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Ética confucionista X espírito capitalista: ''Não são lógicas opostas''. Entrevista especial com Rosana Pinheiro-Machado

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15 Mai 2012

“Com uma das maiores fatias de mercado consumidor e produtor do mundo, ainda não são claras as pretensões políticas da China no cenário internacional, ou seja, se tem ou não pretensões imperialistas”, afirma a cientista social.

Confira a entrevista.

Com uma cultura completamente oposta à ocidental, a China vem ganhando espaço no mercado internacional após abrir sua economia e estabelecer um diálogo entre a ética confucionista e o espírito capitalista. “O confucionismo ajuda na propensão à poupança e à perseverança – características que estimulam a lógica capitalista”, diz Rosana Pinheiro-Machado (foto abaixo), autora da tese Made in China (in) formalidade, pirataria e redes sociais na rota China-Paraguai-Brasil (2011), que foi publicada pela Hucitec Editora.

Embora os métodos de trabalho e de produção chineses sejam questionáveis no Ocidente, na China eles ganham outra conotação, e a reprodução de mercadorias ocidentais estão ajudando o país a prosperar economicamente. “A cópia tem um sentido diferente para os orientais. Pode-se dizer que tem uma conotação positiva, como fonte de aprendizado e tradição”, assinala a pesquisadora.

Na entrevista a seguir, concedida por e-mail para a IHU On-Line, Rosana Pinheiro-Machado comenta como, em função da cultura de cada país, o processo de produção de mercadorias oscila entre a formalidade e a informalidade, e como isso contribuiu para o crescimento das economias chinesa e brasileira.

Rosana Pinheiro-Machado é cientista social, doutora em Antropologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul – UFRGS, com período no University College London, e pós-doutora pela UFRGS. É professora da ESPM-Sul, onde coordena a área de pesquisa.

Confira a entrevista.

IHU On-Line
– Como caracteriza hoje o projeto político da China, especialmente no que se refere à expansão de sua economia, após a morte de Mao?
Rosana Pinheiro-Machado
– A China possui um projeto de expansão muito claro, baseando-se na atração de investimento externo e aperfeiçoamento de sua tecnologia. Deng Xiaoping foi fundamental nesse processo, ao abrir zonas econômicas que possuam características especiais. A China está cada dia mais aberta, embora também esteja claro que a participação do governo ainda é central no controle das atividades. A produtividade acelerada gerou um círculo virtuoso de trabalho e renda. Hoje podemos falar que a China começa a se voltar para questões como educação e sustentabilidade e, há muito, não se caracteriza apenas pela produção de mercadorias baratas sem qualidade, mas pelo desenvolvimento e pesquisa de tecnologia de ponta. Com uma das maiores fatias de mercado consumidor e produtor do mundo, ainda não são claras as pretensões políticas da China no cenário internacional, ou seja, se tem ou não pretensões imperialistas.

IHU On-Line – Como a ética confucionista e o espírito capitalista dialogam na China? Quais são, em sua avaliação, as grandes transformações da China contemporânea?

Rosana Pinheiro-Machado
– Dialogam bem. O confucionismo ajuda na propensão à poupança e à perseverança – características que estimulam a lógica capitalista. Não são lógicas opostas, mas complementares, conforme a literatura sobre a China vem mostrando há muitos anos. Desenvolvi uma pesquisa mostrando como o confucionismo era uma retórica e uma prática conveniente para os imigrantes chineses do Paraguai em meta de acumulação de riquezas.

IHU On-Line
– Quais são as relações econômicas estabelecidas entre Brasil e China? Como as mercadorias chinesas têm transformado o mercado de trabalho e a economia brasileira?

Rosana Pinheiro-Machado
– As relações são amplas e atuam em praticamente todos os setores. Ainda observamos maior poder chinês nas negociações bilaterais. O mercado chinês modificou de diversas formas o brasileiro. Primeiro, atuando no mercado informal por meio das mercadorias baratas responsáveis por levar consumo de massa de produtos – via camelôs ou vendas por R$1,99 – a diversas camadas da população brasileira. Segundo, por meio da atuação de sua indústria, que fez com que setores inteiros entrassem em processo de falência ou reestruturação (como o setor calçadista gaúcho). No entanto, hoje podemos falar em um processo generalizado de trocas, no qual a China é vista como um grande parceiro de oportunidade, e não mais como um distribuidor de mercadorias ruins ou um algoz da indústria nacional.

IHU On-Line
– Como as relações de trabalho imbricadas no processo de produção de mercadorias se transformam de informal em formal, e vice e versa? 

Rosana Pinheiro-Machado
– É simples. Depende da cultura local onde uma mercadoria é produzida ou circula. Cada país tem uma legislação específica para pirataria e para o trabalho. Uma prática pode ser ilegal no Brasil, mas não na China. Assim, conforme a mercadoria circula, ela varia seu status. Não se trata apenas de legislação, mas da tolerância das autoridades locais que permitem ou proíbem o trânsito de determinada mercadoria, conforme o contexto. Minha tese foi uma tentativa de mostrar que essas categorias não são fixas e variam no tempo e no espaço. Para um entendimento maior dessa questão, sugiro que o leitor consulte meu artigo.

IHU On-Line – O trabalho informal é indispensável para que o capitalismo funcione? É possível dizer que de algum modo o trabalho informa está se tornando formal?

Rosana Pinheiro-Machado
– Não sei se é indispensável sempre. Mas para o Brasil e para a China foi um sustento importante para milhares de trabalhadores por muitos anos. É natural que, conforme o país cresça, se desenvolva e o nível de riqueza se amplie, as atividades informais trabalhistas tendam a desaparecer. Mas enquanto o Brasil mantiver seu sistema absurdo de tributação, que estrangula os pequenos comerciantes, a informalidade será uma realidade.

IHU On-Line
– Como o Estado chinês se posiciona diante do processo de produção de mercadorias, que muitas vezes são cópias de outros produtos? A cópia tem um sentido diferente para os orientais?

Rosana Pinheiro-Machado
– Sim. A cópia tem um sentido diferente para os orientais. Pode-se dizer que tem uma conotação positiva, como fonte de aprendizado e tradição. No âmbito das polìticas contemporâneas de propriedade intelectual, a China precisa se posicionar, e o Estado começou a combater a pirataria (ainda que de forma branda). De modo geral, para além da noção mais ampla e filosófica da noção de cópia, a pirataria foi um importante passo para que a indústria chinesa se desenvolvesse nas primeiras décadas da era pós-Mao.


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