O mal pode ser extremo, não radical. Carta de Hannah Arendt

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02 Fevereiro 2015

O mal é banal: só o Bem tem profundidade e pode ser radical.

Publicamos aqui uma pequena carta de Hannah Arendt enviada a Gershom Scholem, publicada no blog Sperare per Tutti, 20-01-2015. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis o texto.

É minha opinião que o mal nunca pode ser radical, mas somente extremo; e que não possui nem uma profundidade, nem uma dimensão demoníaca.

Ele pode abranger o mundo inteiro e devastá-lo, precisamente porque se difunde como um fungo sobre a sua superfície.

É um desafio ao pensamento, como eu escrevi, porque o pensamento quer ir até o fundo, tenta ir às raízes das coisas e, no momento em que se interessa pelo mal, se frustra, porque não há nada.

Essa é a banalidade.

Só o Bem tem profundidade e pode ser radical.