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Por: André | 19 Novembro 2013

Um estudo feito nos Estados Unidos aponta que 38% das crianças com menos de dois anos usam telefone inteligente. Os menores de oito anos que utilizam este aparelho chegam a 63%. O tempo que dedicam aos aparelhos digitais nesse país triplicou desde 2011.

A reportagem é de Javier Martín e publicada no jornal argentino Página/12, 18-11-2013. A tradução é de André Langer.

63% das crianças menores de oito anos usam o smartphone, de acordo com um estudo da Common Sense Media realizado entre crianças dos Estados Unidos. Há dois anos, a porcentagem era de 41%. O mais surpreendente é que entre os menores de dois anos o uso é de 38%, o que evidencia um crescimento de 28 pontos desde 2011.

É a segunda edição do estudo da CSM, realizado com os mesmos parâmetros, para que se possa comparar melhor com a situação de há dois anos e o mesmo estrato de população e número.

O salto do uso do smartphone, no entanto, é inferior ao impacto do tablet que, nestes dois anos, aumentou de 8% para 40%, ao passo que o do iPod, ou similares, cresceu de 21% para 27%.

Ganham popularidade entre as crianças não apenas os aparelhos digitais. O fato é que dedicam mais tempo a eles. Dos cinco minutos de 2011 aos 15 minutos atuais. A chamada de voz não é a principal atividade, mas os dados: principalmente jogos, descarga de aplicativos ou a assistência de filmes. Nesse sentido, seu uso aumentou de 38% para 72% no mesmo período.

No mesmo ritmo que cresce o uso de aparelhos digitais, decrescem os aparelhos clássicos que ainda retêm a audiência infantil durante duas horas e 16 minutos, mas 21 minutos a menos que há dois anos. Todas as telas tradicionais perdem, mas a televisão continua sendo a rainha da casa. Diminui de 69 minutos para 57, e, além disso, esses minutos são distribuídos de maneiras muito diferentes: 18 minutos para programas gravados; 10 minutos para descargas ou streaming e seis minutos solicitados sob demanda. Também o DVD perde (nove minutos) e fica com 22; o PC perde seis minutos (restam-lhe 11) e os videogames ficam com 10 minutos, quatro a menos que há dois anos.

A leitura no tablet e no smartphone também aumenta na população infantil, de 4% para 30%, mas não é, nem muito menos, a atividade mais popular nestes aparelhos.

Em relação ao uso de aparelhos digitais de acordo com os ingressos econômicos das famílias, também aumenta na classe baixa norte-americana, de 22% para 65%, embora se mantenha o abismo em relação às classes ricas. A porcentagem de tablets em casas de famílias modestas cresce de 2% para 22%, quando entre as ricas é de 63% e o acesso à banda larga é quase o dobro nas famílias abastadas.