27 Junho 2022
“Continuamos pedindo um maior apoio às políticas de ajuda às mulheres grávidas e às famílias com crianças, especialmente por parte do movimento pró-vida, para reduzir a incidência do aborto.”
Publicamos aqui o editorial da revista America, 24-06-2022. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Eis o texto.
No dia 24 de junho, em uma decisão histórica de seis votos contra três, a Suprema Corte dos Estados Unidos confirmou uma lei do Mississippi que restringe o aborto após 15 semanas de gestação. Os cinco juízes que compartilharam a opinião majoritária no caso “Dobbs v. Jackson Women’s Health” afirmaram que “a Constituição não confere um direito ao aborto”.
Essa decisão anula os precedentes da Corte tanto no caso Roe v. Wade, decidido há quase 50 anos, quanto no caso Planned Parenthood v. Casey, decidido há 30 anos.
Como temos feito há muito tempo, os editores da America continuam argumentando que, como uma questão constitucional, a regulamentação do aborto é principalmente uma questão para as legislaturas estaduais. Como uma questão moral, a vida humana nascitura tem uma dignidade sagrada e merece a proteção legal. E, finalmente, como uma questão política, as complicadas e divisivas questões em torno do aborto não podem ser efetivamente abordadas quando o único local real para tratá-las é a Suprema Corte.
Os editores da America apoiam a derrubada da sentença Roe v. Casey, mas também reconhecem que a vida nascitura não pode ser defendida unicamente limitando legalmente a disponibilidade do aborto.
Por isso, continuamos pedindo um maior apoio às políticas de ajuda às mulheres grávidas e às famílias com crianças, especialmente por parte do movimento pró-vida, para reduzir a incidência do aborto.
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“Vida nascitura não pode ser defendida unicamente limitando o aborto.” Editorial da revista America - Instituto Humanitas Unisinos - IHU