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Historiador alerta para as sombras do nazismo

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31 Agosto 2018

O britânico Richard J. Evans, autor de 'Terceiro Reich: Na Memória e Na História, diz que a ideologia de Hitler sobrevive no mundo.

Evans não vai na onda de nenhuma generalização e afirma que embora o colonialismo alemão tenha sido mais sistematicamente racista em conceito e mais brutal em operação que outros colonialismos, os campos de concentração na África do Sudoeste alemã não eram como Treblinka, escreve Elias Thomé Saliba, professor titular da USP, publicado por O Estado de S. Paulo, 26-08-2018.

Eis o artigo.

Richard J. Evans foi um dos raros historiadores a atuar como perito no longo contencioso judicial do negacionista David Irving contra Debora Liptstad. E mais raro ainda, a virar personagem de filme, o longa Negação, de 2016 – que narrou a dramática história do mesmo julgamento. Lembre-se que em Telling Lies About Hitler, de 2002, Evans, além de expor detalhes de sua crítica documental, já havia desdramatizado o julgamento. Nada a estranhar, portanto, que, revelando amplo domínio da incomensurável produção sobre a Alemanha de Hitler, o historiador mostre, em Terceiro Reich na História e na Memória, como hoje é quase impossível escrever tal história sem examinar as formas como o nazismo sobreviveu aos tortuosos caminhos da memória coletiva.

Em julho de 1932, os alemães inauguraram a estátua de um enorme elefante estilizado, em Bremen, celebrando as conquistas do colonialismo no Sudoeste africano e exigindo o restabelecimento das colônias perdidas após a 1ª. Guerra. O monumento obscurecia a história mais perversa do domínio alemão na Namíbia. Foi lá que o bacteriologista Robert Koch não teve obstáculos legais para injetar em cerca de mil africanos, que padeciam da doença do sono, doses diárias altíssimas de arsênico. Apenas um pouquíssimo conhecido exemplo daquilo que o regime colonial alemão perpetrou, eliminando mais da metade da população de hereros e namas, entre 1904 e 1907. Outros regimes coloniais não foram menos brutais do que o alemão – como o jugo belga no Congo, o dos franceses na Argélia ou dos italianos na Etiópia – pois também se utilizaram da expropriação, submissão a trabalhos forçados ou assassinatos em massa.

Mas foi na Namíbia que os alemães experimentaram pela primeira vez (na linguagem e na realidade) os “campos de concentração”. Seria um projeto do horrendo genocídio (a palavra não era utilizada na época) que viria décadas depois?

Evans não vai na onda de nenhuma generalização e afirma que embora o colonialismo alemão tenha sido mais sistematicamente racista em conceito e mais brutal em operação que outros colonialismos, os campos de concentração na África do Sudoeste alemã não eram como Treblinka, cujo propósito único foi extinguir os judeus, os ciganos e quaisquer outros “forasteiros étnicos”.

Documentação inédita, mencionada pelo historiador em outros estudos, comprova que a abrangente escala europeia e global das intenções nazistas em relação aos judeus foi o que diferenciou o genocídio do Holocausto de outros extermínios em massa. Evans subscreve o veredicto de outro historiador do nazismo, Ian Kershaw: “O caminho para Auschwitz foi construído pelo ódio, mas pavimentado pela indiferença.” De qualquer forma, o incômodo Elefante continua lá, numa praça de Bremen.

Evans documenta, ainda, como grandes empresas industriais que se envolveram nos crimes do nazismo tentaram, após a guerra, abafar, manipular ou apagar a memória de sua participação. Há operações de esquecimento que resultaram, até certo ponto, pitorescas, como a das associações do KdF-Wagen, “carro da Força e da Alegria” (depois conhecido como Fusca) ao nazismo: todas foram esquecidas, numa lavagem a jato da memória, que atribuiu todas as suas origens ao gênio individual de Ferdinand Porsche. Mas há livros, escritos por historiadores, que também incentivam o esquecimento seletivo, como aqueles que perpetraram uma espécie de história oficial celebratória sobre a Krupp, maquiando o lado sombrio das estreitas associações da empresa com o nazismo, que usou, por exemplo, mão-de-obra escrava na fabricação de armamentos.

Evans tem ojeriza a truques retóricos. Quase sempre vai direto ao ponto. Comprova que até mesmo a frase “Quando ouço a palavra cultura, saco meu revólver” – que resumia a atitude nazista em relação às artes – é apócrifa e erroneamente atribuída a Goering. Originalmente ela fazia parte da peça Schlageter – um drama cheio de patriotadas no qual o personagem principal exclamava: “Quando ouço cultura, libero a trava de segurança da minha Browning!”

Um dos ensaios reveladores é aquele que analisa as “deportações, expulsões e migrações forçadas” – durante, mas sobretudo após a guerra – o que, pela força das narrativas unilaterais de cada país, acabou fomentando um apagamento ainda maior. Compreendidas de forma mais global, tais “migrações forçadas” levaram à morte de quase meio milhão de pessoas. É vital recuperar tal história, já que ela questiona a difundida compreensão da 2ª. Guerra como uma luta dos completamente bons e benévolos aliados contra o maligno nazismo e a maléfica agressão alemã. Raras as vozes que, já no pós-guerra, denunciaram tais crimes, perpetrados tanto pelos aliados quanto pelos russos.

Difícil escolher entre os 28 pequenos ensaios, todos eles tratando de temas polêmicos da vasta bibliografia referente ao nazismo. Alguns talvez sejam mais atraentes para o leitor, como os que abordam a figura de Hitler, que se tornou, afinal, um imã memorialístico poderoso de tantas teorias conspiratórias e patologias paranoicas. Hitler era doente? A ideia da insanidade de Hitler foi algo no qual os alemães acabaram acreditando durante os últimos estágios da guerra e, por muito tempo depois – como que para se eximirem da responsabilidade pelas ações do Füher. Esta narrativa foi alimentada pelo relatório do psicanalista Walter Langer sobre “a mente de Hitler”, escrito em 1943, sob encomenda do serviço secreto americano, o qual forneceu munição para inúmeras especulações. E, apesar da recente revelação de que uma parte do crânio do ditador, secretamente preservado pelos soviéticos, conter a marca da bala e a mandíbula – o que só foi descrito por Jean-Chrisphophe Brisard e Lana Parschina, no recém-lançado A Morte de Hitler – a resposta de Evans é um retumbante “não”: Hitler não era doente (e nem doente mental). “Se as suas ações e convicções foram racionais é outra questão, pois, irracionalidade e loucura não são a mesma coisa” – conclui o historiador.

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