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Julien Ries: o cardeal antropólogo que redescobriu a Pré-História

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17 Fevereiro 2012

Julien Ries, professor emérito em Louvain La Neuve de história das religiões, é capelão junto à Família Espiritual L'Oeuvre, em Villers Saint Amand (na Bélgica valã). A Universidade Católica de Milão, à qual deixou a biblioteca e o arquivo, lhe conferiu a láurea honoris causa em 2010. A nomeação como cardeal chegou pelos seus trabalhos científicos e culturais. No dia 18 fevereiro, ele irá receber seu barrete. Suas obras completas estão sendo publicada pela Jaca Book, editora com a qual ele colabora há quarto de século.

A reportagem é de Armando Torno, publicada no jornal Corriere della Sera, 04-02-2012. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis a entrevista.

A púrpura aos 92 anos. O que diz o seu coração?

Foi uma grande surpresa, eu fiquei totalmente maravilhado. Não esperava. Na vida, acontece aquilo que ocorre na evolução: um imprevisto permite um salto para a frente. Eu refleti sobre as razões e pensei que, antes de mim, foi Franz König, de Viena...

Que desempenhou um importante papel no Concílio...

Como historiador das religiões. Era um grande conhecedor do Irã e tinha, dentre muitas obras, comparado a escatologia de Zoroastro e o Antigo Testamento. Mas, acima de tudo, eu acredito que foram os meus estudos de história das religiões e sobretudo sobre a antropologia religiosa que estiveram em jogo na nomeação.

O senhor continuará a sua obra, ou a púrpura é muito pesada?

Não, não é. Ao contrário, é uma alavanca que permite ter uma melhor visão da missão empreendida e uma ideia mais entusiasta do trabalho ainda a ser feito. O meu dia de estudo e de recolhimento irá continuar. Eu começo às 5h da manhã: oração e meditação. Depois, celebro a missa à qual vêm as irmãs da L'Oeuvre. Faço uma homilia todos os dias, na qual recordo os santos e os acontecimentos da Igreja para orientar o nosso trabalho. Inspiro-me em Ambrósio, que também influenciou Agostinho. Das 9h às 12h, me dedico ao estudo e à escrita. Faço o mesmo das 15h às 18h. Depois, a janta. E o repouso.

O que falta hoje na cultura?

Principalmente, a consciência da história, da história da humanidade. É uma disciplina quase esquecida. E a história da cultura precisa ser conhecida para se saber onde pôr os pés. O Concílio Vaticano II, na Constituição Gaudium et Spes, que fala da relação Igreja-mundo, colocou um capítulo importante sobre a cultura, que deveria ser relido hoje. Para a Igreja, foi um compromisso sério, e o trabalho de figuras como o cardeal Ravasi é a prova disso.

O que deve ser descoberto e valorizado na cultura de hoje?

A cultura atual gosta da superfície e perdeu o sentido: perdê-lo equivale a não encontrar mais a razão da vida. Na Europa, por exemplo, falta a consciência da história cristã. Há, portanto, um trabalho em profundidade a ser feito, e é preciso, dentre outras coisas, ativar o diálogo com os não crentes. Além disso, não se deve ter nenhum medo da imigração, mas não se pode transformar as periferias em locais de estacionamento que lembram a colonização, quando os nativos eram postos em "campos", e os europeus viviam por conta própria. Eu costumo utilizar o termo aculturação para expressar a acolhida simpática a outros povos. Depois, uso o vocábulo inculturação para expressar como o anúncio do Evangelho deve levar em conta o fato de se dirigir a culturas diferentes.

Redescobrir a Igreja: ainda é possível?

Para redescobrir a Igreja, é necessário transmitir um entusiasmo por Cristo, que a nossa geração quase perdeu. Mas aos jovens é possível. Trata-se de reencontrá-lo no Evangelho: são necessários profetas para a nossa época. Houve alguns recentemente, como o Pe. Giussani [fundador do Movimento Comunhão e Libertação], Chiara Lubich [fundadora do Movimento dos Focolares] e outros.

O senhor é considerado o maior antropólogo religioso do nosso tempo. Uma opinião sobre a antropologia "não" religiosa...

A antropologia "não" religiosa é uma ciência horizontal, olha para o homem nas suas dimensões sociais e, às vezes, com olhos que custam para ver, como a antropologia estrutural de Lévi-Strauss. Em nós, há uma outra dimensão. Santo Irineu dizia que o homem que está ereto de pé é a glória de Deus. É preciso ver, ao mesmo tempo, a dimensão horizontal e a vertical: o homem está plantado, voltado para o céu. Portanto, à antropologia não deve faltar a transcendência, e a antropologia religiosa é marcada pela transcendência. Daí a importância do homo religiosus.

Teilhard de Chardin: esse jesuíta ainda perturba a Igreja?

Ele está voltando! As pesquisas atuais sobre a evolução mostram a visão clara e clarividente que Teilhard tinha. Foi De Lubac que indicou por primeiro o verdadeiro rosto de Teilhard. Hoje, a Igreja reconhece que cometeu um erro ao colocá-lo de lado.

O mundo está mudando. É apenas a crise econômica?

A crise econômica profunda tem suas raízes no neoliberalismo. Visou-se à riqueza e aos bens materiais e não se entendeu que são campos a serem regulados. Estamos em um contexto de materialismo liberal. Ao lado dele, há uma crise do espírito pela perda de verdadeiros pontos de referência culturais. A globalização é um "monopernismo", mas, para caminhar, são necessárias duas pernas. É preciso reler as encíclicas que denunciavam as sociedade de uma perna só.

Os fundamentalismos religiosos?

Eles atingiram muitas crenças e fizeram delas ideologias. No Islamismo, mistura-se política e religião, mas é o projeto político que prevalece, e se quer fazer dele a constituição do mundo. O fundamentalismo hindu está repetindo um erro semelhante ao nazismo, considerando necessária, indispensável e única para a Índia justamente a identidade hindu. Desse modo, ele perderia a grande visão do homem e do mundo. No cristianismo, observamos o mesmo fenômeno com o integrismo que seleciona os textos e transforma a religião em ideologia. Vimos isso na Guerra do Golfo. A ideologia fundamentalista subverte o homem religioso, torna-se intolerância ideológica e torna o diálogo impossível.

Muitos dos seus trabalhos referem-se à Pré-História. Por quê?

Eu encontrei nela as nossas raízes. Com a Pré-História, vemos que, no início, o homem é marcado pelo simbolismo e é homo religiosus, e isso o caracteriza. Por mais de dois milhões de anos, observamos o crescimento do que chamamos de hominização e seguimos o percurso da humanidade desde o Paleolítico superior até as grandes grutas pintadas: sinal, com a já anterior sepultura dos mortos, de um grande sentido de transcendência. Há um crescimento da consciência na história da humanidade que levou ao nascimento das grandes culturas e religiões, mas nós notamos que, desde o seu aparecimento, o homem é simbólico e religioso. Essa consciência é importante para o nosso tempo. Por essa razão, me interessei pela Pré-História. Hoje, temos necessidade das constantes do sacro: símbolos, mitos, ritos. Hoje, sabemos que a Pré-História, uma vez considerada separada da história pela falta da escrita, já é história. Não há nenhuma ruptura desde o aparecimento do homem.


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