04 Abril 2023
Os desafios políticos e econômicos hoje são muito maiores para tirar o Brasil do mapa da fome, em relação ao que era há 20 anos. A constatação é de José Graziano, ex-diretor da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), ex-ministro extraordinário de Segurança Alimentar e responsável pela implementação do Programa Fome Zero no primeiro governo Lula, e atualmente diretor-geral do Instituto Fome Zero.
A reportagem é de Márcia de Chiara, publicada por O Estado de S. Paulo e reproduzida pelo portal do jornal Zero Hora, 03-04-2023.
Antes eram 40 milhões de brasileiros passando fome, concentrados em cidades do interior do Nordeste e da Amazônia. Hoje, afirma Graziano, são cerca de 65 milhões, distribuídos pelas grandes metrópoles nacionais. Antes essas pessoas estavam concentradas nas pequenas e médias cidades do interior, principalmente no Nordeste e na Amazônia.
Segundo o ex-diretor da FAO, “há um tema que se acentuou muito na pandemia e no pós-pandemia: a mudança de hábito de consumo. O Brasil caminhava para uma alimentação mais saudável, mas a pandemia interrompeu esse movimento e aumentou a demanda por produtos processados e ultraprocessados. Embutidos de carne, como salsicha substituindo carne, principalmente porque é mais barato”.
Hoje, constata o responsável pela implementação do Programa Fome Zero, em relação a 20 anos atrás, “tem novos problemas. Não é apenas fornecer alimentos. A gente consegue identificar as pessoas, mas os programas são mais complexos”.
A íntegra da reportagem pode ser lida aqui.
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Acabar com a fome no Brasil hoje é mais difícil do que era há 20 anos, diz responsável pelo Fome Zero no primeiro mandato de Lula - Instituto Humanitas Unisinos - IHU