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07 Março 2022

 

“Vejo como a esquerda ocidental faz o que fez de melhor: analisar o neoimperialismo estadunidense, a expansão da OTAN. Não é mais o suficiente. Não explica o mundo como ele realmente é”, avalia Volodymyr Artiukh, sociólogo, da Universidade Centro-Europeia, em artigo publicado por Nueva Sociedad, Março/2022. A tradução é do Cepat.

 

Eis o artigo.

 

Aqui, no mundo pós-soviético, aprendemos muito de vocês. Depois que nossa própria tradição marxista sofreu a esclerotização, a degradação e a marginalização, líamos os comentários de O Capital em inglês. Após o colapso da União Soviética, nos baseamos em suas análises da hegemonia estadunidense, da guinada neoliberal nas formas de acumulação de capital e do neoimperialismo ocidental. Também fomos animados pelos movimentos sociais ocidentais, do altermundialismo aos protestos contra a guerra, do Occupy ao Black Lives Matter (BLM).

 

Também apreciamos a forma como buscaram teorizar nosso canto do mundo. Destacaram corretamente que os Estados Unidos ajudaram a minar as opções mais democráticas e economicamente progressistas na transformação pós-soviética da Rússia e outros lugares. Estão certos em que os Estados Unidos e a Europa fracassaram na criação de um ambiente de segurança que inclua a Rússia e outros países pós-soviéticos. Nossos países há muito tempo precisam se adaptar, fazer concessões, aceitar condições humilhantes.

 

No entanto, a hegemonia estadunidense alcançou seus limites. Os Estados Unidos perderam sua capacidade de representar seus interesses como interesses comuns para Rússia e a China, não pode impô-los com o poder militar e sua influência econômica está diminuindo. A Rússia não reage mais, adapta-se ou faz concessões, mas recuperou a capacidade de ação e é capaz de moldar o mundo ao seu redor. O conjunto de ferramentas da Rússia é diferente, não é hegemônico, baseia-se mais na força bruta do que no poder brando e na economia. Contudo, a força bruta é uma ferramenta poderosa, como todos vocês sabem pelo comportamento dos Estados Unidos na América Latina, Iraque, Afeganistão e em todo o mundo.

 

A Rússia é um agente autônomo, suas ações estão determinadas por sua própria dinâmica política interna e as consequências de suas ações são vastas e dramáticas. A Rússia molda o mundo ao seu redor do mesmo modo que os Estados Unidos, embora com outros meios. A sensação de descrença, de que “isso não poderia ter acontecido”, provém do fato de que as elites beligerantes russas são capazes de impor seus delírios, de transformá-los em fatos sobre o terreno, de fazer com que os outros os aceitem apesar de sua vontade. Já não são determinados pelos Estados Unidos ou a Europa.

 

Vejo como a esquerda ocidental faz o que fez de melhor: analisar o neoimperialismo estadunidense, a expansão da OTAN. Não é mais o suficiente. Não explica o mundo como ele realmente é. Não é possível descrever exaustivamente o mundo só a partir das ações dos Estados Unidos para moldá-lo ou pelas reações que isso provoca. As coisas adquiriram uma dinâmica própria. Os Estados Unidos e a Europa atuam de forma reativa em muitos âmbitos.

 

Por isso, me chama a atenção que ao falarem dos processos dramáticos em nosso canto do mundo, eles os reduzam à reação de seu próprio governo e das elites empresariais. Aprendemos tudo dos Estados Unidos e da OTAN, mas esse conhecimento não é mais tão útil. Pode ser que os Estados Unidos tenham traçado esse jogo de tabuleiro, mas agora outros jogadores movem as peças e acrescentam suas próprias regras. As explicações centradas nos Estados Unidos são hoje muito antiquadas. Li tudo o que se escreveu e foi dito na esquerda sobre a escalada do conflito do ano passado entre os Estados Unidos, Rússia e Ucrânia. Foi terrivelmente desacertado. Muito pior do que muitas explicações mainstream. Seu poder de previsão foi nulo.

 

Não quero acusar a esquerda ocidental de etnocentrismo. Apenas possui uma perspectiva limitada. Só peço ajuda para compreender a situação em termos teóricos, incorporando ao mesmo tempo ideias de nosso canto do mundo. Explicar tudo pelos Estados Unidos não nos ajuda tanto quanto vocês acreditam. Também precisamos de um esforço para sair das ruínas do marxismo oriental e de nossa colonização pelo marxismo ocidental. Cometemos erros neste caminho, e vocês podem nos acusar de nacionalismo, idealismo, provincianismo. Aprendam desses erros. Agora, vocês também são muito mais provincianos.

 

Leia mais

 

  • “Para as elites e as classes dirigentes, chegou o momento da destruição criativa do capitalismo”. Entrevista com Miguel Mellino
  • Ucrânia, um grande desafio para o Ocidente. Entrevista com Andrea Graziosi
  • “Putin cometeu um erro histórico, não entende as democracias”. Entrevista com Romano Prodi
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  • Uma guerra real e os dividendos da guerra cultural. Artigo de Massimo Faggioli
  • Povos unidos para desimperializar o mundo
  • Draghi no Parlamento: não serve buscar “papéis”, mas buscar a paz
  • A Rússia pode ter suas razões, mas nada justifica as atrocidades
  • Guerra: a Europa sem alma
  • Ucrânia e “mística” russa
  • O Ocidente precisa de uma nova utopia. Artigo de Vito Mancuso
  • A ameaça de armas nucleares “autônomas” 

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