Por: João Flores da Cunha | 19 Mai 2017
O desemprego deve aumentar neste ano na América Latina, segundo um estudo realizado em conjunto pela Comissão Econômica para América Latina e Caribe – Cepal e pela Organização Internacional do Trabalho – OIT. A previsão foi divulgada no dia 11-5.
O relatório diz que “o aumento da desocupação média regional em 2016 foi o maior incremento anual em duas décadas”, segundo o estudo. “A taxa média de desemprego urbano na América Latina e no Caribe voltará a aumentar em 2017 para 9,2%, em um ano marcado por um modesto crescimento econômico que não será suficiente para neutralizar as condições de enfraquecimento do mercado de trabalho”.
Condiciones laborales seguirían débiles en 2017 y #desempleo superaría el 9% en #ALC: informe #CEPAL y @OITAmericas. https://t.co/TgJJtT2Y1J pic.twitter.com/ts6hLuNyNX
— CEPAL (@cepal_onu) 11 de maio de 2017
O diagnóstico geral da Cepal e da OIT é de que “as condições de trabalho continuarão se enfraquecendo em 2017”. Se confirmada a projeção de 9,2% de desemprego para este ano, ela representaria um aumento em relação a 2016, que registrou 8,9%, e a 2015, quando a taxa foi de 7,3%.
A projeção de crescimento econômico da Cepal e da OIT para a região em 2017 é de 1,1%, um índice considerado “modesto” pelas organizações. Nesse cenário, há baixa criação de novos empregos.
“Considerando que o emprego é a chave-mestra para reduzir a pobreza e a desigualdade excessiva na região, as tendências de emprego recentes são altamente preocupantes. De fato, foram contidos os avanços no combate a estes flagelos”, afirma no documento a secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena, e o diretor regional da OIT, José Manuel Salazar.
As entidades alertaram que um quadro assim afeta sobretudo grupos vulneráveis, como mulheres e jovens com baixa educação, além de imigrantes.
No Brasil, o IBGE divulgou no dia 18-5 dados da PNAD Contínua que mostram que há 26,5 milhões de pessoas subutilizadas no mercado de trabalho nacional (taxa de 24,1%). Esse número é a soma de desempregados, subocupados e pessoas que poderiam integrar a força de trabalho.
A faixa etária de 18 a 24 anos é a que registra maior taxa de desocupação: 28,8%. Cerca de 20% dos desempregados brasileiros procuram emprego há mais de dois anos, segundo o IBGE.
#IBGE: taxa de subutilização da força de trabalho fica em 24,1% no 1° tri/2017 https://t.co/5XLtqAZhJT pic.twitter.com/rZhxqMo4N0
— IBGE Comunica (@ibgecomunica) 18 de maio de 2017
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Desemprego deve aumentar na América Latina, dizem Cepal e OIT - Instituto Humanitas Unisinos - IHU