Jesuíta ataca a conselheira espiritual de Trump, Paula White

Donald Trump e Paula White | Foto: Reprodução Youtube

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13 Julho 2018

O sacerdote e autor jesuíta criticou duramente o fato de White usar as Sagradas Escrituras para justificar a política migratória de “tolerância zero” anunciada pelo governo Trump, que separou 2.000 crianças imigrantes de seus pais.

A reportagem é de Religión Digital, 12-07-2018. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Um proeminente sacerdote católico atacou a assessora espiritual de Donald Trump por defender a política migratória do presidente estadunidense citando o Novo Testamento da Bíblia cristã. O Pe. James Martin criticou a televangelista Paula White por afirmar que Jesus não foi um refugiado.

“Eu me pergunto que Evangelho ela estará lendo. Jesus deixa de lado muitas tradições: vai contra as leis judaicas, cura no dia de sábado, toca pessoas impuras [...] Realmente, o ponto de vista de Jesus, várias vezes, é de que as leis de Deus substituem as do homem”, afirmou Martin no programa Anderson Cooper 360, da CNN.

Anteriormente, White havia desqualificado aqueles que “dizem coisas como a de que Jesus foi um refugiado” e descartou tal afirmação como “fora de contexto”. “Sim, Jesus viveu no Egito durante três anos e meio, mas não era ilegal. Se ele tivesse violado a lei, então teria sido pecaminoso e não teria sido o nosso Messias”, indicou a conselheira espiritual pentecostal, chefe do conselho consultivo evangélico de Trump.

O sacerdote e autor jesuíta criticou duramente o fato de White usar as Sagradas Escrituras para justificar a política migratória de “tolerância zero” anunciado pelo governo Trump em abril, que resultou na separação de 2.000 crianças imigrantes de seus pais depois de atravessarem ilegalmente a fronteira entre o México e os Estados Unidos.

Embora Trump tenha ordenado, no fim de junho, que daria fim a essa prática em um prazo de 14 dias, o governo dos Estados Unidos informou na última segunda-feira que não poderá se ajustar a esse prazo para reunir as famílias. “Aqui vemos a Bíblia sendo utilizada para validar que as crianças sejam separadas de seus pais, e isso, na minha opinião, é realmente assustador”, disse Martin.

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