Por: André | 05 Abril 2016
O presidente da Bolívia, Evo Morales, confirmou no último domingo que viajará este mês ao Vaticano para reunir-se com o Papa Francisco, em meio a uma polêmica com a Igreja católica no país.
A reportagem é publicada por Europa Press, 04-04-2016. A tradução é de André Langer.
“Vou em abril ao Vaticano para ver o irmão Papa Francisco. Recebi um convite. Sempre é importante ouvir suas reflexões, receber suas bênçãos; falamos a sós”, disse, em uma entrevista ao jornal El Deber. (Nota da IHU On-Line: Para ler a entrevista na íntegra, em espanhol, clique aqui)
Lamentou também que alguns hierarcas da Igreja “tenham mentalidade colonial”, depois que acusaram membros do Governo de estarem vinculados ao narcotráfico.
“Sinto que um grupo de bispos tem uma mentalidade colonial. Pensam que o império romano continua até hoje, que eles têm a última palavra. Gostaria que tivessem a última palavra, com fé, que pratiquem o cristianismo”, apontou.
Neste sentido, pediu aos hierarcas que revelem os nomes das pessoas supostamente vinculadas ao narcotráfico, como divulgou a agência estatal boliviana de notícias, ABI.
“Padres hierarcas da Igreja católica, quero ver amanhã nomes, quem são essas autoridades do Estado que são narcotraficantes. Se não o fizerem, vou pensar (que querem) atacar o movimento indígena, como no passado”, disse.
Por último, Morales indicou que se sente “discriminado”, acrescentando que as autoridades “trabalham com padres das áreas rurais”. “É bonito estar aí. Prefiro isso a ir a um Te Deum para ser repreendido”, finalizou.
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Morales confirma que viajará este mês ao Vaticano para reunir-se com o Papa - Instituto Humanitas Unisinos - IHU