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10 Março 2015

"Freud defende teses polêmicas: Moisés seria um egípcio, de origem aristocrata, e não um membro do povo judaico. Ele seria um discípulo do grande faraó Amenófis IV, que se autointitulou Ikhanaton e baniu o politeísmo, substituindo-o pelo culto ao Deus Sol Aton", escreve Márcio Seligmann-Silva, ensaísta e professor no Instituto de Estudos da Linguagem da Unicamp, em artigo publicado pelo jornal O Globo, 07-03-2015.

Eis o artigo.

Nada mais atual do que a última obra de Freud. Refiro-me a “O homem Moisés e a religião monoteísta — Três ensaios”, trabalho publicado já no exílio londrino, em 1939, ano de sua morte. Ele desmistificou aí, de um modo contundente, nada menos do que a figura de Moisés. Isso em plena era dos totalitarismos. Essa “profanação” da imagem de Moisés, feita por quem foi também um dos maiores teóricos e admiradores do humor, não deixa de estabelecer, hoje, uma ponte com o ataque terrorista fatal aos cartunistas do “Charlie Hebdo” em Paris. Explico-me. 

Esse ensaio foi vítima da situação histórica em que foi gestado: Freud encontrava-se em Viena ao iniciá-lo e temia as reações à sua publicação. Seu autor sentia a pressão dos nazistas, lembrando que em 1933 obras suas já haviam sido queimadas em praça pública em Berlim. O risco era real, tanto que, posteriormente, suas quatro irmãs, que não conseguiram sair da Áustria, acabaram todas assassinadas em campos de concentração nazistas. Por fim, essa obra é o testamento de Freud, a pedra lapidar de sua grande e revolucionária obra.

Teses polêmicas sobre Moisés

Por que voltar a Moisés naquele momento histórico? O que podemos ler por detrás desse projeto que se concretizou apesar de todas as intempéries e barreiras? Freud, afinal, àquela altura, já era um “imortal” e não precisava mais provar nada a ninguém.

Betty Fuks, em seu pequeno e conciso livro sobre esse trabalho de Freud, enfrenta essas e outras questões com doses de sobra de inteligência e de erudição. Ela consegue a proeza não só de apresentar o enredo desse “romance histórico”, ou dessa “ficção teórica”, como também articula o trabalho às demais obras de seu autor e à sua vasta fortuna crítica.

O subtítulo do ensaio de Fuks é “O desvelar de um assassinato”. Com efeito, tanto o ensaio de Freud pode ser lido como esse desvendar detetivesco de um assassinato, como a própria obra de Fuks volta a esse tema, para entender o significado da leitura freudiana da figura de Moisés no contexto do século XX e da psicanálise.

Freud defende teses polêmicas: Moisés seria um egípcio, de origem aristocrata, e não um membro do povo judaico. Ele seria um discípulo do grande faraó Amenófis IV, que se autointitulou Ikhanaton e baniu o politeísmo, substituindo-o pelo culto ao Deus Sol Aton. Moisés teria escolhido o povo hebraico para receber essa seita, que foi logo banida com a morte de seu fundador e apagada da história. A proto-história do judaísmo seria a história da sobrevivência desse culto monoteísta, como memória encriptada de um apagamento. A desconstrução freudiana da figura de Moisés vai mais longe: ele afirma que ele foi também abandonado e assassinado pelos judeus. Posteriormente, já em Cades, um segundo Moisés teria retomado essa crença e restituído o monoteísmo, como um compromisso entre os deuses Jeová e Elohims (na grafia plural destacada por Fuks). 

A autora mostra como essa “estrangeiridade” colocada na origem do judaísmo é absolutamente compatível com a teoria freudiana que afirma que “a origem do sujeito, individual e coletivo, advém do Outro, do heterogêneo em relação ao si mesmo; do estrangeiro como condição de identidade.”

Ou seja, Fuks lê nesse ensaio uma tentativa freudiana de descrever a outridade como componente central da identidade, que é pensada pela psicanálise como devir em aberto. Na contramão e desconstruindo a ontotipologia genocida nazista, que erigira a identidade como propriedade exclusiva de uma origem pura, Freud planta a ideia da identidade como errância e nomadismo. Ao mostrar isso, com base na religião judaica, ele estava também tentando mostrar o porquê da eleição dos judeus como bodes expiatórios, por parte dos nazistas.

Ponte com debate sobre "Charlie"

Além disso, destaca Fuks, essa leitura de Freud instaura uma visão descontínua e cheia de intensidades do devir histórico. O tempo é tratado como esburacado, não linear, pleno de repetições e de retornos: trata-se da temporalidade do trauma, que Freud projeta, de seus estudos sobre os indivíduos, em toda a história da Humanidade. Ele desvela o desmentido do assassinato de Moisés a partir da leitura de traços e indícios, assim como, na cena da psicanálise, enfrenta-se o desafio de se dizer o que está fora da linguagem, de se falar a verdade do trauma.

Esse ensaio de Fuks, portanto, partindo de Freud, vai ao coração do debate desencadeado pelo atentado ao “Charlie Hebdo”: o que leva alguém a querer exterminar o outro?

O fundamentalismo, como o totalitarismo, bloqueia o Outro, o Estrangeiro e a linguagem, e os substitui pela aniquilação.


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