24 Mai 2016
Exonerado do Ministério do Planejamento após 12 dias de governo interino de Michel Temer, o senador Romero Jucá (PMDB-RR) também teve uma "passagem relâmpago" quando foi ministro pela primeira vez. De 22 de março a 21 de julho de 2005, durante o primeiro mandado de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ele comandou a pasta da Previdência Social e deixou o cargo desgastado por denúncias de corrupção.
A informação é publicada por Portal Uol, 24-05-2016.
Naquele ano, Jucá foi acusado de praticar fraudes relacionadas ao estatal Basa (Banco da Amazônia). Um inquérito foi aberto no STF (Supremo Tribunal Federal), após o jornal "Folha de S. Paulo ter revelado que o senador e um sócio ofereceram sete fazendas fantasmas como garantia para que obtivessem um empréstimo do banco para construir um abatedouro de aves em Roraima: a empresa Frangonorte. A empresa pertenceu a Jucá entre 1994 e 1997.
O Basa também cobrava do ministro e de seu parceiro uma dívida de R$ 25 milhões do FNO (Fundo Constitucional do Norte). O dinheiro provinha de recursos públicos.
"Acho que o Supremo é o local adequado para fazer a apuração dos fatos. A ninguém mais do que eu interessa apurar os fatos. Eu estou com a consciência tranquila. Não cometi nenhum tipo de irregularidade nessa questão", disse o ministro, à época.
Em novembro de 2008, o ministro do STF) Cezar Peluso declarou a extinção da punibilidade, por prescrição da pena, do então líder do governo Lula no Senado e arquivou o processo, com a concordância do Ministério Público Federal. O pedido de arquivamento foi feito pelo advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que ainda defende Jucá, alvo de inquérito na Operação Lava Jato.
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No governo Lula, Jucá foi afastado de ministério por suspeita de corrupção - Instituto Humanitas Unisinos - IHU