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Francisco denuncia tratamento do México a indígenas e culpa os “fascinados pelo poder"

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17 Fevereiro 2016

De pé na terra que os povos originários do México têm chamado de seu lar há milênios, muito antes da fundação do próprio país, o Papa Francisco denunciou, nessa segunda-feira (15 de fev.), o tratamento que eles receberam ao longo da história, dizendo que foram “incompreendidos e excluídos” da sociedade além de terem sido tratados como inferiores aos outros.

A reportagem é de Joshua J. McElwee e J. Malcolm Garcia, publicado por National Catholic Reporter, 15-02-2016. A tradução de Isaque Gomes Correa.

Em uma missa organizada para celebrar a diversidade das culturas indígenas no país, o pontífice também falou que os povos originários possuem um papel singular a desempenhar no sentido de ajudar as sociedades aprenderem a responder às mudanças climáticas globais, as quais chamou de “uma das maiores crises ambientais da história”.

“Vocês têm muito a nos ensinar!”, disse Francisco aos cerca de 100 mil presentes, muitos sendo parte integrantes de comunidades indígenas que usaram suas vestimentas tradicionais. “No entanto, muitas vezes, de forma sistemática e estrutural, os vossos povos acabaram incompreendidos e excluídos da sociedade”.

“Alguns consideram inferiores os vossos valores, a vossa cultura e as vossas tradições”, disse o papa. “Outros, fascinados pelo poder, o dinheiro e as leis do mercado, espoliaram-vos das vossas terras ou realizaram empreendimentos que as contaminaram”.  “Que tristeza! Como nos seria útil a todos fazer um exame de consciência e aprender a pedir perdão!”, completou. O mundo de hoje, espoliado pela cultura do descarte, necessita de vós”.

Francisco estava falando na segunda-feira em uma missa ao ar livre no centro histórico cultural do estado mexicano de Chiapas, localizado na fronteira sul do país com a Guatemala. A multidão era formada por milhares de indígenas, que, segundo estimativas, compõem um terço da população do estado, de cerca de 5.2 milhões.

A animação para ver o papa era grande. Filas começaram a se formar de 5 a 8 quilômetros de distância do local da missa nada menos que às 3 da madrugada, em uma noite fria e com nevoeiro que envolvia as pessoas do lado de fora do estádio municipal. Muitos viajaram quilômetros para presenciar a oportunidade. Arturo Rodriguez esteve com sua esposa e seu filho, de oito anos, tendo dirigido por dois dias de San Salvador para chegar a San Cristóbal.
“Viemos porque o papa está trazendo a sua bênção para a região”, disse ele. “Nós acreditamos em sua mensagem de paz”.

As famílias indígenas estiveram particularmente animadas. “O papa traz uma mensagem de esperança e igualdade para a nossa comunidade”, falou Magdaleno Gomez, do grupo étnico maia Tzotzil. “A esperança de igualdade com as pessoas que não são indígenas é muito importante. O papa sabe que somos todos iguais”.

O foco de Francisco na exploração das culturas nativas em sua homilia de segunda-feira irá provavelmente carregar um significado especial em Chiapas, onde os índices de pobreza, desigualdade e fome aparecem entre os mais altos do México. O estado foi também o local do levante zapatista de 1994, que viu um grupo de militantes armados manifestar um alinhamento com as lutas das culturas indígenas contra a implementação do Acordo de Livre Comércio da América do Norte – NAFTA (na sigla em inglês).

Os militantes, que tomaram cidades em todo o estado de Chiapas durante vários dias antes da negociação de um cessar-fogo, diziam que o pacto comercial apenas aumentaria a lacuna entre ricos e pobres. Assim que o papa chegou no papamóvel perto da área onde se celebraria a missa de segunda-feira, um padre animou a multidão pedindo às pessoas: “Deem boas-vindas ao papa da paz; Deem boas-vindas ao papa da misericórdia; Deem boas-vindas ao papa da justiça; Deem boas-vindas ao papa das lutas”. “Viva o papa dos pobres!”, falou ao microfone um outro sacerdote. “Viva a Igreja dos pobres, a Igreja que nasce no povo! Viva o papa que quer os bispos próximos dos pobres, os padres próximos dos pobres!”.

O papa chegou a San Cristóbal de helicóptero vindo da cidade vizinha de Tuxtla Gutiérrez. Enquanto o seu helicóptero se aproximava do estádio, alguns na multidão corriam para lá e para cá, às vezes nocauteando um ou outro já que uns ficaram pressionados contra os muros para ver a delegação chegar. Dentro do estádio, milhares de pessoas se sentavam em banquinhos de madeira à espera do papa. Assim que o papa chegou, o papamóvel pegou um caminho tortuoso em meio à multidão para, de uma forma ou de outra, ir a tantas seções do estádio quanto possível.

