CEEPETH repudia a violência sexual de garimpeiros contra mulheres e crianças Yanomami

Indígena Yanomami. Foto: Divulgação/FUNAI

Mais Lidos

  • Para a professora e pesquisadora, o momento dos festejos natalinos implicam a escolha radical pelo amor, o único caminho possível para o respeito e a fraternidade

    A nossa riqueza tem várias cores, várias rezas, vários mitos, várias danças. Entrevista especial Aglaé Fontes

    LER MAIS
  • Frente às sociedades tecnocientífcas mediadas por telas e símbolos importados do Norte Global, o chamado à ancestralidade e ao corpo presente

    O encontro do povo com o cosmo. O Natal sob o olhar das tradições populares. Entrevista especial com Lourdes Macena

    LER MAIS
  • Diante um mundo ferido, nasce Jesus para renovar o nosso compromisso com os excluídos. IHUCast especial de Natal

    LER MAIS

Assine a Newsletter

Receba as notícias e atualizações do Instituto Humanitas Unisinos – IHU em primeira mão. Junte-se a nós!

Conheça nossa Política de Privacidade.

Revista ihu on-line

Natal. A poesia mística do Menino Deus no Brasil profundo

Edição: 558

Leia mais

O veneno automático e infinito do ódio e suas atualizações no século XXI

Edição: 557

Leia mais

Um caleidoscópio chamado Rio Grande do Sul

Edição: 556

Leia mais

20 Abril 2022

 

A Comissão Episcopal Pastoral Especial para o Enfrentamento ao Tráfico Humano (CEPEETH), da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou nesta segunda-feira, 18 de abril, uma nota de repúdio à violência contra o povo Yanomami.

 

A reportagem é de Luis Miguel Modino.

 

A nota, assinada pelo presidente da CEPEETH, Dom Evaristo Spengler, “vem a público expressar, veementemente, sua indignação e repúdio diante da violência sofrida pelo povo Yanomami, especialmente a invasão do garimpo ao seu território, a violência sexual contra mulheres e crianças e o completo descaso do governo”. 

 

O relatório “Yanomami Sob Ataque: Garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami e propostas para combatê-lo”, divulgado em 11 de abril, construído pela Hutukara Associação Yanomami, que “denuncia a dramática realidade em que vivem as comunidades Yanomamis do Amazonas e de Roraima”. 

 

 

"O garimpo “cresceu 46% nas reservas indígenas em 2021”, denuncia a nota, e também que “os números de ataques criminosos contra as comunidades Yanomamis são alarmantes e desesperadores”. A situação é tão grave, que são relatados “a violência sexual e estupros sofridos por adolescentes e mulheres yanomamis, praticados por garimpeiros invasores que desenvolvem atividades criminosas de extração de ouro”.

 

Junto com isso as consequências da contaminação por mercúrio, “afetando a saúde dos rios e florestas e das populações que ali vivem”. Isso leva o CEPEETH a afirmar que “o povo Yanomami encontra-se ameaçado, violentado e em grande vulnerabilidade sob precárias condições de vida, fome, desnutrição e sujeitos a adquirirem doenças endêmicas, infectocontagiosas como a malária, dentre outras”.

 

O relatório recolhe também os efeitos da Covid-19 para os povos indígenas, denunciando que “tudo isto é fruto da inoperância do Estado brasileiro, em particular do governo federal, que de forma explícita vem desenvolvendo ações para expulsar os povos e comunidades de suas terras tradicionais; concedendo sobretudo títulos de propriedade aos que se apossam de terras públicas, em especial onde se encontram os povos indígenas, quilombolas, comunidades tradicionais e áreas ambientais”.

 

A CEPEETH, “fiel ao seu compromisso místico-profético com os clamores dos pobres e da terra”, mostra na nota sua solidariedade e compromisso às lideranças indígenas na voz de Dário Kopenawa, que exige maior compromisso do governo brasileiro para combater o garimpo diante da muita violência e vulnerabilidade que o povo Yanomami está sofrendo. Por isso, a CEPEETH “repudia e denuncia com indignação, toda forma de exploração e violência em especial, a violência sexual contra Mulheres, adolescentes e crianças”.

 

 

Leia mais