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“A direita radical europeia está muito interessada em derrubar este Papa". Entrevista com Guillermo Fernández Vázquez

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20 Agosto 2019

A guinada ideológica planejada por Marine Le Pen, após assumir a presidência da Frente Nacional seduziu o pesquisador Guillermo Fernández-Vázquez (Madri, 1985). A evolução promovida pela filha do fundador do partido se concentrou, entre outros objetivos, na atração do eleitorado LGBTI e do coletivo judeu. Este sociólogo iniciou uma pesquisa que culminou no livro Qué hacer con la extrema derecha en Europa (Editora Lengua de Trapo e ctxt.es). Com esta publicação, não se limita a analisar a formação familiar dos Le Pen, também indaga sobre os movimentos análogos no continente e a atitude que os partidos de esquerda tiveram antes do surgimento dessas forças identitárias.

A entrevista é de Laura Galaup, publicada por El Diario, 17-08-2019. A tradução é do Cepat.

Eis a entrevista.

Seu livro é intitulado Qué hacer con la extrema derecha en Europa. Chegou a alguma conclusão?

Acho que o que precisa ser feito é tentar deixar de lado o olhar moral, estendido nos meios de comunicação e nos partidos de esquerda, que basicamente o que fazem é se escandalizar continuamente, dizer: que barbaridade [!] e, em um segundo momento, se achar superior. Vamos estudar por quais motivos estes partidos estão indo bem.

Em segundo lugar, embora isso seja um tabu, há coisas que estão fazendo que não diria bem, mas de forma eficiente e eficaz. Pensemos quais são. Além disso, talvez seus adversários, entre os quais estão os partidos de esquerda, estão fazendo coisas ruins na hora de se relacionar com eles. E então, fundamentalmente, estudar bem, compreender qual é a sua estratégia, quais são suas divisões e debates internos.

O surgimento do Vox, na Espanha, demonstrou como os partidos liberais e de direita estão se relacionando com essa formação de extrema direita. Como seria necessário abordar esse fenômeno europeu, em nível político?

Acredito que a esquerda muitas vezes tende a enfatizar e sublinhar aquelas coisas do Vox que causam menos danos, levando em conta que querem travar uma batalha cultural. Por exemplo, veja que barbaridade dizem sobre a violência de gênero, sobre homossexuais, animais e caça. Quando, na realidade, o que mais pode provocar danos é o que está relacionado com coisas que estão um pouco ocultas em seu programa eleitoral.

Por exemplo, apostam em implantar um sistema misto de aposentadorias, isto é, privatizar as aposentadorias. Outro exemplo, uma parte de sua campanha se concentrou no campo, na Espanha vazia, em agricultores e fazendeiros. Claro, mas o Vox propõe um Plano Hidrológico Nacional igual ao de Aznar, no ano de 2001-2002. O que tem a dizer aos agricultores de Aragão ou Castela-Mancha? Isso, acredito, lhes prejudica.

Que estratégia a esquerda tem que implementar para enfrentar o programa da extrema direita?

Buscar ressignificar aqueles conceitos, mitos e imagens que a direita radical utiliza e que lhe cabe bem. Ou seja, se Rivera baseia todo o seu discurso ultimamente na família, assim como o Vox, vejamos se é possível disputar o conceito de família. Ou, por exemplo, o de natalidade. Estamos em um momento em que todo mundo fala sobre a crise de natalidade, parece que o Vox é o único que fornece soluções e a esquerda não fala sobre isso. No entanto, todos conhecemos pessoas que têm dificuldade em ter filhos, que têm depressão e gastam muito dinheiro, com todo o sofrimento mental e econômico que isso provoca. Não pode acontecer que tenhamos problemas sociais que estão aí e que sejam politizados apenas pela direita.

No livro, expõe que existem várias correntes diferentes de direita radical na Europa. O que estes partidos têm em comum?

Creio que havia e ainda existem três grandes famílias. De um lado, os britânicos. Depois, o núcleo duro da direita identitária: a Liga, a Frente Nacional, os flamengos, os holandeses e depois, por outro lado, esta espécie de eurocéticos light, que compõem os poloneses e o Vox. Seu inimigo número um são os imigrantes, número dois, Bruxelas, e número três, o Papa. Por quê? No coração da sua proposta incluem que são a direita identitária, porque defendem a identidade europeia. Se o representante do catolicismo não apenas não é condescendente, mas é muito crítico a eles, essa proposta de serem os defensores da identidade europeia cristã em perigo, cai. Então, estão muito interessados em derrubar esse Papa. Ao mesmo tempo, coloca a esquerda em uma situação um tanto rara, em que, de repente, veem o Papa como um aliado inesperado.

Durante a campanha eleitoral, teorizou-se muito a respeito dos potenciais eleitores do Vox. Alguns colunistas declararam que iria roubar votos do ‘Podemos’ e que iria conseguir grandes porcentagens de votos dos trabalhadores. Após as eleições, ficou demonstrado que esta hipótese, por hora, ainda não se confirmou. Quem são os seus eleitores?

Vox defende um programa ideológico muito claro e muito orientado ao eleitor de direita. Mesmo assim, sabem que existem duas brechas pelas quais é possível conseguir algum eleitor esquerdista. A primeira, o nacionalismo espanhol, ou seja, todas aquelas pessoas vagamente de esquerda, mas que compartilham uma grande indignação a respeito do que acontece na Catalunha. Ainda que, quantitativamente, não acho que sejam muitos votos. A outra brecha é o feminismo. O que o Vox fez até agora é tentar agrupar e reconfortar identidades em apuros, a identidade homem, divorciado, ser do campo, ser cristão ou ser policial. Para todas aquelas identidades que se sentem em perigo, em declínio, de alguma forma, o Vox tenta insuflar energia.

