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Quem se beneficia com os bilhões prometidos para a reconstrução de Gaza?

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Por: Jonas | 23 Outubro 2014

“Não importa a quantidade de dinheiro que os doadores internacionais arrecadem para a reconstrução, Israel é quem determina o que entra e o que sai de Gaza”, escreve Maureen Clare Murphy, em artigo publicado por Rebelión, 21-10-2014. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

Os promotores da conferência de doadores organizada no Cairo, no domingo 12 de outubro, para arrecadar fundos para a reconstrução de Gaza, que ficou terrivelmente devastada após a última guerra de Israel, têm se vangloriado das promessas feitas por diversos governos ocidentais e árabes em contribuir 5,4 bilhões de dólares.

Porém, o verdadeiro beneficiário dessa ajuda humanitária é Israel. A autoproclamada comunidade internacional pagará novamente a fatura da reconstrução, ao passo que continua dotando Israel de armamento e garantindo uma impunidade que não é outra coisa a não ser a recompensa por seu brutal massacre sobre Gaza, garantindo em essência sua repetição.

“Esta é a terceira vez em menos de seis anos que, junto com o povo de Gaza, vemo-nos obrigados a encarar um esforço de reconstrução”, afirmava na conferência John Kerry, o exasperado Secretário de Estado estadunidense, ainda que não tivesse como evitar o banho de sangue, tendo em conta todo o armamento que os Estados Unidos entregam para Israel, além da ajuda monetária e cobertura diplomática, desde os ataques em grande escala do inverno de 2008-2009 e de novembro de 2012.

As partes envolvidas na conferência de doadores estão fazendo poucos esforços para simular que a prioridade são os sobreviventes em Gaza, onde um a cada mil dos quase 1,8 milhão de palestinos que ali vivem, a maioria deles refugiados, morreu assassinado.

A Autoridade Palestina, que tem sua sede na Cisjordânia ocupada, na cidade de Ramallah, anunciou que nem sequer a metade da metade do prometido na conferência do último dia 12 de outubro chegará a Gaza.

As promessas para Gaza se desviam para Ramallah

Esses fundos se desviarão para o orçamento da Autoridade Palestina para propósitos não especificados.

Ainda que a Autoridade Palestina não tenha dito como gastará o dinheiro arrecadado na conferência para a reconstrução de Gaza, irá destinar a si mesma. “O setor de segurança cresceu mais depressa do que qualquer outro aspecto da Autoridade Palestina”, na última década, como destacaram Sabrien Amrov e Alaa Tartir em um recente relatório político publicado pelo “think tank” palestino Al-Shabaka.

No último ano, 26% do orçamento da Autoridade Palestina foram para a segurança (comparado com apenas 16% na educação, 9% na saúde e um minúsculo 1% na agricultura, que é historicamente a coluna vertebral da economia palestina). O número de funcionários da Autoridade Palestina empregado no setor de segurança atinge 44% do total, muito maior do que em qualquer outro setor, apontam Amrov e Tartir.

A Autoridade Palestina, que já inibiu os esforços iniciados para levar os crimes de guerra israelenses deste verão até a Corte Penal Internacional, é dirigida por Mahmud Abbas, que recentemente chamou de “sagrada” a colaboração com as forças israelenses de ocupação na Cisjordânia.

A Autoridade Palestina aproveita-se da ocasião

Até esse período do ano, mais de 40 palestinos foram assassinados pelas forças israelenses na ocupada Cisjordânia, sendo que no mesmo período, de 2013, morreram 14. “A coordenação em matéria de segurança” não tem nada a ver, obviamente, com a preservação de vidas palestinas.

Como destacaram Amrov e Tartir, “a resistência armada, que já foi considerada como parte inseparável da luta palestina pela autodeterminação, está sendo abordada pela Autoridade Palestina como uma forma de dissidência que não só necessita de intervenção policial, como também é preciso criminalizá-la e erradicá-la”.

O paradigma atual da coordenação em segurança, afirmam Amrov e Tartir, tem por objeto “criminalizar a resistência contra a ocupação e deixar Israel – e seus comparsas de confiança – em posse exclusiva do uso das armas contra uma população indefesa”.

Seja como for, a Autoridade Palestina serve de braço policial das próprias posições da ocupação israelense. Para a reconstrução de Gaza, esta situação vai seguramente ser utilizada para desmantelar a resistência armada (que defendeu Gaza e demonstrou muito maior disciplina e capacidade tática do que durante qualquer confronto anterior com Israel).

Ainda que seja da Autoridade Palestina o papel de marginalizar a liderança do Hamas em Gaza, qualquer tentativa de reconstrução estará submetida à autoridade última de Israel.

(É necessário destacar que a Organização para a Libertação da Palestina disse à agência de notícias Ma’an, no domingo, que ainda não havia sido fixada a data para o começo dos projetos de reconstrução em Gaza.)

