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Utopia, distopia e vida após o confinamento

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03 Junho 2020

“O ícone dos discípulos no cenáculo é muito consolador. Ao estabelecer essa nova comunidade, Deus abriu um espaço no qual Ele pode construir um futuro para nós em parceria conosco. Essa jovem Igreja, cheia de pecadores, tão intensamente humana, também é agora intensamente divina, cheia de santos. O futuro depende de Deus em nós e de nós em Deus”.

Publicamos aqui a homilia originalmente pregada pelo jesuíta inglês Damian Howard, provincial dos jesuítas da Grã-Bretanha, no 7º Domingo da Páscoa de 2020, para a Capelania da Universidade de Oxford, via Zoom.

A homilia é publicada por The Tablet, 29-05-2020. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

Saudações a vocês em Oxford – e onde quer que vocês estejam. Estou realmente feliz por poder compartilhar esta missa com vocês, mesmo que estejam aqui perto, no centro de Londres!

Estou certo de que cada um de vocês sabe que essa experiência da pandemia terá um grande efeito no seu futuro. Ela deixará uma marca profunda em tudo, nas vidas humanas, nas comunidades, na sociedade, na política, no nosso senso de lugar na natureza, até na nossa fé.

Eu suspeito que vocês já devem ter se visto refletindo mais ou menos conscientemente sobre esse futuro. Nesta manhã, quero oferecer alguns pensamentos sobre como um seguidor de Jesus deve olhar para o futuro.

Mas me deixe começar com uma palavra sobre como NÃO fazer isso. Porque há incessantes especulações midiáticas neste momento sobre o que o futuro reserva, e notei que ele se divide em três gêneros, cada uma atraente, mas provavelmente inútil.

O primeiro é o utópico. Você pode ter visto um vídeo maravilhoso chamado “The Great Realization”, produzido por um jovem poeta londrino que viralizou há algumas semanas [veja abaixo, legendado em português]. Ele prevê que esta pandemia terá um efeito transformador positivo sobre todos nós, ajudando-nos a viver vidas mais simples e mais sustentáveis, a nos focar nas nossas relações e na nossa comunidade local, em vez de viajar para o exterior e para o Netflix. É uma visão bonita. Mas seria preciso dizer que é ingênua. Ela não nos diz nada sobre como iremos de onde estamos para onde todos queremos estar. Esta não é uma crítica ao poeta – é apenas uma verdade para as visões utópicas em geral.

O segundo tipo é o oposto: distópico. “É o maior colapso econômico em 300 anos de história! Uma nova era de incessantes pestes! A própria civilização está à beira do colapso! O ‘grande capital’, a ‘grande tecnologia’ ou a ‘grande farmacêutica’ estão assumindo todo o controle.” Não me interpretem mal: eu gosto do apocalipse tanto quanto qualquer outra pessoa. Mas ninguém sabe sobre essas coisas com certeza. E, crucialmente, o pensamento apocalíptico nos isenta de assumir a responsabilidade por qualquer coisa. Com a distopia, nada deve ser feito, porque nada pode ser feito.

Finalmente, existe a “visão estacionária”, que diz: “Bem, na verdade, as coisas voltarão ao normal depois que tudo isso acabar. Os utópicos e os distópicos estão exagerando para se ter um efeito dramático, um clickbait. Já enfrentamos tempestades como esta antes. A vida seguirá em frente. A mensagem nem tão sutil é: nem se preocupe em tentar mudar alguma coisa para melhor”.

Todas essas vozes têm duas coisas em comum. A primeira é que elas nos desapoderam. Elas negam o nosso agenciamento. Em segundo lugar, e isto está de alguma forma vinculado e é mais importante, elas deixam Deus totalmente fora da cena.

Os utópicos nos dizem que os seres humanos são doces e razoáveis, e que podemos sair desta enorme bagunça por conta própria.

Os distópicos dizem que as nossas trevas e as nossas misérias nos destruirão, e que Deus não vai ajudar.

As pessoas do estado estacionário são realmente apenas deístas que pensam que Deus pode ter criado o nosso mundo há muito tempo, mas Ele não se interessa muito por nós hoje em dia.

De algum modo, isso é uma reminiscência daquela outra crise que surgiu na primeira leitura. Pensem nos discípulos após a Ascensão de Cristo. Eu aposto que havia utópicos entre eles: “Com Jesus nos céus, não haverá mais mal no mundo! Bem-vindo aos prados ensolarados do Reino!”.

