15 Agosto 2019
Um em cada cinco britânicos está armazenando alimentos, bebidas e remédios por medo de um possível desabastecimento, caso o Reino Unido abandone a União Europeia (UE) sem um acordo, em 31 de outubro, segundo um estudo divulgado segunda-feira pela empresa financeira Premium Credit.
A reportagem é publicada por Rebelión, 14-08-2019. A tradução é do Cepat.
As famílias britânicas gastaram 4 bilhões de libras (4,2 bilhões de euros) em provisões e cerca de 800.000 pessoas investiram individualmente mais de 1.000 libras (1,07 euros) em reservas emergenciais, segundo o relatório.
Entre os que estão armazenando provisões, 74% acumulam alimentos, 50% medicamentos para uso próprio, 46% bebidas e 43% remédios para outros membros da família. A indústria britânica de alimentos alertou, na semana passada, que uma ruptura sem um acordo com a UE poderia causar desabastecimento no país por "semanas ou meses".
A Federação Britânica de Alimentos e Bebidas (FDF, sigla em inglês) pediu ao governo que relaxasse as normas de concorrência para que as empresas pudessem cooperar de maneira mais estreita, a fim de assegurar que os alimentos cheguem a todo o país.
"Será necessário decidir para onde vão os caminhões para manter ativa a cadeia de suprimentos". Nesse cenário, teremos que trabalhar com nossos concorrentes, de modo que o Governo deveria suspender as leis sobre a concorrência", afirmou à BBC o responsável de uma importante empresa britânica, cuja identidade não foi revelada.
Um porta-voz do Executivo disse que está colaborando com a indústria alimentícia para "apoiar os preparativos diante da saída da União Europeia". O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, ressaltou que é partidário de romper os laços com o bloco comunitário no dia 31 de outubro, embora não tenham pactuado as condições de saída com Bruxelas.
Johnson garantiu que não aceitará um pacto que inclua a controvertida cláusula para garantir que não se estabeleça uma fronteira entre a República da Irlanda e a região britânica da Irlanda do Norte, uma disposição que a UE considerou até agora irrevogável.
Leia mais
- Ninguém aposta na continuidade de Theresa May
- Reino Unido. O Brexit de May ficou de cabeça para baixo
- Populismo de esquerda no Reino Unido. Artigo de Chantal Mouffe
- A União Europeia não é reformável, é preciso desobedecer. Artigo de Eric Toussaint
- No Reino Unido, o caos se aproxima
- Não é só a direita: por que parte da esquerda britânica apoia o Brexit?
- Jeremy Corbyn revela: outra esquerda é possível
- Inglaterra: o vendaval Jeremy Corbyn
- O motim trabalhista avança, mas Corbyn não recua
- O fenômeno Corbyn
- Corbyn enterrou o “Novo Trabalhismo” de Blair
- Corbyn sacudiu o Parlamento britânico
- Jeremy Corbyn, a nova esquerda do trabalhismo inglês
- Brexit. A bomba-relógio é o dinheiro
- Não há um plano B depois do Brexit
- A União Européia faz a força. Entrevista com Anthony Giddens
- Brexit: a Europa gera monstros
- Voto no Brexit revela os limites da democracia direta
- Brexit, um revés civilizatório?
- O Brexit e a globalização
- A União Européia faz a força. Entrevista com Anthony Giddens
- Brexit: a Europa gera monstros
- Voto no Brexit revela os limites da democracia direta
- O Brexit e a globalização
FECHAR
Comunicar erro.
Comunique à redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nesta página:
Um em cada cinco britânicos armazena provisões por medo do brexit - Instituto Humanitas Unisinos - IHU