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A negação de Junho, quatro anos depois

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14 Junho 2017

“Junho de 2013 é o pacto que respaldou e confirmou o conteúdo social da Constituição de 1988 ao mesmo tempo em que rejeitou o modus operandi das forças que disputavam a direção do Estado, baseado na subtração de recursos públicos para fins eleitorais ou privados”, escreve Pablo Ortellado, professor do curso de Gestão de Políticas Públicas da USP, em artigo publicado por Folha de S. Paulo, 13-06-2017.

Segundo ele, “Junho é um levante da sociedade civil contra o Estado em defesa dos seus direitos que arrancou, por meio da mobilização de rua, a redução do preço das passagens de transporte e um conjunto de medidas legislativas que facilitaram o combate à corrupção”.

Eis o artigo.

Não entendemos o buraco em que o Brasil se meteu sem retomar a agenda dos protestos de junho de 2013 e o seu legado. Junho selou um grande pacto da sociedade civil brasileira em torno da defesa dos direitos sociais e do combate à corrupção. Como foi possível então que seus desdobramentos tenham contribuído para levar ao poder talvez o mais corrupto dos nossos partidos políticos adotando um programa de governo que consiste basicamente na subtração de direitos?

Pesquisas apontam que em junho de 2013 algo como 12% da população brasileira saiu às ruas com reivindicações diversas que podem todas ser resumidas em dois grandes eixos: direitos sociais (transporte, educação e saúde) e combate à corrupção (em geral ou especificamente na Copa do Mundo).

Na teoria sociológica se diz que o processo de mobilização social é feito de círculos concêntricos, cada vez maiores à medida que o engajamento diminui. Para exemplificar, isso significa que se uma passeata leva 10 mil pessoas às ruas, ela terá, digamos, 50 mil apoiadores ativos, que em algum momento podem vir a aderir ao protesto; ela contará ainda com 200 mil apoiadores passivos, que podem assinar uma petição ou falar com os amigos, mas que provavelmente não vão sair às ruas e terá, por fim, um ou dois milhões de pessoas que apenas têm uma opinião coincidente com quem se mobilizou.

Em junho de 2013, como 24 milhões de brasileiros tomaram as ruas, o número de apoiadores seguramente foi da ordem de dezenas de milhões de pessoas e a concordância com a demanda dos protestos foi de quase toda a população, como, aliás, atestam todas as pesquisas realizadas naquele momento. Um engajamento dessa magnitude forja um compromisso profundo, um verdadeiro pacto social.

Junho de 2013 é, assim, o pacto que respaldou e confirmou o conteúdo social da Constituição de 1988 ao mesmo tempo em que rejeitou o modus operandi das forças que disputavam a direção do Estado, baseado na subtração de recursos públicos para fins eleitorais ou privados. Junho é um levante da sociedade civil contra o Estado em defesa dos seus direitos que arrancou, por meio da mobilização de rua, a redução do preço das passagens de transporte e um conjunto de medidas legislativas que facilitaram o combate à corrupção.

O que vimos depois de Junho é a recuperação deste perigoso levante popular. Velhas e novas forças políticas retomaram o controle da sociedade civil explorando um dos eixos dos protestos: a esquerda se arvorou a campeã dos direitos sociais e a direita, a paladina do combate à corrupção. Com isso, as forças políticas cindiram ao meio o conteúdo reivindicatório de Junho, enfraquecendo e dobrando a sociedade civil, colocando uma metade contra a outra, numa luta fratricida que só favoreceu a classe política como um todo.

De um lado, a esquerda da sociedade civil, ludibriada pelos partidos, foi levada a acreditar que os que se indignavam com a corrupção não passavam de cínicos que, no fundo, só queriam reverter as conquistas sociais dos anos Lula. Do outro lado, novas e velhas lideranças políticas faziam os indignados com a corrupção acreditarem que a esquerda era toda ela composta de petistas sem caráter que defendiam a corrupção. E enquanto, na base, a sociedade se polarizava numa guerra despropositada entre os puros e os justos, no topo, a pragmática classe política respirava aliviada com a sobrevida que tinha conquistado pelo enfraquecimento dos de baixo.

É esse enfraquecimento gerado pelo conflito na sociedade civil que explica como que, a despeito do grande consenso em torno dos serviços públicos e do combate à corrupção, o desdobramento dos protestos permitiu que emergisse o seu oposto: a ascensão de nosso pior partido político com a missão de limitar os serviços públicos e encontrar algum tipo de salvaguarda contra as investigações da Lava Jato.

Divididos, não temos força para impor a agenda da sociedade como fizemos em 2013. E enquanto brigamos, a classe política aproveita nossa fraqueza para transformar o legado de junho de 2013 no seu avesso.

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