Certamente havia distópicos entre eles: “Eis o fim dos tempos! Destruição e colapso estão sobre nós”. E alguns dos seguidores de Jesus devem ter se perguntado se segui-Lo até a cruz e o túmulo vazio realmente fez muita diferença em alguma coisa. Não consigo deixar de pensar em Simão Pedro dizendo: “Eu vou pescar!”.

Mas aqui está a questão: Deus está em cena agora, exatamente como estava então. Se você olhar para os dois milênios da história da Igreja – que não foram nem utópicos, nem distópicos e certamente não são mais do mesmo –, eles foram totalmente imprevisíveis.

Primeiro, houve os mártires, depois os Padres da Igreja, depois os monges, depois os grandes missionários europeus, os frades da Idade Média, a complexidade da vida cristã após a Reforma. Tem sido uma montanha russa de bênção e graça, luta e morte e nova vida.

Isso não deveria surpreender quem acredita na encarnação e no mistério pascal. Porque esse Deus está sempre criando de novo. Não há nenhum “estado estacionário”. Jesus Cristo não é esse tipo de pessoa, como você notará se ler os Evangelhos com atenção.

Então, como um discípulo de Cristo se encaminha ao futuro? Vocês poderiam resumir isso dizendo que podemos não ter uma clara noção de aonde estamos indo, mas sabemos o caminho, sabemos como chegaremos lá.

Esta imagem icônica dos discípulos reunidos no cenáculo em oração incessante nos dá uma pista. O caminho consiste em três coisas: comunidade, oração e presença.

Presença: porque a Sua presença transforma tudo. Faz qualquer sacrifício suportável. Traz o bem em nós: a alegria, a paz, a compaixão, o desejo de se abrir ao estrangeiro... São coisas que tornam possível outro futuro, um futuro criativo e surpreendente, com um lugar para todos.

Oração: porque muda a natureza do nosso agenciamento, impregnando-o da própria criatividade de Deus. Como diz São Paulo, não sou mais eu, mas Cristo em mim. Quando eu rezo, eu abro espaço para Deus. Por meio de uma espécie de osmose, as Suas prioridades, a Sua visão, a Sua memória e entendimento, o Seu modo de amar se movem e se tornam meus. Uma das maneiras mais simples, porém mais poderosas, de rezar é começar e terminar cada dia com o Senhor, oferecendo-nos intencionalmente para a Sua missão e depois agradecendo no fim do dia por tudo o que aconteceu, todos os dons recebidos, especialmente a misericórdia com a qual Ele trata os nossos pecados. Dessa forma, com o tempo, eu me torno um instrumento da ação de Deus no mundo.

Comunidade: porque não podemos fazer muito como indivíduos separados. O caminho de Deus para salvar o mundo é assumir um povo para Si e soprar Seu próprio Espírito sobre a sua vida comum. O nosso cristianismo católico sempre foi social em seu âmbito, nunca estritamente individual. Trata-se de pessoas vivendo juntas. E, assim, as grandes transformações da história cristã geralmente levaram à emergência de novas formas de comunidade cristã. O Papa Francisco pede isso na Laudato si’: “É necessário voltar a sentir que precisamos uns dos outros, que temos uma responsabilidade para com os outros e o mundo” [n. 229].

A partir de agora, realmente “Deus está conosco” da maneira mais profunda possível. É por isso que o ícone dos discípulos no cenáculo é tão consolador. Ao estabelecer essa nova comunidade, Deus abriu um espaço no qual Ele pode construir um futuro para nós em parceria conosco. Essa jovem Igreja, cheia de pecadores, tão intensamente humana, também é agora intensamente divina, cheia de santos. O futuro depende de Deus em nós e de nós em Deus.

Então, para vocês, jovens católicos, enquanto adentram no mundo pós-Covid rumo a um futuro incerto, eu digo: no centro das suas vidas deve estar a Eucaristia semanal ou, melhor, a Eucaristia diária, Cristo que vem ao encontro do Seu povo várias vezes. Lembrar da Sua presença real no aqui e agora é a base para um futuro cheio de esperança. Cultivem as suas vidas interiores, estabelecendo um sólido hábito de oração diária. Encontrem maneiras de compartilhar a sua vida cristã.

Fico feliz que a Capelania seja um núcleo de comunidade para os católicos de Oxford. Sou grato aos capelães por disponibilizarem a direção espiritual a muitos de vocês e por oferecerem oportunidades para vocês fazerem os Exercícios Espirituais. E, tendo indicado a todos e a cada um de vocês a prática da oração diária, permitam-me assegurar que todos vocês estarão na minha oração.

 

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