07 Novembro 2017
A Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP23) de 2017 inicia hoje em Bonn (Alemanha). A COP23 começa apenas dois anos após o marco da aprovação do Acordo de Paris sobre as mudanças climáticas e espera dar um novo impulso no apoio dos planos nacionais de ação climática, do objetivo internacional acordado em relação à temperatura e de objetivos mais amplos da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.
A reportagem é de Jean-Christophe Ploquin, publicada por La Croix International, 06-11-2017. A tradução é de Luísa Flores Somavilla.
"Après nous, le déluge", diz a célebre frase de Madame de Pompadour. "Depois de mim, o dilúvio". À primeira vista, essa expressão popular parece perfeitamente adequada à nossa época, que é tão afetada pelo aquecimento global provocada pelo homem.
De acordo com um consenso científico bastante amplo, o aumento das emissões de dióxido de carbono e de outros gases está causando um impacto significativo sobre a mudança climática. As possíveis consequências podem tornar o mundo inabitável para certos povos do planeta.
É uma observação alarmante, e, no entanto, as sociedades continuam crescendo e se desenvolvendo com base no modelo que está na origem da deterioração que deve acontecer.
Porém, também está acontecendo uma verdadeira mobilização, como ilustra a abertura de hoje do COP23.
Praticamente todos os países do mundo, incluindo os Estados Unidos de Donald Trump, serão representados na conferência, que procurará discutir o acordo adotado há dois anos no COP21, em Paris.
O fato de este grande encontro de cientistas, diplomatas, ativistas e líderes políticos estar acontecendo demonstra que o fatalismo não é inevitável.
Uma aliança global está em andamento, reunindo Estados, cidades, empresas, igrejas, comunidades humanas, todos convencidos de que a humanidade precisa aceitar a nossa responsabilidade pela Terra e agir como guardiões da nossa "casa comum", ou seja, do mundo e de todos os seres que aqui vivem.
Na verdade, a mudança climática leva cada um de nós a olhar para questões relativas ao futuro de nossas famílias e amigos, das próximas gerações, bem como para demonstrar nossa responsabilidade.
O ideal de fraternidade humana nos encoraja a fazer um esforço criativo para mudar nosso comportamento. O objetivo imediato é reduzir a nossa dependência dos resíduos, principalmente dos gases que produzimos.
Também é necessário pensar em formas diferentes de satisfazer as nossas necessidades de consumo. Com efeito, precisamos nos perguntar o que significa ser verdadeiramente humano.
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Mobilização sobre mudança climática - Instituto Humanitas Unisinos - IHU