Com o surgimento do Vox como um partido aliado, que poderia dar o poder à direita em alguns territórios, o PP e ‘Cidadãos’ foram lembrados do cordão sanitário que é imposto a esses partidos na Europa, como é o caso de Le Pen. É possível que as alianças do Vox em Madri, Murcia e Andaluzia se repitam na França, nas eleições municipais ou regionais?

Até agora, a direita respeitou bastante o cordão sanitário. Acho que isso está deixando de ser assim. Nestes meses, tem sido bastante dito que a Espanha era uma enorme exceção, mas acho que a tendência caminha para o que é a Espanha e não ao que era a França. Essa família de partidos de direita radical, segundo me expuseram membros da Liga e da Frente Nacional, pensa que a deriva histórica está se dirigindo a uma oposição entre mundialistas, macrons ou social-liberais do tipo Sánchez, e patriotas identitários, como eles. Acreditam que as condições vão ser exacerbadas pela emergência climática e pela emergência migratória.

Diante desse panorama, consideram que sob essas condições as direitas clássicas perderão força em toda a Europa. Sempre apresentam o caso da França e o da Itália. Defendem que essas direitas provavelmente se dividam, uma parte rume aos macrons de plantão e outra parte fiquem com eles. A direita clássica está passando por uma concorrência e alguns debates internos muito fortes sobre como se relacionar com essas pessoas.

Como avalia o último movimento de Salvini para tentar convocar eleições?

É mais um passo na estratégia que a Liga vem tomando, há vários meses, para tentar se aproximar da direita convencional. No lugar dessa espécie de experimento populista [aliando-se ao Movimento 5 Estrelas], tentar pactuar com outras forças de direita e se constituir como a principal força da direita italiana. Ao mesmo tempo, também envia um sinal para outras formações de sua família política, abrindo caminho para os próximos anos. Não tanto buscar estabelecer coalizões transversais, mas basicamente ser a nova direita europeia.

Levando em consideração a história de um país como a Itália, como explica que as pesquisas apontem mais de 30% de estimativa de votos para um político como Salvini?

Acho que tem a ver com a personalidade, como se fez finalmente com o governo. Tornou-se a pessoa mais importante do Executivo, praticamente como se fosse o primeiro-ministro, e a maneira tão peculiar que tem de se comunicar. Nesse sentido, acho que está inaugurando uma maneira de fazer política por meio de redes, especialmente do Instagram, o que o torna muito próximo de muitas pessoas. Está inaugurando uma espécie de nova forma de fazer nacionalismo no Instagram.

No nível político, por que sua mensagem seduz?

De alguma forma, ele está sabendo como se posicionar como uma pessoa próxima e normal, acima de tudo, e eu acho que essa é uma ideia importante, defende os italianos e dá a eles uma espécie de orgulho perdido. Talvez essa ideia esteja pegando: Salvini, como o protetor dos interesses italianos.

Em seu novo livro, analisa especificamente o caso da Frente Nacional. Na França, tem conseguido governar municípios. Em que baseia sua gestão?

Há algumas exceções, mas geralmente enfatizam muito a segurança e a limpeza. Não é tão diferente do que fez Jesus Gil, em Marbella. Em alguns casos, talvez os mais inovadores, buscam introduzir a batalha cultural na política municipal. Não apenas tentando driblar subsídios para grupos que ajudam imigrantes ou grupos de esquerda, como também introduzindo novas festas e recuperando festas do passado, dando a elas um novo significado.

Por exemplo, no caso de Hayange, recuperaram a festa do porco com a desculpa de recuperar os valores, as tradições e a identidade, mas a utilizam de fato como uma festa para excluir os muçulmanos. Dessa forma, dizem implicitamente que essa é a cultura natural desse município e, portanto, não é natural que essas pessoas estejam aqui, a não ser que mudem. Tudo isso não é necessário que digam, mas se subentende.

Outro dos temas que aparece em seu livro é a "hipótese de Philippot", idealizada pelo ex-vice-presidente da Frente Nacional, Florian Philippot. Com esta estratégia, Le Pen protagonizou uma guinada radical em seu programa para atrair o coletivo LGBTI e feminista. Esta teoria possui nicho de mercado entre os eleitores da extrema direita?

O coletivo homossexual era radicalmente oposto à Frente Nacional. Após várias pesquisas, em 2014 e 2015, a nova estratégia de Philippot consegue fazer com que uma parte importante dessa comunidade olhe com uma visão melhor a Frente Nacional e esteja disposta a apoiá-la. O que a Frente Nacional pretende é dizer que não está contra ninguém, que não retirará deles nenhum direito e, acima de tudo, vai se opor àqueles que são seus principais inimigos, a comunidade muçulmana.

O mesmo acontece com o coletivo dos judeus, que até então eram ferozmente anti-Le Pen pai porque adorava fazer piadas sobre eles e sobre a Segunda Guerra Mundial. Uma das primeiras coisas que Marine Le Pen fez, ao chegar à presidência do partido, é proibir tais piadas com o objetivo de melhorar suas relações, não apenas com a comunidade judaica francesa, mas com o Estado de Israel. E consegue, a tal ponto que a direita identitária europeia tem em Israel um de seus maiores aliados.

Acredito que a tendência atualmente dominante ou ao menos com possibilidade de ser dominante na Europa não é tanto, ainda que pareça mentira, a que tem sido conduzida até agora por Marine Le Pen e Salvini, mas, ao contrário, a que é representada por Marion Marechal-Le Pen, na França, Vox, na Espanha, [Jarosław] Kaczyński, na Polônia, e [Viktor] Orbán, na Hungria.

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