Migrantes e refugiados enfrentam a selva de Darién

Foto: Moreno Gonzalez | UNICEF

Mais Lidos

  • "A ideologia da vergonha e o clero do Brasil": uma conversa com William Castilho Pereira

    LER MAIS
  • O “non expedit” de Francisco: a prisão do “mito” e a vingança da história. Artigo de Thiago Gama

    LER MAIS
  • A luta por território, principal bandeira dos povos indígenas na COP30, é a estratégia mais eficaz para a mitigação da crise ambiental, afirma o entrevistado

    COP30. Dois projetos em disputa: o da floresta que sustenta ou do capital que devora. Entrevista especial com Milton Felipe Pinheiro

    LER MAIS

Revista ihu on-line

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

Entre códigos e consciência: desafios da IA

Edição: 555

Leia mais

13 Setembro 2023

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) confirmou, na semana passada, que 60 mil crianças cruzaram nos oito meses deste ano, com seus familiares, a selva de Darién, que separa a América do Sul com a América Central, entre os territórios da Colômbia e do Panamá, com vistas a alcançarem os Estados Unidos. Crianças representam um quarto das pessoas atualmente em trânsito pela América Latina e o Caribe.

A reportagem é de Edelberto Behs.

Também conhecida como Tampão de Darién, com 5 mil quilômetros quadrados de matas tropicais, montanhas íngremes e rios, a selva de Darién é considerada uma das rotas mais perigosas de migração, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

Em busca de melhores condições de vida, migrantes e refugiados enfrentam os perigos presentes na área, como ataques de animais selvagens, doenças como dengue e malária, correnteza de rios. A região também é local de atuação de grupos criminosos, conhecidos por cometerem atos de violência, entre roubos, abuso sexual e tráfico de pessoas.

Em abril passado, o Acnur e a Organização Internacional para as Migrações (OIM) emitiram comunicado alertando para o aumento de pessoas cruzando a selva de Darién. O comunicado informava, então, que mais de 100 mil pessoas atravessaram a selva nos primeiros meses de 2023, um volume seis vezes maior comparado ao mesmo período do ano passado. Desse total, “três quartos das pessoas sofreram ferimentos ou acidentes na viagem, e um terço sofreu alguma forma de maus-tratos ou abusos”.

A maioria dos que cruzaram o Tampão de Darién nos primeiros meses do ano, 30,2 eram naturais da Venezuela, 23,6 mil do Haiti e 14,3 mil do Equador. A maioria deixou seu país de origem por questões econômicas, falta de segurança e ameaças à vida e à família.

O Unicef pediu às autoridades latino-americanas que reforcem os processos de fronteira e de acolhimento, sensíveis às crianças e os sistemas de proteção infantil, a migrantes e refugiados.

Leia mais