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11 Fevereiro 2019

“Mas esta viagem quebrou muitos tabus. A declaração conjunta do papa e do grande imã de al-Azhar é de uma ousada audácia, mesmo que Ahmed al-Tayeb seja apenas uma engrenagem em um sistema político-religioso sob controle. Pluralismo espiritual, liberdade de crença, direitos das mulheres, condenação do terrorismo e de todas as formas de intimidação... Está tudo aí”. A reflexão é de Jean-Pierre Denis, diretor de redação, e publicada, como editorial, pela revista francesa La Vie, 05-02-2019. A tradução é de André Langer.

O editorial ressalta a coerência da mensagem de Francisco: “No momento em que se defende apenas os direitos do umbigo, seu convite para ‘defender os direitos dos outros’ merece ser meditado e ouvido. Esta é a mensagem de Abu Dhabi”.

Eis o artigo.

Nós ouvimos daqui o coro dos zombadores. Eles não deixarão de nos sussurrar que a primeira viagem de um papa à Arábia não serviu para nada. Nós os vemos vir de longe, todos aqueles que nos martelarão que Francisco, o ingênuo, sucumbiu à miragem oriental dos piedosos encantamentos. Nós conhecemos todos aqueles que repetirão que o diálogo com os muçulmanos é estéril, como mostra a lenta erradicação dos cristãos do Oriente, desde o genocídio dos armênios e dos siríacos aos atentados mais recentes contra os coptas.

Vamos ouvi-los explicar que em Abu Dhabi o papa proporcionou um irritante sucesso de imagem a um regime repressivo e desigual. Também deixaremos circular o cortejo daqueles que não apoiam a-santa-aliança-das-religiões-obscurantistas-blá-blá-blá. Vamos, passem, passem!

Isso nos lembra um pouco a viagem de João Paulo II à Polônia, há 40 anos, quando acreditávamos que o comunismo era inabalável - Jean-Pierre Denis

De minha parte, quero deter-me em duas ou três coisas essenciais. Que a viagem, durante muito tempo impossível e até impensável, aconteceu. Que ela pode ter ocasionado, talvez, a maior aglomeração de pessoas dos Emirados Árabes Unidos, dando às comunidades cristãs desse país uma visibilidade e uma esperança extraordinárias. Isso nos lembra um pouco a viagem de João Paulo II à Polônia, há 40 anos, quando acreditávamos que o comunismo era inabalável.

Mas aqui está a Primavera Árabe! O vento que esta viagem provocou não pode ser impedido pelos campos minados e pelas polícias políticas. Atravessará uma península dissecada pelo dinheiro insano, pela guerra selvagem e pelo obscurantismo mais extremo e mais hipócrita.

Certamente, não irá derrubar a tirania assassina dos Séoud. Certamente, será preciso mais para acabar com o sofrimento dos iemenitas. E não será amanhã que os trabalhadores – muitas vezes cristãos e com frequência escravos – que constroem os palácios e arranha-céus da região verão sua liberdade e dignidade reconhecidas.

Mas esta viagem quebrou muitos tabus. A declaração conjunta do papa e do grande imã de al-Azhar é de uma ousada audácia, mesmo que Ahmed al-Tayeb seja apenas uma engrenagem em um sistema político-religioso sob controle. Pluralismo espiritual, liberdade de crença, direitos das mulheres, condenação do terrorismo e de todas as formas de intimidação... Está tudo aí.

O outro elemento importante é a coerência da mensagem, proporcionada por uma grande liberdade de tom. Nós frequentemente reivindicamos, e com razão, a reciprocidade de direitos. Se os muçulmanos têm, há 100 anos, uma grande mesquita em Paris, espera-se que os cristãos tenham uma igreja em Medina ou em Meca. E sabemos que, mesmo nos Emirados Árabes Unidos, o controle continua draconiano, sem falar da proibição de qualquer conversão.

Francisco não ignora que, do Marrocos à Península Arábica passando pela Argélia, os migrantes são cristãos - Jean-Pierre Denis

Mas quando o papa explica que a liberdade religiosa não se reduz ao exercício do culto, sua mensagem tem um alcance que vai muito além desse país e além do mundo árabe. Se ele se dirige a esses povos sufocados, também diz respeito às sociedades secularizadas, no seio das quais se tenta cada vez mais confinar a fé à esfera privada.

A liberdade de consciência e de expressão não se separa. Ela continua sendo um direito universal. Tanto lá como entre nós. Da mesma forma, quando o papa fala dos direitos dos pobres e dos migrantes, a Europa muitas vezes tosse. Certamente, é porque ele é argentino e não conhece nossos problemas! Mas Francisco não ignora que, do Marrocos à Península Arábica passando pela Argélia, os migrantes são cristãos.

Aqui, novamente, sua mensagem é muito coerente. Francisco, assim como seus predecessores, falou como um arauto do universal e como consciência do mundo. No momento em que se defende apenas os direitos do umbigo, seu convite para “defender os direitos dos outros” merece ser meditado e ouvido. Esta é a mensagem de Abu Dhabi.

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