21 Janeiro 2021
A situação que Manaus está passando, uma realidade que se pode estender a muitas partes do Brasil nas próximas semanas, provocou a solidariedade de muitas pessoas e instituições em todo o mundo. Neste 20 de Janeiro, além das palavras do Papa Francisco na sua tradicional audiência de quarta-feira, uma mensagem de "Solidariedade com o povo de Manaus e todo o Brasil face ao avanço do Covid-19" foi enviada pelo Conselho Episcopal Latino-Americano - CELAM.
A informação é de Luis Miguel Modino.
A carta, endereçada a Dom Walmor Oliveira de Azevedo, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil - CNBB, assinada por Dom Miguel Cabrejos, presidente do CELAM e da Conferência Episcopal Peruana, faz eco do "urgente apelo a uma ação imediata por parte das autoridades governamentais do Brasil para agir com a devida diligência, rapidez e eficácia face ao avanço do contágio da Covid-19 no Brasil, especialmente em Manaus", uma mensagem lançada em vídeo na sexta-feira passada.
Dom Cabrejos disse ter ouvido o pedido do Presidente da CNBB e da REPAM-Brasil de que as autoridades "não deixem o povo à sua sorte e atuem prontamente; assim como o seu apelo à ação solidária de todos os atores sociais", algo em que a Igreja brasileira tem insistido nos últimos dias. Ao mesmo tempo, a nota recorda a importância e apoia o apelo de Dom Walmor "para uma mudança no estilo de vida" e a atenção aos "setores mais desprotegidos".
O Presidente do CELAM, que está empenhado em "uma Igreja em saída, missionária e sinodal", recordou as palavras do Papa Francisco em Fratelli Tutti, onde somos chamados por Deus a ser uma fraternidade aberta, uma atitude que é mais do que necessária face à grave crise que o Covid-19 provocou em tantos lugares do mundo, incluindo a América Latina, chamada a tornar realidade "um amor sem fronteiras, sem limites, que sai ao encontro e é capaz de ultrapassar todas as distâncias de qualquer tipo".
Solidariedade com o povo de Manaus e todo o Brasil face ao avanço da Covid-19
Bogotá, D.C., 20 de Janeiro de 2021
A Sua Excelência Reverendíssima
Dom Walmor OLIVEIRA DE AZEVEDO
Arcebispo Metropolitano de Belo Horizonte
Presidente da Conferência Episcopal do Brasil Belo Horizonte
Sua Excelência, Dom Walmor:
Receba saudações cordiais no Senhor da Vida, esperando que esteja bem. Queremos fazer eco do seu URGENTE CHAMADO para que as autoridades governamentais do Brasil atuem com a devida diligência, rapidez e eficácia face ao avanço do contágio da COVID-19 no Brasil, especialmente em Manaus, Estado do Amazonas.
Ouvimos com grande atenção o seu pedido como Presidente da CNBB e também da REPAM-Brasil, o seu firme apelo às autoridades para não deixar o povo à sua sorte e agir prontamente; bem como a sua invocação da ação de solidariedade de todos os atores sociais no Brasil para enfrentar prontamente o avanço da pandemia no seu amado país.
Apoiamo-lo plenamente quando expressa a necessidade de aplicar os protocolos adequados com grande cuidado e responsabilidade para enfrentar a pandemia, bem como o seu apelo a uma mudança no estilo de vida, tal como proposto pelo Papa Francisco na Laudato Sì'. Sem dúvida, deve ser dada uma atenção preferencial às pessoas mais vulneráveis, aos empobrecidos, aos povos origináios e aos sectores mais desprotegidos de Manaus e da sociedade brasileira.
O Papa Francisco em Fratelli Tutti lembra-nos que Deus nos chama a ser uma fraternidade aberta (FT 1), a reconhecer e amar cada pessoa com um amor sem fronteiras, sem limites, que sai ao encontro e é capaz de ultrapassar todas as distâncias de qualquer tipo, de viver um amor fraterno, na sua dimensão universal (FT 6). Este é o amor que devemos mostrar nestes tempos difíceis; com provas concretas de amizade social (FT 6).
Peço a Nossa Senhora de Aparecida que vos cubra com o seu manto protetor e ao Deus da Vida para vos encher de bênçãos.
Paz e Bem,
Dom Miguel Cabrejos Vidarte
Arcebispo Metropolitano de Trujillo
Presidente da Conferência Episcopal Peruana
Presidente do CELAM
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O CELAM é solidário com Manaus e todo o Brasil e apoia o pedido de que as autoridades “não deixem o povo à sua sorte” - Instituto Humanitas Unisinos - IHU