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Áreas secas da América Latina

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25 Agosto 2020

Organizações da sociedade civil e Fida agem para ampliar adaptação de populações rurais às mudanças climáticas. Projeto 'Daki - Semiárido Vivo' será desenvolvido no Semiárido brasileiro, no Chaco e Corredor Seco. Lançamento da ação acontece dia 18 deste mês.

A reportagem é de Verônica Pragana, publicada por Asacom.

Três áreas secas da América Latina unidas por uma ação que prevê intercâmbios e formações (Arte: Cleto Campos)

Se as crises sanitárias, ambientais, climáticas e alimentares afetam todo o planeta, fazendo-o parecer uma grande aldeia, as soluções para estas crises podem passar pela conexão entre as diversas partes do globo e pelo intercâmbio entre as suas populações.

Na América Latina, há três áreas secas, mais suscetíveis aos efeitos das mudanças climáticas, que afetam o regime de chuvas, tornando-as mais irregulares na distribuição dos meses e no índice pluviométrico. Nestas regiões, vive uma população rural dedicada à agricultura familiar, que tem muitas limitações para viver em condições minimamente humanas e para satisfazer as necessidades básicas por alimento, água, serviços de saúde e acesso à renda, entre outras.

Duas destas áreas são semiáridas - uma no Brasil, o Semiárido brasileiro, e outra na região do Grande Chaco, que abrange áreas da Argentina, Paraguai e Bolívia. A terceira região seca do continente tem características subúmidas, que é o Corredor Seco, que corta a América Central passando por sete países, quatro deles com ações prioritárias para a Organização das Nacões Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO): El Salvador, Guatemala, Honduras e Nicarágua.

Em uma iniciativa inédita, as comunidades tradicionais e de agricultores/as, que já estão conectados pelas suas semelhantes pelejas estarão unidos de uma forma mais concreta por dois anos. O responsável por isso é o projeto Iniciativa de Conhecimento sobre a Adaptação às Terras Secas (Dryland Adaptation Knowledge Initiative, Daki na sigla em inglês).

Chamado 'Daki - Semiárido Vivo', o projeto será desenvolvido no Chaco argentino, no Nordeste do Brasil, e na parte do Corredor Seco em El Salvador. O lançamento da ação será no dia 18 de agosto, às 16h, por meio de um webinar que será transmitido no Brasil pelo Facebook e Youtube da ASA (@articulaçãosemiárido). 


Ao longo destes quatro anos, a iniciativa vai identificar e sistematizar práticas bem-sucedidas de Agricultura Resiliente ao Clima (CRA) e capacitar técnicos e agricultores para que acompanhem e orientem a transição de um sistema agrícola convencional para um sistema resiliente ao clima.

O projeto é financiado pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), uma agência de financiamento ligada à ONU e voltada para as populações rurais. No Brasil, a atuação do FIDA é concentrada no Nordeste rural, onde está metade dos estabelecimentos da agricultura familiar do país.

Na avaliação de Claus Reiner, gerente de programas do FIDA para o Brasil, apoiar de forma separada um trabalho nas áreas semiáridas do continente implicaria numa perda enorme de oportunidades. "As experiências técnicas, econômicas e sociais que os projetos do FIDA estão desenvolvendo numa área podem servir como insumo de alto valor em outras áreas. Dessa maneira o desenvolvimento dessas áreas pode ser mais diversificada, mais sustentável e também mais rápido", assegura.

O Daki Semiárido Vivo foi articulado por duas redes que atuam nas áreas secas do continente: a Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) e a Plataforma Semiáridos. Em cada país envolvido no projeto, uma organização da sociedade civil ancora a sua execução. No Brasil, a Associação Programa Um Milhão de Cisternas (AP1MC), responsável pela gestão física e financeira das ações da ASA. Na Argentina, a Fundação para o Desenvolvimento da Justiça e Paz (Fundapaz) e, em El Salvador, a Fundação Nacional para o Desenvolvimento (Funde).

"Esta iniciativa coloca a ASA em outro patamar que permite, por meio das experiências das organizações da sociedade civil, interferir e influenciar na política pública dos países latinos. Além das parcerias com as organizações, este projeto têm parcerias com as universidades e centros de pesquisa, posso citar a Embrapa, no Brasil, o Inta [Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária], na Argentina", assegura Antônio Barbosa, coordenador do Daki - Semiárido Vivo, além de dois programas da ASA que favorecem o estoque de água para a produção de alimentos e criação animal e o estoque de sementes crioulas.

