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Em O Regresso, o cinema contra a criação autônoma

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12 Fevereiro 2016

"Nada é omitido, tudo se mostra. Mais que isso: tudo se exibe, tudo se ostenta, tudo grita. Nada é deixado para a imaginação ou a inteligência do espectador. Até a beleza National Geographic da paisagem (geleiras, cascatas, florestas de árvores altíssimas, planícies cobertas por manadas de bisões) é enfatizada a cada plano", escreve José Geraldo Couto, crítico de cinema e tradutor em artigo publicado por Outras Palavras, 08-02-2016.

Eis o artigo. 

Forte concorrente ao Oscar, filme de Alejandro Yñárritu expõe limites da arte-mercadoria: muito dinheiro e técnica para inundar com imagens marcantes as plateias, como se elas não soubessem imaginar.

A esta altura todo mundo já conhece o enredo básico de O regresso, um dos fortes concorrentes ao Oscar: na década de 1820, durante uma expedição de caçadores de peles no noroeste dos Estados Unidos, um homem é atacado por um urso, dado por morto e deixado para trás por seus companheiros. Sobrevive milagrosamente e busca vingança.

Ao que parece, esse personagem legendário existiu. Chamava-se Hugh Glass e, no filme de Alejandro Iñárritu, é encarnado por Leonardo DiCaprio. O que pouca gente sabe ou se dá conta é que essa mesma história já foi filmada em 1971, com enredo praticamente idêntico e nomes de personagens mudados. O filme é Fúria Selvagem, de Richard C. Sarafian, com Richard Harris e John Huston. Devo essa lembrança ao amigo jornalista Paulo Henrique Arantes.

A versão de Iñárritu, como seria de esperar, é espetacular, enfática e cheia de proezas técnicas, em sua maioria propiciadas pela tecnologia digital. Seu hiper-realismo é brutal: vemos a carne do protagonista ser rasgada pelas garras do urso, vemos água e sangue fluírem de um buraco em sua garganta, vemos a cauterização do mesmo buraco feita por ele próprio com um chumaço de palha em chamas.

Nada é omitido, tudo se mostra. Mais que isso: tudo se exibe, tudo se ostenta, tudo grita. Nada é deixado para a imaginação ou a inteligência do espectador. Até a beleza National Geographic da paisagem (geleiras, cascatas, florestas de árvores altíssimas, planícies cobertas por manadas de bisões) é enfatizada a cada plano.

Anestesia geral

Talvez essa hipertrofia expositiva (para usar uma expressão consagrada pelo crítico Inácio Araujo) esteja sintonizada com a sensibilidade das plateias atuais, o que explicaria o sucesso de Iñárritu junto ao público e à Academia. Mas há um preço que se paga por isso: quando tudo é clímax, os momentos realmente dramáticos se diluem; quando tudo é “grande”, perde-se a dimensão da verdadeira grandeza. Ocorre uma espécie de anestesiamento geral, de redundância sem fim. O impacto sobre o espectador só pode vir de mais violência, mais “beleza”, mais crueza.

Uma cena de outro filme, lembrada ao acaso, pode ilustrar, por contraste, o argumento acima. Em Rio Vermelho (1948), de Howard Hawks, após o estouro de uma boiada, descobre-se que um vaqueiro morreu pisoteado pela manada. Em vez de exibir o corpo destroçado, Hawks nos mostra o rosto consternado de John Wayne olhando para baixo e dizendo: “Sim, o Dan estava com essa camisa xadrez”. O espectador que completasse a cena, cuja intensidade humana estava a léguas das peripécias de Iñárritu.

No próprio O regresso há uma passagem eloquente. Na beira de um rio, o combalido Glass vê um grupo de alces atravessando a correnteza. Ergue o galho que lhe serve de muleta, aponta em direção aos animais como se fosse um rifle e “atira”. Esse momento de imaginação, humor e poesia – de graça, enfim – revela a contragosto o que falta ao restante do filme.

Histórias de homens que “voltam da morte” para realizar uma missão podem render obras-primas como O coronel Chabert, de Balzac, e A hora e vez de Augusto Matraga, de Guimarães Rosa. A transformação interna do personagem e o caráter mítico, sobre-humano, que ele assume nessa travessia são material de primeira para a criação artística.

Em O regresso o que se vê, no fim das contas, é uma catarse mais rasa, a redução de tudo a um esquema recorrente no cinema americano, o do homem que se vinga de quem destruiu sua família, ou, no caso, o que restava dela. Mas isso revestido de imagens grandiosas, retumbantes, que atordoam o público em vez de entretê-lo ou iluminá-lo.

O filho de Saul

Outra obra em que a brutalidade está presente, mas de uma maneira radicalmente distinta, é O filho de Saul, do húngaro László Nemes, fortemente cotado para o Oscar de filme estrangeiro. Escrevi brevemente sobre ele aqui quando foi exibido na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. É, a meu ver, um filme de grande coragem, rigor e impacto.


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