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Buriates, Cazaques, Tuvanos: aqueles jovens “da periferia” no topo dos mortos russos

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27 Junho 2022

 

Vladimir Putin se compara a Pedro, o Grande e desde o início a guerra foi concebida dentro do Kremlin por um pequeno círculo de homens brancos, de idade avançada, ligados ao sonho de um grande império eslavo que reconquiste suas antigas regiões europeias. Mas o tributo do sangue está sendo pago, fora de toda proporção, por jovens de aparência completamente diferente: olhos amendoados, maçãs do rosto altas ou pele oliva do Cáucaso.

 

A reportagem é de Federico Fubini, publicada por Corriere della Sera, 25-06-2022. A tradução é de Luisa Rabolini.

 

Muitas vezes são muçulmanos da Ossétia do Norte, do Daguestão ou budistas tibetanos da Buriácia ou da República de Tuva, nas fronteiras da Mongólia. Ou vêm de alguma província remota do Extremo Oriente não muito longe das fronteiras com a China e a Coreia do Norte, como a província judaica autônoma onde Stalin tentou deportar toda uma minoria incômoda. Em nome do sonho imperial de Putin - números na mão - esses jovens das terras mais distantes têm centenas de vezes mais chances de morrer na Ucrânia do que seus pares de Moscou ou São Petersburgo. A pesquisa insistente e a análise de dados dizem que eles foram os primeiros a serem lançados na fornalha da guerra nas semanas mais sangrentas. Os buriates, por exemplo, são apenas 0,3% da população, mas foram 4,5% dos mortos nas primeiras três semanas da guerra.

 

A parcela de cazaques étnicos apanhados pelo moedor da guerra é sete vezes o seu peso na população russa. São pessoas como eles e de outras minorias que se encontram expostas muito mais do que russos eslavos, brancos e nativos das grandes cidades europeias. Até hoje, apenas oito pessoas vindas de Moscou morreram na guerra, em uma população de vinte milhões na área metropolitana. Seis vezes mais mortes são conhecidas com certeza de Tuva, apesar de uma população mais de sessenta vezes menor: a probabilidade de morrer é centenas de vezes maior, se alguém estiver entre aqueles que vieram do lado errado da Rússia.

 

Empurrados contra o fogo inimigo tanto quanto esses russos asiáticos ou caucasianos foram até agora apenas os ucranianos dos territórios ocupados, alistados à força ao lado do exército de Moscou: recrutados com ameaças e violência nas "repúblicas independentes" de Donetsk e Lugansk ou enviados para morrer sob fogo ucraniano de Sebastopol, que há apenas alguns anos foi retirada por Putin do controle de Kiev.

 

Existe uma rede clandestina na Rússia que mantém a contabilidade dos mortos todos os dias, porque isso também é um ato de resistência civil sob um regime mentiroso: o governo de Moscou havia falado sobre 1.351 mortos em 25 de março e desde então nada mais, ao ponto que o presidente da Comissão de Defesa da Duma Andrei Kartapolov chegou a dizer este mês que o silêncio reina sobre os mortos na Ucrânia "porque não há mais".

 

Maria Vyushkova sabe que não é bem assim. Como revelam seus traços asiáticos, ela vem da Buriácia, foi expatriada da Rússia em 2010, hoje é pesquisadora de cálculo quântico no Centro de Pesquisa Computacional de Notre Dame no Vale do Silício e está entre os poucos nós visíveis da rede. Sua competência a torna útil na gestão do banco de dados criado para desmascarar a grande mentira de Putin sobre os mortos. "Nunca imaginei me encontrar em um papel semelhante", diz Maria Vyushkova, 40. "Somos a única organização que conta os caídos também por origem étnica.”

 

Os membros da rede são centenas espalhados pelos onze fusos horários russos: cada um cooptado mediante a apresentação de outros elementos confiáveis da rede, cada um autorizado a conhecer apenas alguns poucos outros para que uma prisão ou uma traição não comprometa toda a estrutura. Eles trabalham como podem. Eles ficam de olho nos jornais locais pelos anúncios de falecimento ou obituários, acompanham às mídias sociais russas como VKontakte ou Odnoklassniki ("colegas de classe"), percorrem os bate-papos do Telegram se alguém falar sobre um amigo que morreu na guerra. Só assim identificaram cerca de 4 mil, divididos por etnia e regiões.

 

Mas alguns morrem sem ninguém fale deles em algum lugar e para localizar essas pessoas os membros da rede visitam os cemitérios, contam as sepulturas frescas e verificam se uma foto de um jovem uniformizado está sobre elas. Assim eles identificaram mais 4.000 caídos. Depois, há o grande número de desaparecidos, muitas vezes quase sempre mortes silenciadas, o que eleva a contagem para 12.000 e, finalmente, as mortes do Wagner e das outras forças contratadas.  "Nosso número total de mortos no lado russo não está longe dos 15.000 que o Pentágono está falando", diz Vyushkova.

 

Em sua opinião, as minorias são enviadas para morrer "por desprezo, não pelo projeto de um expurgo no estilo de Stalin". Em parte, são sempre os mais pobres das periferias que se alistam, como acontecia com os latinos do exército estadunidense no Iraque. "Mas Putin tem o cuidado de preservar as famílias de Moscou e São Petersburgo porque teme os protestos nas grandes cidades", acrescenta Vyushkova. "Se algum Buriate da periferia morrer, quem vai perceber?"

 

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