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O medo é filho da crise e pai da tirania

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07 Dezembro 2018

"Em meio ao pântano da crise, vem a tentativa de buscar alguém que tome decisões em nome de todos. Pensar, refletir, avaliar, discernir, escolher – tudo isso está acima de organismos já marcadamente debilitados. Nuvens sombrias encobrem o brilho do sol, impedindo uma visão de contornos nítidos, precisos. Com dissimulado alívio, transfere-se a outro a faculdade de tomar determinadas medidas. Com maior razão ainda, descarta-se qualquer caminho de uma séria autocrítica. Quando o jogo está muito embaralhado, melhor passar a bola para outro. Não há suficiente energia para forjar um pensamento novo e viável...", escreve Alfredo J. Gonçalves, padre carlista, assessor das Pastorais Sociais, 29-11-2018.

Eis o artigo.

Crise e medo andam juntos. O segundo costuma ser filho do primeiro. Mas o medo é também pai da tirania e do autoritarismo. Como criança aterrorizada, reclama refúgio e proteção. Existem medos que nos chegam do passado, um desfile de fantasmas que nos acorrentam à culpa e ao remorso. E existem medos que antecipam o futuro, sobrecarregando-o de dúvidas, incertezas e inquietudes. Uns e outros levantam inúmeras perguntas sem resposta, quando não doenças sem remédio. Interrogações que, a cada passo, tornam o caminho sempre mais escuro. Temor e tremor fazem tremer as pernas.

Quando as pernas titubeiam e a vontade vacila, o instinto leva a pedir socorro. De uma forma ou de outra, busca uma rocha firme sobre a qual firmar os pés. Aqui reside uma armadilha oculta: quem se sente frágil tende a apoiar-se no mais forte. Mas a força nem sempre está com aquele que aparenta possuí-la. De fato, pessoas aparentemente poderosas, no fundo, podem esconder uma fraqueza inconfessada e inconfessável. Gritam e esbravejam justamente para disfarçar e afastar o medo. Ou para defender-se, de modo explícito ou implícito. Não raro o comportamento agressivo é sinal de fragilidade, pois todo aquele se vê desprovido de razão, tenta impor-se através da força bruta. O apelo aos músculos, à palavra dura ou às armas normalmente oculta e ao mesmo tempo revela uma lacuna inconsciente. As relações humanas, interpessoais, se tecem com fios tênues, labirintos tortuosos e máscaras enganosas.

Não é diferente o que costuma ocorrer com a prática política. Também aqui, crise, medo e tirania andam de mãos dadas. Coexistem e se entrelaçam no mesmo cenário. A crise, sobretudo quando prolongada, desperta fantasmas há muito mortos e sepultados. O pânico toma conta do cotidiano, podendo conduzir à inércia, à paralisia e à sensação de impotência. Com relativa facilidade, as ações tendem a bloquear-se diante de um amanhã ignoto e, por isso mesmo, ameaçador. O horizonte nublado diminui o ritmo da marcha, a ponto de impedir que se mova. Quando as interrogações, vindas da história passada ou do porvir, não apresentam vias de saída, insta-se a apatia e o desencanto, a indiferença e a falta de interesse.

Disso resulta o anseio pelo “regime forte e autoritário”. Em meio ao pântano da crise, vem a tentativa de buscar alguém que tome decisões em nome de todos. Pensar, refletir, avaliar, discernir, escolher – tudo isso está acima de organismos já marcadamente debilitados. Nuvens sombrias encobrem o brilho do sol, impedindo uma visão de contornos nítidos, precisos. Com dissimulado alívio, transfere-se a outro a faculdade de tomar determinadas medidas. Com maior razão ainda, descarta-se qualquer caminho de uma séria autocrítica. Quando o jogo está muito embaralhado, melhor passar a bola para outro. Não há suficiente energia para forjar um pensamento novo e viável. Menos ainda para pavimentar uma via segura e alternativa. Facilmente se é levado a entregar as rédeas a quem aparenta poder de decisão e algumas certezas, por poucas incongruentes e retrógradas que elas sejam.

Os parágrafos acima, evidentemente, não esgotam os fatores relevantes sobre o avanço da extrema direita por várias partes do planeta. O nacionalismo populista, autoritário e conservador, emergente hoje aqui e ali, representa um fenômeno bem mais complexo em suas motivações originárias. Os mesmos parágrafos, porém, podem esclarecer certas atitudes e escolhas no momento de eleger um novo governo. E mais que isso, iluminam ainda a dificuldade patente de unir as forças progressistas na busca de vias alternativas. Os fantasmas e incertezas, provenientes respectivamente do passado ou do futuro, levam boa parte da população a fechar as portas, cruzar os braços e encerrar-se em si mesmo, a exemplo do caramujo. Ao contrário do conhecido lema, o medo toma o lugar da esperança. A busca de proteção – pessoal, familiar, partidária ou corporativista, social ou cultural – supera o impulso de sair à rua e pôr-se em marcha.

O desafio está em atravessar o solo arenoso e escorregadio da crise, avançando para terreno mais sólido da encruzilhada. Esta, de fato, pressupõe distintas “veredas no grande sertão” da economia e da administração política, para usar a expressão do poeta brasileiro Guimarães Rosa. As distintas veredas, por outro lado, requerem um discernimento e uma tomada de decisão. Nessa travessia, o lamento e as lágrimas cedem o lugar à vontade de levantar a cabeça e olhar para frente. O saudosismo doentio do berço cede o lugar ao desejo de colocar-se em movimento. As ameaças do passado e do futuro cedem o lugar à construção de um presente recriado e alternativo. No horizonte começa a delinear-se uma sociedade justa e fraterna, plural, sustentável e solidária.

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