São organizações que já se encontraram antes e trocaram experiências. Agricultores/as do Brasil já estiveram no Corredor Seco de El Salvador e Guatemala em 2017 e estes/as visitaram comunidades campesinas no Nordeste brasileiro a partir de uma ação apoiada pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).

Em outro momento de intercâmbio de experiências, as cisternas de placa de cimento que captam água da chuva se alastraram por todo o Chaco Trinacional (Argentina, Paraguai e Bolívia). Por outro lado, "o processo de Mapeamento Participativo que a organização argentina desenvolveu também está disseminado no Semiárido brasileiro e no Corredor Seco da América Central. Esta nova aliança regional permitirá o alcance de uma escala continental às boas práticas", comenta Gabriel Seghezzo, diretor executivo da Fundapaz.

Verbos

Na sua essência, o projeto Semiárido Vivo se baseia praticamente em dois verbos: identificar e capacitar. Identificar experiências bem sucedidas, que ampliam ou promovem a resiliência ao clima junto às populações rurais, para sistematizá-las e registrá-las. E capacitar técnicos agrícolas e agricultores de referência, a partir de capacitações em agricultura resiliente ao clima, que tenham como parte do material didático as sistematizações das experiências identificadas na fase anterior. As pessoas capacitadas serão responsáveis por transmitir o conhecimento a outros técnicos e agricultores, apoiando assim a transição de sistemas agrícolas convencionais para sistemas agrícolas resilientes ao clima.

“O projeto DAKI-Semiárido Vivo apresenta uma oportunidade inestimável de conhecer e compartilhar conhecimentos, experiências e aprendizado de comunidades rurais, camponesas e indígenas de três grandes regiões da América Latina. Sem dúvida, o conhecimento que as comunidades rurais dessas regiões desenvolveram e praticam é uma riqueza e enorme para outras comunidades rurais da América Latina que estão em busca de opções que lhes permitam desenvolver meios de vida resilientes e sustentáveis, e, acima de tudo, viver em condições de dignidade humana”, destaca Ismael Merlos, diretor de Desenvolvimento Territorial da Funde.

O representante da ASA acrescenta que o Daki vai priorizar a sistematização do que existe nos territórios de atuação da iniciativa. "As experiências a ser sistematizadas não serão escolhidas a partir da técnica, mas do impacto que elas trazem para cada região". Barbosa explica que uma das fortes intenções do projeto é provocar uma mudança no campo da gestão, no olhar dos gestores públicos para a agricultura familiar praticada destas regiões secas para as iniciativas das comunidades tradicionais sejam apreendidas como uma forma de desenvolvimento.

Para promover esta mudança no olhar, o projeto pretende desenvolver suas ações para pessoas do setor público, estudantes, professores de escolas rurais e agricultores/as familiares. Cerca de duas mil pessoas serão beneficiadas de forma direta e 6 mil, indiretamente. O custo total do projeto é de quase US$ 2 milhões. Deste total, o Fida financia 78% e as organizações executoras (no projeto tem a expressão destinatário) cobrem os 22% restantes como contrapartida.

Áreas secas da América Latina

As regiões selecionadas estão entre as mais pobres de cada país. No Brasil, a região Nordeste é a área semiárida mais populosa do mundo e abriga 59,1% de todos os brasileiros em extrema pobreza do país (9,6 milhões de pessoas). No Nordeste, estão 32,7% dos municípios com alta vulnerabilidade alimentar e nutricional do Brasil.

Na Argentina, a região semiárida do Chaco tem 80% de seus moradores na pobreza, com alta incidência de pessoas desnutridas, uma das consequências da fome. É no Chaco que se concentra a maior quantidade de comunidades indígenas da Argentina, com nove grupos étnicos diferentes, compostos principalmente por comunidades de caçadores-coletores. Como o índice sociais estão intimamente ligados aos ambientais, o Chaco ostenta também a maior taxa de desmatamento da Argentina.

Nas áreas do Corredor Seco de El Salvador, 2,2 milhões de pessoas vivem em situação de pobreza e vulnerabilidade climática. Deste total, 54% dependem da produção de grãos básicos - milho e feijão - como principal meio de subsistência. A pobreza afeta particularmente os setores mais vulneráveis e tradicionalmente excluídos da sociedade: povos indígenas, crianças, jovens, mulheres e idosos. Cerca de 38% da população jovem rural (de 18 a 35 anos) está em situação de pobreza, sendo altamente afetados por crimes e violência. 42% do total de mulheres nas áreas rurais são pobres, sendo as mais angustiadas pela falta de emprego e pela violência doméstica.

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