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“O integrismo litúrgico é um problema muito grave que toca o coração do Evangelho”

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08 Fevereiro 2017

“O integrismo litúrgico do cardeal Sarah é um assunto grave, muito grave. É um assunto que toca o próprio coração do Evangelho. Aquele que tranquiliza sua consciência porque vai à missa, reza pela manhã e pela noite ou coisa do estilo, se não é honrado, transparente e pratica a justiça, acima de tudo, é um farsante que, mais que enganar a sociedade e a Igreja, é um indesejável que engana a si próprio”, escreve o teólogo espanhol José María Castillo, em artigo publicado por Religión Digital, 06-02-2017. A tradução é do Cepat.

Eis o artigo.

A Igreja se organizou de maneira que a liturgia, como “culto sagrado”, deixa a impressão que, para muita gente e na prática diária da vida, é mais importante que Deus. E, como consequência, é mais determinante os seus costumes e hábitos de vida que o Evangelho. Por isso, é compreensível que o cardeal Sarah, prefeito da Congregação para o Culto Divino, pretenda deter a reforma litúrgica que o Concílio Vaticano II colocou em marcha.

Que explicação esta pretensão de imobilismo e conservadorismo do cardeal Sarah pode ter? Por que ainda há gente que sente a falta da missa em latim ou das cerimônias litúrgicas à moda antiga? O problema que estas perguntas apresentam é mais sério do que alguns imaginam. O “fato religioso” é tão antigo como o ser humano. Ou seja, a religião nasceu há uns 100.000 anos.

Mas, a religião nasceu de tal maneira que a primeira coisa, o mais original, no fato religioso, não foi Deus, mas, sim, os ritos. Concretamente, os ritos de sacrifício. Matava-se um animal, segundo um cerimonial predeterminado, e isso reunia o grupo (de caçadores nômades) e, segundo parece, produzia uma efeito tranquilizante e pacificador dos sentimentos naturais de culpa, que brotam em todo ser humano. Certamente, o pano de fundo destas condutas se compreende a partir do que é o sacrifício em si. Com efeito, a prática sacrificial expressa simbolicamente que toda vida se mantém e perdura a custo de matar outras vidas (H. Seiwert, G. Theissen). Isto é duro. Mas, é assim. E vale também para os vegetarianos (os vegetais são vidas). Sim, podemos seguir vivendo porque matamos outras vidas.

Tendo isto presente, o que se pode afirmar (como fato sobradamente demonstrado) é que “Deus é um produto tardio na história da religião” (G. van der Leeuw, K. Lorenza, W. Burkert). Quando os humanos começaram a pensar em Deus? Não é possível precisar. Sabe-se com segurança que a ideia de Deus está indissociavelmente unida à prática do sacrifício. De qualquer modo, nas práticas religiosas que conhecemos até o Neolítico (uns 11.000 anos a. C.), ao menos na Europa, não há rastro de crenças ou relação alguma com Deus. Ou seja, o ser humano praticou rituais religiosos relacionados à caça, à morte, à passagem para outra possível forma de vida. E essa foi sua religião durante uns 90.000 anos.

Compreende-se por isso que, por exemplo, a professora Ina Wunn (Universidade de Hanôver) tenha escrito uma história de mais de 500 páginas sobre “As religiões na Pré-História”, um grande volume onde nem se menciona Deus. Sem dúvida alguma, o ser humano tem integrada, em sua longa existência de 100.000 anos, a prática fixa e firme dos rituais sagrados. Uma experiência que nós, humanos, temos mais integrada em nós que a ideia de Deus ou nossa relação com ele.

Isto é o que explica que haja tanta gente que é mais fiel à exata observância dos ritos sagrados, que a sua correta relação com Deus. É que os ritos são ações que, devido ao rigor na observância das normas, chegam a constituir um fim em si mesmos. De onde resulta que, no âmbito da conduta, ocorre com frequência que o “rito” se sobrepõe ao “ethos” (G. Theissen). E, então, nos deparamos com o fato, tão frequente entre os cristãos, daqueles que são fiéis observantes de normas e cerimônias sagradas, mas ao mesmo tempo deixam muito a desejar em sua conduta. Ou são simplesmente gente sem vergonha.

Pois bem, tendo em conta o que acabo de explicar, compreende-se que, já no Antigo Testamento, o enfrentamento dos Profetas com os Sacerdotes foi frequente e até mortal. Mas, sobretudo, isto é o que explica a originalidade da vida, a conduta e os ensinamentos de Jesus. A relação de Jesus com os observantes (sacerdotes, levitas, fariseus, mestres da Lei) foi um constante enfrentamento. Como foi um conflito sua relação com o Templo. Jesus não instituiu nenhum ritual. Nem a ceia de despedida foi um ritual, coisa que deixou patente o IV evangelho. Nem a morte de Jesus foi um sacrifício sagrado. Aquela morte não podia ser um “sacrifício ritual”. Foi um “sacrifício existencial”, como ficou patente na carta aos Hebreus (7, 27; 9, 9-14) (A. Vanhoye). Daí, a exortação final: “Não se esqueçam da solidariedade e de fazer o bem, que esses sacrifícios são os que agradam a Deus” (Hb 13, 16).

O integrismo litúrgico do cardeal Sarah é um assunto grave, muito grave. É um assunto que toca o próprio coração do Evangelho. Aquele que tranquiliza sua consciência porque vai à missa, reza pela manhã e pela noite ou coisa do estilo, se não é honrado, transparente e pratica a justiça, acima de tudo, é um farsante que, mais que enganar a sociedade e a Igreja, é um indesejável que engana a si próprio. Enquanto a Igreja não resolver esta grande mentira, não irá a parte alguma. Dá para compreender por que há tantos cristãos que não suportam o Papa Francisco?

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