Papa abraça freira que lhe contou sobre a tia ''desaparecida'' durante a ditadura argentina

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05 Mai 2015

Um pulo no parque de diversões, nesse domingo à tarde, antes da visita à paróquia de Ostia. O evento não programado de Francisco remonta no tempo aos anos da ditadura argentina, o horror dos desaparecidos. A Ir. Geneviéve tem 72 anos de idade, há 46 anos faz apostolado entre circenses e empregados de parques de diversão, há seis anos vive com duas irmãs da congregação de Charles de Foucauld entre os brinquedos do Parque Lido.

A reportagem é de Gian Guido Vecchi, publicada no jornal Corriere della Sera, 04-05-2015. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Francisco rezou com eles na capelinha esculpida no velho trailer branco onde vivem. O papa e a Ir. Geneviéve já se conheciam. Ela escancara os olhos azuis e conta: "A minha tia, Léonie Duquet, é uma das duas freiras francesas desaparecidas em 1977. Jogaram-na no mar a partir de um helicóptero. Em 2005, identificaram os ossos que chegaram à orla, e eu fui lá para o funeral. Depois, quando o cardeal Bergoglio chegou a Roma para o Sínodo, eu escrevi que estava sentida por não ter visto nenhum bispo. Ele me telefonou naquela mesma noite. Ele explicou que estava em outro lugar, que ele tinha dado permissão para a sepultura, mas acrescentou: 'Obrigado por me dizer. Assim se faz entre irmãos e irmãs'. A sua humildade me deixou atordoada".

Desde que se tornou papa, ela o reviu em Santa Marta, com outros parentes de desaparecidos. Francisco sabia que ela estava na sua pequena missão em Ostia, uma banca de pescaria e os presepinhos feitos com as conchas da praia, entre as famílias dos empregados do parque: "Eu venho de uma região católica, mas um pouco fechada. Aqui, encontrei pessoas maravilhosas, abertas, com um coração enorme".

Assista ao vídeo da visita às Irmãs de Jesus que vivem dentro de um carro, inclusive com capela

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