O papa era cumprimentado com gritos e com alegria enquanto passava. Mãos se estendiam para abanar. As falas do Papa Francisco de segunda-feira foram apenas as mais recentes de uma série de comentários críticos que ele vem fazendo em sua viagem ao México. Falando aos bispos no sábado, o pontífice fez um dos resumos mais contundentes e diretos daquilo que ele espera dos prelados católicos. Advertiu o episcopado mexicanos contra palavras que são “figuras retóricas vazias” e contra a inação que “desperdiça” a história do país.

Visitando um bairro popular atormentado pelo crime ao norte da Cidade do México nessa segunda-feira, o papa lançou uma crítica feroz contra as tentações da riqueza, vaidade e orgulho – em particular criticando uma riqueza que, segundo ele, “tem gosto de dor, amargura e sofrimento”. Francisco começou sua homilia com uma reflexão sobre o relato, presente no Novo Testamento, de como Deus deu a Moisés um conjunto de leis para o povo de Israel, dizendo que era “uma lei que ajudaria o Povo de Deus a viver na liberdade a que foram chamados”. 

“Há um anseio de viver em liberdade; um anseio que tem o sabor da terra prometida, onde a opressão, os maus-tratos e a degradação não sejam moeda corrente”, disse o pontífice. “No coração do homem e na memória de muitos dos nossos povos, está inscrito o anseio por uma terra, por um tempo em que o desprezo seja superado pela fraternidade, a injustiça seja vencida pela solidariedade e a violência seja cancelada pela paz”, continuou. 

Em seguida, disse que “de muitas formas e maneiras se procurou silenciar e cancelar este anseio, de muitas maneiras procuraram anestesiar-nos a alma”. “De muitas formas pretenderam pôr em letargo e adormecer a vida das nossas crianças e jovens com a insinuação de que nada pode mudar ou trata-se de sonhos impossíveis”, disse Francisco.

Diante dessa tentativa de dizer que nada pode mudar, o papa citou a sua recente encíclica sobre o meio ambiente Laudato Si’ para dizer que “a própria criação sabe levantar a sua voz” aos silenciamento dos povos. “O desafio ambiental que vivemos e as suas raízes humanas têm a ver com todos nós e interpelam-nos”, disse o pontífice. “Não podemos permanecer indiferentes perante uma das maiores crises ambientais da história”.

“Nisto, vós tendes muito a ensinar-nos”, contou ele aos indígenas. “Os vossos povos, como reconheceram os bispos da América Latina, sabem relacionar-se harmoniosamente com a natureza”. O pontífice voou cerca de 800 quilômetros a Chiapas vindo da Cidade do México, onde está dormindo todas as noites nesta sua visita de seis dias ao país. Ele celebrou a missa da manhã num estádio de futebol em San Cristóbal de Las Casas, ex-capital de Chiapas e uma das primeiras cidades colonizadas pelos espanhóis no hemisfério ocidental.

À tarde o papa viaja para Tuxtla Gutiérrez, atual capital estadual, para um encontro com as famílias antes de retornar à Cidade do México. A missa de segunda-feira foi celebrada em espanhol e nos três idiomas maias mais falados na região: tzeltal, tzotzil, ch’ol. Existem doze etnias indígenas em Chiapas reconhecidas no país, e cerca de 36% deles falam somente a língua nativa, e não o espanhol. 

Francisco estará de visita ao México até quarta-feira. Em um sinal de sensibilidade para com a agitação social na região, a decisão de Francisco em vir a Chiapas durante a sua visita encontrou a oposição do presidente Enrique Peña Nieto. Enquanto representantes do governo disseram que as preocupações do presidente tinham a ver com a logística, sacerdotes locais informaram que o governo não queria que o papa tocasse em assuntos polêmicos.

Na quarta-feira, Francisco viaja para o norte, na Ciudad Juárez, fronteira do El Paso, Texas. Nessa visita, ele deve abordar a situação dos migrantes na fronteira dos dois países. Um sacerdote da Diocese de San Cristóbal de las Casas percebeu um fio condutor nas idas de Francisco a Chiapas, Morelia e Juárez, dizendo que cada uma dessas escalas identifica uma problemática “muito importante” para o país.

O padre jesuíta Pedro Arriaga Alarcón, um dos sete vigários episcopais para a diocese, disse esperar que a visita do pontífice incentive os líderes do país a perceber que precisam trabalhar por soluções para os problemas nacionais, “não só com a cabeça” como também “colocando os seus corações em união com o povo do México”.

 


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