19 Abril 2013
Dentro das problemáticas em que o país passa devido à questão indígena, uma situação preocupou o município de Terra Roxa, PR na última quarta-feira (10), quando um índio que acabou de completar 18 anos cometeu suicídio em uma propriedade produtiva invadida.
A informação é do Portal Guaíra, 12-04-2013 e reproduzido pelo CIMI/Equipe de Florianópolis, 18-04-2013.
Diante do fato, a prefeitura de Terra Roxa, por meio da Secretaria da Ação Social, imediatamente providenciou medidas para realizar os procedimentos legais e auxílio à família do jovem índio.
Na quinta-feira (11) a secretária de ação social, Silvia Riedi, juntamente com um assistente social e uma enfermeira, seguiram até o local da invasão para oferecer o sepultamento no cemitério da cidade. Mesmo após conversação com o Cacique da tribo não houve acordo, sendo o auxílio recusado pelos pais do índio que cometeu suicídio.
Os motivos aos quais levaram o jovem a realizar tal ato ainda são desconhecidos. Nem a família e demais indígenas que vivem ha pouco mais de 4 meses na área invadida souberam relatar qualquer motivo que possa orientar o caso.
A propriedade rural invadida pelos índios fica a mais de 7 km do centro da cidade, na comunidade de São Cristóvão e não corresponde a relação de terras reivindicadas pela comunidade indígena.
Após a saída da equipe de Ação Social da prefeitura de Terra Roxa, os familiares realizaram o enterro dentro da propriedade invadida. Ao mesmo tempo em que o assistente social da prefeitura levava as documentações pessoais do índio para expedição da certidão de óbito, a qual não foi aceita pelo Cartório de Registro Civil por não ter ocorrido o enterro no cemitério do município, ficando com os documentos de posse do Cartório aguardando a presença do Cacique acompanhados de representantes da Funai.
Todas as medidas cabíveis na realização do sepultamento no cemitério de Terra Roxa, tal como apoio e auxílio oferecido pela prefeitura, foram realizadas a fim de evitar o enterro dentro da propriedade rural. De acordo com as tradições da tribo, os membros da família devem ser enterrados no local onde vivem, descartando assim o sepultamento no cemitério de Terra Roxa.
Em tentativa de contato com o escritório da Funai de Guaíra, foi relatado que o responsável pela entidade estava em viagem e que os funcionários não poderiam tomar nenhuma atitude referente ao caso por estarem sem carro disponível para irem ao local.
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Terra Roxa – mais um suicídio de jovem indígena - Instituto Humanitas Unisinos - IHU