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Bruno Latour, uma reinterpretação teológica

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20 Junho 2022

 

Na Veritatis gaudium, o Papa Francisco escreve que a interdisciplinaridade não é uma moda passageira, mas uma exigência que não pode mais ser evitada para quem deseja investigar o ser humano e o mundo. Por isso, é preciso considerar com atenção o dossiê que a Rivista di Teologia dell’Evangelizzazione, da Faculdade Teológica da Emilia-Romagna, dirigida por Maurizio Marcheselli, dedicou a Bruno Latour na edição de janeiro-junho de 2022 (sumário em italiano, disponível aqui).

 

O comentário é de Michele Zanardi, publicado por Settimana News, 15-06-2022. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

 

Antropólogo e sociólogo que aborda com perspicácia a filosofia da ciência (a partir do provocativo texto “Jamais fomos modernos” (Ed. 34), que lhe rendeu notoriedade no início dos anos 1990) e o debate em torno da ecologia (até os mais recentes “Diante de Gaia” [Ubu Editora] e “Onde estou?” [Ed. Bazar do Tempo]), Latour é um estudioso que impressiona não só pela amplitude do seu campo de interesse e pela profundidade das suas análises, mas também pela originalidade com que antecipou e analisou as crises do mundo atual.

 

 

 

 

 

 

Ao lhe dedicar um dossiê, a Rivista di Teologia dell’Evangelizzazione amplia o olhar sobre a teologia e a pastoral, reconhecendo implicitamente que a atualidade e a história da teologia pertencem ao longo e complexo arco temporal da história das culturas; reconhecendo assim que os instrumentos do debate eclesial muitas vezes são compartilhados e estão em comunicação com os instrumentos utilizados pelas disciplinas não diretamente teológicas.

 

A hipótese de trabalho dos autores, sintetizada no título, é que o pensamento de Latour tem “raízes teológicas” a montante, e que a jusante essas raízes podem restituir frutos à teologia, alguns já maduros e outros a serem amadurecidos com cuidado e atenção.

 

O dossiê

 

Depois de uma introdução do editor do dossiê e do trabalho de debate coletivo, na primeira contribuição Nicola Manghi traça com competência as linhas essenciais da trajetória intelectual de Latour: na raiz, o desconstrucionismo de Derrida e uma interpretação original do método exegético de Bultmann; depois, as suas observações em campo – na Costa do Marfim e em um laboratório de biologia californiano – foram os pontos decisivos que lhe permitiram elaborar uma antropologia crítica da chamada cultura “moderna”.

 

Em particular, Manghi se concentra de modo sintético, mas eficaz, na Teoria Ação-Rede e em uma perspectiva que vê a realidade como um conjunto de interações em que cada nó da rede é centro e ator: uma consequência disso é o caráter instrumental, provisório e incompleto de qualquer interpretação e análise da – mobilíssima – realidade humana.

 

Seguem-se duas intervenções destinadas a identificar alguns elementos estruturais da relação entre a reflexão de Latour e a teologia. Vincenzo Rosito descreve a possibilidade epistemológica de um pensamento que se constrói mediante a ação cooperativa expressada por um conjunto de sujeitos envolvidos: desse modo, o saber é “montado” graças a um processo que envolve, por parte de cada ator, tanto o fato de pôr em comum as próprias perspectivas quanto a “caça furtiva” no campo das intuições e das disciplinas alheias. Nisso, o método de Latour certamente pode enriquecer o pano de fundo sobre o qual se situa a categoria bergogliana de sinodalidade.

 

O segundo elemento estrutural é identificado por Stefania De Vito e Michele Zanardi no método hermenêutico. Para Latour, é a hermenêutica – que é a tentativa de interpretar sem deturpar ou de traduzir sem trair – o que torna fascinantes os sistemas religiosos. Partindo da exegese radical de Bultmann, Latour inverte as suas consequências, ensinando que o núcleo das mensagens transmitidas por uma determinada cultura (incluindo o núcleo das mensagens do evangelho) não se encontra eliminando a estratificação das mediações, mas multiplicando-as o máximo possível.

 

De Vito e Zanardi apontam, então, as suas consequências para o modo de entender não apenas a categoria de tradição, mas também as de revelação, encarnação e escatologia: é essencial que as Igrejas cristãs consigam possibilitar aos contemporâneos tanto a relação do indivíduo com o transcendente quanto a relação do transcendente com o mundo material e a natureza, ainda mais em uma época caracterizada pela crise ambiental e pelo “Novo Regime Climático”.

 

As contribuições de Marco Pietro Giovannoni e Matteo Prodi têm o mérito de vincular o pensamento de Latour a questões em aberto no debate eclesial atual: respectivamente, as questões levantadas pela evangelização nos contextos pós-coloniais e aquelas postas em primeiro plano pelo Papa Francisco com a encíclica Laudato si’. Tais temas cruciais são oportunamente retomados por Federico Badiali, Fabrizio Mandreoli e Giorgio Marcello nas duas intervenções colocadas na conclusão do dossiê.

 

Práxis a ser elaborada

 

Emerge assim, entre frutos maduros e outros a serem amadurecidos, o esforço comum da teologia e das ciências humanas na tentativa de elaborar, dentro da comunidade dos seres humanos, uma práxis responsável e sustentável.

 

O percurso intelectual de Latour demonstra, assim, que em uma época de crise e desorientação como a atual, em que todas as disciplinas humanas são chamadas a uma profunda reavaliação, a teologia e as reivindicações das comunidades cristãs não estão de modo algum isoladas: a menos que elas mesmas optem, distorcendo o sentido da própria tradição, por ceder à tentação do isolamento.

 

Certamente, a partir do diálogo com Latour, a reflexão teológica pode sair enriquecida com um senso mais atualizado de muitas questões antropológicas, sociais e ambientais, assim como com uma série de instrumentos e impulsos não secundários para cumprir a sua tarefa de decifração e discernimento “à altura dos tempos”.

 

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