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O argumento de Welby contra casamento gay tem força. Mas não podemos ceder à chantagem moral

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07 Abril 2014

Justin Welby, arcebispo de Canterbury, se saiu com um argumento fascinante contra a aprovação, por parte da Igreja Anglicana, do casamento gay, qual seja, o de que, se for aprovado, cristãos africanos serão mortos.

A reportagem é de Andrew Brown, publicada por The Guardian, 05-04-2014. A tradução é de Isaque Gomes Correa.

Não há dúvida de que Welby ficou profundamente afetado por esta experiência. Ele falou comigo sobre isso em privado e claramente se mostrava angustiado com a memória da vala comum e com o cheiro forte que daí saía.

Houve um relato semelhante quando Rowan Williams decidiu abandonar o seu velho amigo Jeffrey John em 2003: pelo que parece, falaram-lhe que, se John fosse consagrado bispo de Reading, na Inglaterra, cristãos no Paquistão iriam morrer em rebelião subsequente.

Pode-se chamar isso uma forma de chantagem emocional? Não aceito a ideia de que, ao contar esta história, Justin esteja tentando fazer este tipo de chantagem. Mas estaria ele fazendo chantagem com ele mesmo indevidamente?

Há alguns aspectos simpáticos quanto à posição de Welby. De fato, existe uma boa defesa perfeitamente moral aí presente. O curioso é que não se trata de uma defesa cristã, mas sim de um argumento estritamente utilitarista. O sofrimento causado a uma mulher lésbica ordenada na Inglaterra que não pode casar com sua parceira é – até onde podemos comparar coisas assim – muito menor do que aquele sofrido por uma mulher africana que vem a ser estuprada e assassinada junto de seus filhos. Se realmente existir algum tipo de intercâmbio entre os dois casos, por mais tênue que seja, o filósofo utilitarista Peter Singer certamente iria sustentar que os interesses africanos vêm em primeiro lugar.

Também não estamos livres da responsabilidade moral de um crime ou tragédia só porque outros envolvidos terão uma culpa maior. Se um lunático estiver segurando uma faca na garganta da minha filha e disser que irá matá-la se eu falar “queijo”, seria errado eu falar “queijo” só para mostrar o quão irracional este lunático está sendo. A questão toda sobre chantagem moral é que algo de valor pode ser perdido por parte da pessoa chantageada.

Arcebispos não devem ser utilitaristas ao estilo de Peter Singer. E me parece haver duas coisas erradas com a postura de Welby do ponto de vista da ética cristã. A primeira é certamente que, embora tenhamos o direito de tomar nossas próprias decisões sobre ceder ou não à chantagem moral, não temos o direito de fazê-las por outros adultos.

Poder-se-ia objetar dizendo que um arcebispo está aí para tomar decisões pelas pessoas, portanto esta regra não é verdadeira. Mas ele também está neste lugar para dar o exemplo. E esta leva à segunda objeção cristã a este tipo de chantagem. Os cristãos são chamados a fazerem o que é certo e a confiar que a vontade de Deus irá trazer bons resultados mesmo se o mal se seguir imediatamente. Deixar de fazer o que se acredita ser o certo é, em certo sentido, uma espécie de blasfêmia.

Na realidade, Welby não acredita no casamento homoafetivo. Ele já disse o suficiente em favor dos gays para o desgosto das igrejas ugandesa e nigeriana. Não acho que se pode acusá-lo de covardia nesta questão, mesmo se ele estiver errado.

Há uma terceira questão contra a chantagem moral, aplicável tanto aos cristãos quanto aos utilitaristas: ceder às intimidações não faz nada para desencorajá-las. É terrível dizer que as vidas de cristãos que irão morrer na África devam ser postas na balança contra os direitos da comunidade LGBT em outros lugares.

Mas a equação é ainda pior. A vida dos cidadãos desta comunidade na África são postas em risco sempre que argumentos homofóbicos são aceitos como válidos. Estamos comparando cristãos que são massacrados por serem cristãos contra gays queimados vivos por manifestações cristãs de linchamento em Uganda. Parece que, infelizmente, as vidas de gays, lésbicas, bissexuais e travestis em Uganda só são ameaçadas quando estrangeiros rejeitam argumentos homofóbicos como extremismo.

No final, o argumento sobre o massacre não deve ter sucesso. Mas tem força suficiente para diminuir a nossa presunção (eu espero), mesmo quando estamos certos.


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