26 Junho 2019
Segundo informações da Folha, nas últimas semanas o comando do Itamaraty enviou a seus diplomatas uma instrução bem específica: que em foros multilaterais, como a ONU, reiterem “o entendimento do governo brasileiro de que a palavra gênero significa o sexo biológico: feminino ou masculino”. Como sabemos, a luta dos movimentos progressistas é para que gênero e orientação sexual sejam retirados do reino do determinismo biológico e encarados como construções sociais. Apesar de uma pessoa nascer com órgãos sexuais de mulher, ela pode se identificar com o gênero masculino e vice-versa. “Se tal ordem não for imediatamente revertida, o Brasil se unirá a diplomacias que propagam posições retrógradas em espaços internacionais, ignorando avanços nacionais e globais na luta contra desigualdades e preconceitos”, disse ao jornal Camila Asano, coordenadora da ONG Conectas.
A informação é publicada por Outra Saúde, 26-06-2019.
No Legislativo a situação não é muito melhor. O PSOL protocolou um mandado de segurança no STF para pedir que a MP do pente-fino no INSS voltasse à Câmara dos Deputados. É que no Senado, a palavra “gênero” foi trocada para “sexo”. O partido argumenta que isso altera o mérito do texto. Já a Advocacia do Senado alegou ao STF que a mudança é “irrelevante”.
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Gênero e sexo - Instituto Humanitas Unisinos - IHU