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Fraternidade: um projeto ético a ser conquistado. A palestra de André Wenin

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19 Março 2013

"Na Bélgica, nos dizem que a Bíblia é um livro modelo a ser imitado. Mas não é. Trata-se de um livro que conta a vida com muita lucidez para nos ajudar a sermos lúcidos com o que somos, e como temos de viver". Com estas palavras o exegeta belga André Wenin encerrou sua exposição na tarde de ontem, propondo ao público uma reflexão sobre o desafio de viver a fraternidade.

A partir da história de José, narrada entre os capítulos 37 a 50 do Gênesis, o professor da Universidade Católica de Louvain da Bélgica continuou o curso "Aprender a ser humano. Um estudo de Gênesis 1-4", parte do cronograma da 10ª Páscoa IHU – Ética, arte e transcendência, promovido pelo Instituto Humanitas Unisinos – IHU.

Com a palestra intitulada "A história de José ou a Invenção da fraternidade", Wenin assinalou que o Gênesis é o livro mais interessante da Bíblia quando queremos observar as relações fraternas e familiares, porque conta uma história familiar que se estende por três ou quatro gerações. "Essas histórias contadas são tudo, exceto, ideais. O Gênesis não procura idealizar a família", pontuou.

Para ele, a temática da fraternidade sempre adquire maior importância neste livro, porque "as coisas começam mal entre os irmãos", desde a relação de Caim e Abel, de Abraão e seu sobrinho (que não são irmãos biológicos), de Isaque e Ismael, Jacó e Isaías, Leia e Raquel, até a narrativa de José. Essas histórias mostram que a fraternidade não é adquirida naturalmente, mas é um potencial a ser alcançado: "É possível que alguém se torne irmão", disse.

O celebre episódio de Caim e Abel faz parte da primeira narrativa bíblica que aborda o tema da fraternidade. Contando a história dos filhos de Adão, Wenin lembrou que o primeiro humano a ter um irmão foi Caim, "mas ele próprio não se tornou um irmão". Na Bíblia, ressaltou, "Abel é apresentado como o irmão de Caim, mas nunca é dito que Caim é irmão de Abel, e na única vez em que ele diz 'meu irmão', o faz para recusar a responsabilidade do irmão em relação a ele. Caim, resumindo, é o homem que não se torna irmão, porque mata seu irmão". Na Bíblia, portanto, a fraternidade começa no nascimento do segundo filho de Adão e Eva, ou seja, quando é imposta ao primeiro filho. "O fato de ter um irmão, dá origem à inveja, ao ciúme e à violência. Mas o sofrimento e o ciúme podem ser resolvidos de um modo diferente, que não seja a violência. É possível sair da violência e, a partir disso, pode nascer uma fraternidade geral, porque ela está num terreno de conflito que aprendemos a superar", frisou.

Na interpretação do exegeta, nesta primeira narrativa que encena os irmãos Caim e Abel, mostra-se que "a fraternidade é potencialmente fonte de ciúme, mas algo faz dela um espaço possível de crescimento humano. Nesse contexto, a palavra desempenha um espaço, e desta forma ela pode amplificar o conflito quando se torna malícia e mentira. Mas também é ela que possibilita administrar os conflitos e sair deles. Chegar a uma palavra justa é importante para a invenção da fraternidade".

De acordo Wenin, o texto do Gênesis é categórico: "Ninguém nasce irmão. No início há apenas filhos e filhas dos mesmos pais, ligados biologicamente por obrigação. Ninguém escolheu nascer filho de um determinado pai ou mãe, e essas ligações impostas são relações geradoras de conflitos, porque podem ser permeadas  de inveja e ciúme. Essa situação difícil pode ser, por vezes, ainda mais complicada dependendo do passado vivido pelos pais, que irá determinar a situação em que os irmãos irão viver".

Parafraseando o filósofo francês Paul Ricoeur, o teólogo belga enfatizou que "o assassinato de Abel faz da fraternidade um projeto ético e não um dado da natureza". A fraternidade, portanto, "aparece como um desafio de se tornar irmão e irmã, quando vamos contornando as armadilhas deixadas pela vida, e consiste em renunciar à cobiça, à inveja, ao ciúme e à violência".

Retomando a história de José e seus irmãos, Wenin assinalou ainda a importância de entender que, nas relações humanas, "não há, de um lado, homens maus e, de outro, homens bons. Há, dos dois lados, vítimas e pessoas que ferem os outros". Quer dizer, a fraternidade, "desde o seu ponto de partida, está ameaçada". Mas como sair dessa situação em que se faz bem para si mesmo e o mal para os outros? Como sair desse impasse em que se encontra a fraternidade? É possível sair desse embaraço de violência em que cada vítima é um agressor?

Ironicamente, respondeu: "Não tenham medo, porque essas coisas só acontecem na Bíblia". E concluiu: "Nós multiplicamos muitíssimo a liberdade e separamos a liberdade, a fraternidade e a igualdade. O que é a igualdade sem a fraternidade? A fraternidade é o resultado da boa conjugação entre liberdade e igualdade: Que a liberdade não mate, e que a igualdade não acabe com a diferença".

 

Texto: Patricia Fachin

Foto: Mariana Staudt


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