11 Março 2019
Na quinta-feira, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura lançou um guia para promover a produção de alimentos nas cidades, assim como uma maior integração entre o campo e os centros urbanos a partir de cadeias de produção mais curtas. Hoje, as cidades concentram 55% da população mundial e quase 80% do que se produz no planeta é consumido nelas. O problema é que os alimentos frescos muitas vezes chegam por lá mais caros. Ao contrário, os ultraprocessados dominam, com muito açúcar, sal e gorduras, levando os índices de doenças crônicas lá para cima.
A informação é publicada por Outra Saúde, 11-03-2019.
“Isso impacta a saúde pública. Não se trata de um indivíduo decidir ou não fazer uma dieta. É uma questão de gastos crescentes com sistemas de saúde, que são evitáveis, e poderiam ser destinados para outras prioridades”, destacou o brasileiro José Graziano, diretor da FAO, em entrevista ao El País. O organismo estima que US$ 2 trilhões sejam gastos anualmente com problemas decorrentes da obesidade, montante similar aos custos do tabagismo e dos conflitos armados. Graziano defendeu em artigo no Valor a negociação de um pacto global contra a obesidade, nos moldes da convenção internacional contra o tabaco – ou seja: com metas obrigatórias para os países signatários. Hoje, são 670 milhões de obesos no mundo. No Brasil, segundo os últimos dados disponíveis, 19% da população é obesa e 52% está acima do peso.
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Tratado contra a obesidade - Instituto Humanitas Unisinos - IHU