03 Outubro 2014
Fonte: http://bit.ly/1udOqky |
“Peço a todos os homens e mulheres da Europa para que abram as portas dos seus corações”. Na tarde desta quarta-feira, na pequena sala que se encontra ao lado da Sala Paulo VI, o Papa Francisco recebeu uma delegação de sobreviventes e familiares do naufrágio de um ano atrás. No dia 03 de outubro de 2013, na costa da ilha italiana de Lampedusa, morreram 368 migrantes.
A reportagem está publicada no sítio Vatican Insider, 01-10-2014. A tradução é de André Langer.
A delegação que foi recebida pelo Pontífice era composta de 37 pessoas da Eritreia (mais de 20 sobreviventes do naufrágio e alguns familiares). Chegaram a Roma vindos de diferentes países da Europa que os acolheram, principalmente da Alemanha, Suécia, Noruega, Holanda e Dinamarca.
Um dos refugiados falou com o Papa em inglês pedindo-lhe apoio para o reconhecimento dos corpos, o que, em determinados casos, ainda não foi possível. Uma jovem agradeceu ao Papa pelas diferentes formas pelas quais ofereceu seu apoio aos migrantes e refugiados.
Francisco, por sua vez, falou, comovido, em italiano com os presentes: “Sinto coisas que não se pode dizer, porque não se encontra palavras para dizê-las. Tudo o que vocês sofreram contempla-se no silêncio, chora-se e trata-se de estar próximo”. Às vezes, continuou o Pontífice argentino, “quando parece que chegamos ao porto, vêm coisas duríssimas. Encontramos portas fechadas e não sabemos para onde ir. Mas há muitas pessoas que têm o coração aberto para vocês. A porta do coração é a mais importante neste momento. Peço a todos os homens e mulheres da Europa para que abram as portas dos seus corações!” O Papa concluiu expressando sua proximidade e destacando que reza “por vocês; rezo para que as portas fechadas se abram!”
Como presente, os integrantes da delegação de migrantes ofereceram ao Papa uma escultura em ferro que representa uma garrafa ao mar que em seu interior contém uma família. O Pontífice saudou pessoalmente cada um dos participantes ao final do encontro. A visita foi possível graças à organização Comitê 03 de Outubro, presidido por Tareke Brhane. Estavam presentes durante o encontro dom Konrad Krajevski, Esmoleiro Pontifício, e o padre Giovanni Lamanna, ex-presidente do Centro Astalli.
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Meu filho, não recuse ajudar o pobre,
e não seja insensível ao olhar dos necessitados.
Não faça sofrer aquele que tem fome,
e não piore a situação de quem está em dificuldade.
Não perturbe mais ainda a quem já está desesperado,
e não se negue a dar alguma coisa ao necessitado.
Não rejeite a súplica de um pobre,
e não desvie do indigente o seu olhar.
Não desvie o olhar daquele que pede alguma coisa para você,
(Eclo 4, 1-5a)
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O Papa com os sobreviventes de Lampedusa: que a Europa abra as portas do coração - Instituto Humanitas Unisinos - IHU