24 Fevereiro 2020
Nos últimos anos, o uso de placas de energia solar para geração elétrica cresceu de forma notável em todo o mundo.
A reportagem é de Ruy Fontes, publicada por EcoDebate, 21-02-2020.
Segundo os dados da Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA, na sigla em inglês), a capacidade mundial instalada saltou de 22 Gigawatts (GW) em 2009, para 480 GW em 2018.
Somente este ano, novos 142 GW de energia solar deverão ser instalados ao redor do mundo, segundo estimativa da empresa de inteligência de negócios IHS Markit.
No entanto, mais do que a energia limpa que produzem, a vantagem econômica no uso de placas solares é a grande força responsável pelo seu rápido crescimento mundial.
Na maioria dos países desenvolvidos, o custo nivelado da solar fotovoltaica já é mais barato até do que a produção por combustíveis fósseis, como mostrou um relatório da Bloomberg New Energy Finance (BNEF).
Junto à necessidade pela descarbonização de seus setores elétricos, esse fator faz com que mais países invistam na solar e a fonte segue liderando a expansão de energia mundial nos últimos anos.
Para os consumidores, instalar um sistema fotovoltaico significa proteção contra o aumento no preço da energia e uma economia de até 95% na conta de luz por mais de 25 anos.
São essas vantagens, em conjunto com a queda de preços e oferta de linhas de financiamento de energia solar, que levam mais brasileiros a apostarem na tecnologia a cada ano.
Desde 2012, quando a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) promulgou as regras da geração distribuída, o segmento registra crescimento anual médio de 200% no país.
Hoje, quase 190 mil consumidores já estão gerando sua própria energia no país, sendo mais de 99% deles através de telhados solares.
Embora outras tecnologias e fontes renováveis estejam disponíveis, nenhuma delas oferece a garantia de redução na conta de luz como os sistemas fotovoltaicos.
De acordo com o mais recente estudo sobre o mercado solar distribuído feito pela empresa Greener, 92,7% dos consumidores que instalaram um sistema alegaram a economia como motivo da compra.
Com os reajustes das tarifas inflando o preço da energia no Brasil, a previsão é de mais consumidores com painéis de energia solar para os próximos anos.
Segundo o último plano decenal de expansão de energia da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), serão 1,3 milhão de consumidores com geração distribuída até 2029.
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Todos querem energia solar, mas não é pela sustentabilidade - Instituto Humanitas Unisinos - IHU