Recordando aos observadores que estão à frente de tudo: Israel negou inicialmente aos ministros da Autoridade Palestina, na Cisjordânia, inclusive ao primeiro-ministro Rami Hamdallah, permissão para visitar Gaza, que continua fechada e sob o assédio econômico imposto por Israel. Tudo isso patrocinado pelo anfitrião da conferência de doadores: o Egito.

“Mais de 50 anos para a reconstrução”

Oxfam, uma das agências de ajuda internacional, advertiu, na semana passada, que o dinheiro prometido na conferência global de doadores “ficará nas contas bancárias por décadas, antes de chegar até as pessoas, a não ser que Israel levante as restrições que, há tempo, impõe às exportações”.

Como a importação de materiais básicos de construção para Gaza está proibida desde 2007, com raras exceções, e como a maioria dos túneis de fornecimentos sob a fronteira com Egito foram destruídos, os palestinos não têm possibilidades de reconstruir nada.

Oxfam acrescentou que “com as atuais restrições e volume de importações permitidas, demorará mais de 50 anos para se construir 89.000 novos lares, 226 novos colégios, assim como instalações sanitárias, fábricas e infraestrutura hídrica e de saneamento, tao necessitadas pela população de Gaza”.

Não importa a quantidade de dinheiro que os doadores internacionais arrecadem para a reconstrução, Israel é quem determina o que entra e o que sai de Gaza.

Os caminhões com materiais de reconstrução que entraram em Gaza, no último mês, eram “destinados para projetos aprovados antecipadamente pelas autoridades israelenses, e eram as organizações internacionais presentes em Gaza as que tinham que desenvolvê-los”, destaca a Agência das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla em inglês), em um recente relatório de supervisão.

A asfixia total por Israel da economia de Gaza também se aplica às exportações. No último mês, foi permitido que apenas dois caminhões saíssem pelas rotas comerciais controladas pelos israelenses. Foram os primeiros caminhões com exportações desde o mês de junho.

Responsabilidade ou cumplicidade

O Comitê Nacional Palestino para o Boicote, Desinvestimento e Sanções (CNPBDS) condena o fracasso que representa o fato de não ter sido imposto pressões significativas sobre Israel para que colocasse fim ao assédio que destruiu a economia de Gaza muito antes da destruição perpetrada neste verão, durante o qual 419 empresas e oficinas foram prejudicadas e 128 completamente destruídas.

“As promessas de dinheiro dos doadores não substituem a obrigação de que Israel responda por suas graves violações ao direito internacional, incluindo crimes de guerra e crimes contra a humanidade, com o objetivo de obter justiça para as vítimas palestinas”, afirmou, no domingo, o Comitê mencionado.

“O bloqueio israelense e os repetidos ataques de seu exército contra a ocupada Faixa de Gaza são parte essencial dos sistemáticos esforços israelenses para separar de forma permanente a diminuta Faixa de Gaza da Cisjordânia, “desfazendo-se assim” de sua grande população palestina, a maioria refugiados da Nakba de 1948, deixando sem resolver seus direitos e reclamações em Israel”, acrescenta o comunicado.

O CNPBDS critica as agências internacionais, incluindo as Nações Unidas e o Comitê Internacional da Cruz Vermelha, por atuar “dentro dos parâmetros da política de Israel de isolamento e castigo coletivo”.

Caso não seja adotado ao menos um embargo militar amplo e vinculante sobre Israel, os estados doadores, as agências internacionais e as ONGs serão cúmplices de uma política ilegal e injusta de castigos coletivos, deixa claro o CNPBDS. Não existem mecanismos, neste momento, que obriguem Israel a prestar contas ao povo palestino.

Abandonando Gaza

Tendo em conta todas estas realidades, é trágico, ainda que não surpreendente, que os jovens palestinos de Gaza, que enfrentam taxas de desemprego superiores a 60%, tenham perdido a esperança e estejam colocando suas vidas nas mãos de traficantes na tentativa de chegar à Europa, para ter um futuro.

“Isto nunca aconteceu antes... Inclusive, nos piores momentos a gente nunca pensou em abandonar a Faixa de Gaza”, disse Sara Roy, que há três décadas estuda a economia de Gaza, a Bettina Marx em uma entrevista para o Deutsche Welle.

“A classe média foi majoritariamente aniquilada”, disse Roy.

Até mesmo o deliberado afundamento de um barco que transportava cerca de 500 passageiros – muitos deles palestinos de Gaza, com o risco de que a maioria morresse afogada –, nas costas de Malta, no último mês, não deteve a fuga da Faixa de Gaza por meio dos túneis clandestinos.

Em agosto de 2012, as Nações Unidas publicaram um relatório que estudava se Gaza seria um lugar onde se poderia habitar em 2020. Mas, a insuportável realidade de Gaza já se faz presente.


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