Papa Francisco sugere que fabricantes de armas não podem se dizer cristãos

Mais Lidos

  • "A ideologia da vergonha e o clero do Brasil": uma conversa com William Castilho Pereira

    LER MAIS
  • O “non expedit” de Francisco: a prisão do “mito” e a vingança da história. Artigo de Thiago Gama

    LER MAIS
  • A luta por território, principal bandeira dos povos indígenas na COP30, é a estratégia mais eficaz para a mitigação da crise ambiental, afirma o entrevistado

    COP30. Dois projetos em disputa: o da floresta que sustenta ou do capital que devora. Entrevista especial com Milton Felipe Pinheiro

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

24 Junho 2015

As pessoas que produzem armas ou investem na indústria armamentícia são hipócritas se chamarem a si próprias de cristãs, disse o Papa Francisco nesse domingo (21).

A reportagem foi publicada pelo jornal The Guardian, 22-06-2015. A tradução é de Isaque Gomes Correa.

Francisco fez esta crítica à indústria de armas num comício de milhares de jovens no fim do primeiro dia de sua visita à cidade italiana de Turim.

“Se confiarem apenas nos homens, terão perdido”, disse ele aos jovens em um longo e elaborado discurso sobre guerra, confiança e política, depois de ter descartado a sua fala preparada previamente.

“Isso me faz pensar em (...) pessoas, gestores e empresários que se dizem cristãos e fabricam armas. Isso leva a um tanto de desconfiança, não é?”, disse ele sob aplausos.

Francisco igualmente criticou aqueles que investem na indústria armamentícia, dizendo que a “duplicidade é moeda corrente hoje (...) Eles dizem uma coisa e fazem outra”.

Francisco também falou a respeito de comentários que fez no passado sobre eventos ocorridos nas Primeira e Segunda Guerra Mundiais. Ele discorreu sobre a “tragédia do Shoah”, usando o termo hebraico para o Holocausto.

“As grandes potências tinham fotos dos trilhos que levavam os trens aos campos de concentração, como o de Auschwitz, para matar judeus, cristãos, homossexuais, todo mundo. Por que não bombardearam [os trilhos]?”

Ao falar sobre a Primeira Guerra Mundial, Francisco falou da “grande tragédia da Armênia”, mas sem usar a palavra “genocídio”.

O pontífice causou um desconforto diplomático em abril deste ano ao chamar o massacre de 1,5 milhão de armênios há 100 anos de “o primeiro genocídio do século XX”, levando a Turquia a convocar de volta seu embaixador para o Vaticano.