• Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
close
search
  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato
search

##TWEET

Tweet

Assim começa o Ramadã: o perdão é um pedaço de carne

Mais Lidos

Vídeos IHU

  • play_circle_outline

    5º domingo de páscoa – Ano C – A comunidade do ressuscitado

close

FECHAR

Revista ihu on-line

Arte. A urgente tarefa de pensar o mundo com as mãos

Edição: 553

Leia mais

Zooliteratura. A virada animal e vegetal contra o antropocentrismo

Edição: 552

Leia mais

Modernismos. A fratura entre a modernidade artística e social no Brasil

Edição: 551

Leia mais
Image

COMPARTILHAR

  • FACEBOOK

  • X

  • WHATSAPP

close CANCELAR

share

07 Junho 2016

O que é o perdão? É aquela fragrância que se desprende das flores depois de terem sido pisoteadas. Assim se responde ao modo dos sufis. Esta noite houve a observação da lua. A partir do primeiro lampejo, começa o banquete que dura um mês do Ramadã, e a primeira coisa a fazer – com o jejum e com abstinência da ira, da maledicência e da mentira – é afugentar os pensamentos fugazes e deixar irradiar no íntimo a luz da bênção. Não é uma dieta, é disciplina. O Ramadã não é penitência. Ao contrário, é o refinamento da respiração cujo fole, o peito, acolhe a presença iluminante.

O comentário é do jornalista e escritor italiano Pietrangelo Buttafuoco, publicado no jornal Il Fatto Quotidiano, 06-06-2016. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

O coração de cada um está entre dois dedos do Onipotente, e é – como explica Alberto Ventura em Sapienza sufi, Ed. Mediterranee – "a representação sensível de um princípio de ordem transcendente, uma verdadeira morada da divindade no centro do ser humano".

O coração é "um pedaço de carne". Tem forma de pinha, está escondido do lado de fora e está encerrado – em uma cavidade – em uma mistura de sangue e vísceras, da qual emana o espírito da vida. O coração é lâmpada. Uma correspondência exata – anota Ventura, com Dante Alighieri – com a linguagem da nossa Idade Média: "Espírito da vida, que habita no secretíssimo quarto do coração".

O conhecimento não é um reconhecimento calculante das coisas. Nem uma representação delas. Em uma manhã de movimento aeroportuário comum em Palermo, à espera da partida, há um pobre pai com um filho de 40 anos, ou talvez mais, sentado em uma cadeira de rodas. O filho tem espasmos contínuos, as contrações não lhe permitem o controle da salivação, e aquele pai idoso demais para uma pena tão forte, à sua criança de barbas longas de três dias, não faz nada senão secar continuamente o queixo, e depois também a camisa e as calças, enquanto os soluços dilaceram a sua expressão como que exigindo um pedaço de vida, ou um segundo nascimento, ou o menor máximo de um único instante: com o rosto seco. E com o pai – cuja bagagem de mão é toda de panos, esponjas e trapos – finalmente parado.

O verdadeiro conhecimento é identificação entre quem conhece e aquilo a que se vai ao encontro: isso se lê no livro de Ventura, enquanto o embarque prossegue. Os empregados encarregados de acompanhar os passageiros carentes de ajuda assumem aquele filho, e aquele pai, exatamente a tempo para reunir documentos, veem-no ser levado embora por sequer alguns metros, e é como se o secretíssimo quarto do coração de um e de outro – do filho e do pai, mas de todos também, até mesmo da comissária no portão – se tornasse uma concha para conter, semelhante à pérola, o pranto diverso para um e para o outro. E para todos, enfim. Um, para dar espaço para o coração todo inteiro. O do pai. O outro, para abrir espaço para todas as coisas criadas. Para o filho. E todos, depois – naquela manhã no aeroporto de Palermo – para despojar o próprio coração de culpa, injustiça, ódio e inveja. Apenas encontrando, todos, um pai e um filho.

O que é a misericórdia? É aquela fragrância que se desprende dos remendos usados pelo pai depois de terem sido infundidos de filho. Assim começa o Ramadã, em que o pedaço de carne – o coração – é perdão.


  • Início
  • Sobre o IHU
    • Gênese, missão e rotas
    • Sala Ignacio Ellacuría e Companheiros
    • Rede SJ-Cias
      • CCIAS
      • CEPAT
  • Programas
    • Observasinos
    • Teologia Pública
    • IHU Fronteiras
    • Repensando a Economia
    • Sociedade Sustentável
  • Notícias
    • Mais notícias
    • Entrevistas
    • Páginas especiais
    • Jornalismo Experimental
    • IHUCAST
  • Publicações
    • Mais publicações
    • Revista IHU On-Line
  • Eventos
  • Espiritualidade
    • Comentário do Evangelho
    • Ministério da palavra na voz das Mulheres
    • Orações Inter-Religiosas Ilustradas
    • Martirológio Latino-Americano
    • Sínodo Pan-Amazônico
    • Mulheres na Igreja
  • Contato

Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS
CEP 93.022-750
Fone: +55 51 3590-8213
humanitas@unisinos.br
Copyright © 2016 - IHU - Todos direitos reservados