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Quando divisões e venenos atingem o poder milenar da Santa Sé

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24 Fevereiro 2012

Os vazamentos de documentos confidenciais e as polêmicas internas fazem vir à tona o conflito dentro da Santa Sé, como acontecera apenas em um passado distante. Na Idade Média e no Renascimento, as críticas eram lidas até na presença do papa. A partir do século XVII, os confrontos se tornaram mais secretos. O pontificado mais conflituoso da história foi o de Bonifácio VIII, acusado de ter induzido Celestino V a fazer "a grande recusa" ao papado.

A análise é do historiador italiano Agostino Paravicini Bagliani, professor da Università Vita-Salute San Raffaele, de Milão, ex-scriptor da Biblioteca Apostólica Vaticana e ex-professor da Escola Vaticana de Paleografia, Diplomática e Arquivística. O artigo foi publicado no jornal La Repubblica, 23-02-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

As crônicas recentes nos relataram os novos "venenos" vaticanos. Que espantaram e provocaram discussão, porque, de repente, surgiram críticas e conflitos – como sempre, a serem verificadas – que, antes, quase nunca floresciam perante a opinião pública. E é como se tivéssemos assistido, de algum modo, o fim histórico de um antigo segredo. E talvez também nos vieram à mente os tempos antigos das cortes, os da Idade Média e do Renascimento. Com a diferença, porém, de que, nesses séculos, as notícias provinham de panfletos, sátiras, despachos de embaixadores, crônicas e outros mais, cujas modalidades de difusão certamente não podem ser comparadas a fenômenos à la Wikileaks de hoje. Não por acaso alguém usou o termo "Vatileaks".

No passado, algumas fontes, como os diários dos mestres das cerimônias pontifícias do Renascimento, não foram sequer escritas para serem difundidas. No entanto, é deles também que ficamos sabendo sobre a existência de "venenos" e confrontos pessoais que às vezes parecem ser emblemáticos dos rancores que podem nascer e se desenvolver em cortes complexas como as dos papas da Idade Média e do Renascimento. Como não pensar no retrato que Paride de Grassi nos deixou do seu célebre antecessor, Giovanni Burcardo: "Se tivesse sido humano, a nossa arte teria saído engrandecida, mas ele não apenas não era humano, mas mais bestial do que todas as bestas e invejosíssimo"...

Impropérios e gestos violentos podiam ser verificados até na presença do papa. Em junho de 1486, o cronista romano Stefano Infessura anota que, enquanto o cardeal Giovanni Balue tentava convencer o papa a convidar o duque de Lorena para fazer valer os seus direitos sobre o reino de Nápoles, contra o cardeal "se lançaram o vice-chanceler Rodrigo Borgia (futuro Alexandre VI) e o cardeal Savelli que lhe dirigiram palavras muitos injuriosas e ofensivas", às quais o cardeal Balue respondeu na mesma moeda, afirmando que "o vice-chanceler era um marrano"...

Traições nem sempre verificáveis dizem respeito ao pontificado de Bonifácio VIII (1294-1303), talvez o mais conflituoso da história do papado medieval. Guilherme de Nogaret e Sciarra Colonna não teriam conseguido entrar, no dia 8 de setembro de 1303, na cidade de Anagni para capturar Bonifácio VIII sem a cumplicidade de dois cardeais, Riccardo Petroni e Napoleão Orsini! Quem se lembrará disso será o tio de Orsini, o cardeal Matteo Rosso Orsini, que permaneceu fiel ao Papa Caetani. Os dois cardeais Colonna, Pietro e Giacomo, lançaram contra Bonifácio VIII até a acusação – infundada – de ter induzido astuciosamente o seu antecessor, Celestino V (1294), a realizar a "grande recusa".

Os rancores dos quais Bonifácio VIII foi vítima também eram ditados por comportamentos pessoais. Para seus contemporâneos, ainda como cardeal, Caetani "pensava jamais ter sido enganado por ninguém" e "se vangloriava de poder confundir os homens com as suas palavras".

Em suma, em uma corte, a gestão dos próprios comportamentos era uma condição indispensável para evitar conflitos. Em 1627, traçando os dotes pessoais do cardeal Nipote, o embaixador veneziano Pietro Contarini proporá um retrato ideal do alto prelado da Cúria, que se demonstra capaz de "evitar o ódio que, ordinariamente, costuma cair sobre aqueles que se veem como mais próximos; e o faz em grande parte para não enciumar o cardeal Barberini" (Antonio Menniti, Il tramonto dela Curia nepotista, Roma, Ed. Viella, 1999).

Em uma corte de relações sociais muitas vezes fluidas e lábeis, sujeitas a contínuas oscilações, entre ascensão e declínio, o melhor modo de não sofrer injustiças ou conflitos era sempre o de dispor de um prestígio indiscutível. Ou de fazer com que se acreditasse nisso... Segundo Salimbene de Adam (falecido em 1288), o cardeal Ottaviano Ubaldini (falecido em 1272), lembrando por Dante na sua Divina Comédia (Inferno X, 120), "sabendo não ter as graças do papa, e que isso havia sido divulgado por muitos da Cúria e de outras partes, fazia crer que tinha a graça do papa", parando "para tagarelar com um clérigo qualquer na antessala, até que tivesse certeza de que todos os cardeais haviam saído". Assim, esperava "que o considerassem o cardeal mais importante da corte"...

A existência de documentos em que se expõem fortes críticas, além disso não destinadas a serem publicadas, contra órgãos curiais, surpreendeu e provocou discussão. Também a esse respeito, as diferenças com o passado antigo são notáveis. Na Idade Média e no Renascimento, críticas também polêmicas podiam ser lidas até na presença do papa. No dia 13 de maio de 1250, em Lyon (cidade onde Inocêncio IV havia celebrado um concílio para depor o imperador Frederico II), o cardeal Giovanni Gaetano Orsini leu no consistório, quase de improviso, uma memória que o sábio bispo de Lincoln, Robert Greathead – "fundador" da Universidade de Oxford – havia entregue a alguns cardeais e o próprio pontífice, e que continha uma das denúncias mais severas à política da Cúria Romana do século XIII. Não foi um caso isolado, longe disso.

Mas a situação evoluirá a partir dos séculos XVI e XVII em diante. Em sintonia com novas formas de vida social dentro das cortes soberanas europeias, a radicalidade dos confrontos pessoais e também da formulação de críticas e polêmicas abrirá espaço para novas modalidades, menos impetuosas e mais secretas. Daí a nossa surpresa ao ver, hoje, assim como há tantos séculos, o retorno ao primeiro plano, justamente de dentro do Vaticano, de polêmicas e confrontos pessoais aos quais já não estávamos mais acostumados.


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