHU