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Freira que ganhou Jabuti de melhor romance centra obra nos marginalizados

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27 Novembro 2015

Quando a CBL (Câmera Brasileira do Livro) anunciou os vencedores da 57ª edição do Prêmio Jabuti, o mais tradicional do mercado editorial brasileiro, muita gente se surpreendeu com alguns do nomes que levaram as categorias mais importantes da premiação. Da jovem Carol Rodrigues (de "Sem Vista Para o Mar", na categoria Contos e Crônicas) a Daniel Aarão Reis (de "Luís Carlos Prestes - Um Revolucionário de Dois Mundos", na categoria Biografia). Mas foi na categoria Romance que surgiu um forte nome: Maria Valéria Rezende, autora de "Quarenta Dias", que deixou para trás obras de João Anzanello Carrasco, Evandro Affonso Ferreira, Cristovão Tezza e Chico Buarque.

A reportagem é de Rodrigo Casarin, publicada por Portal Uol, 26-11-2015.

Maria Valéria, 73, tem uma trajetória ímpar na literatura nacional. Nascida em Santos, no litoral de São Paulo, ela se tornou freira, aos 24 anos, da Congregação de Nossa Senhora - Cônegas de Santo Agostinho. Dedicou sua vida à educação e alfabetização de pobres, tanto em São Paulo, seu estado natal, quanto no Nordeste, onde fixou moradia em João Pessoa a partir de 1986. Por lá, esteve principalmente em meio às lutas de trabalhadores rurais por terra no brejo paraibano e hoje trabalha ajudando imigrantes da África e do Haiti.

Durante a ditadura, no entanto, já tinha levado sua atenção a pessoas de outros países. Por auxiliar militantes da esquerda, passou a ser perseguida pelos militares, o que a forçou a deixar o Brasil. Foi viver em lugares como Angola, Cuba, Timor e França, onde se formou em literatura francesa pela Universidade de Nancy e fez mestrado em sociologia --antes disso, já era pedagoga formada pela PUC.

Sua estreia como escritora de ficção aconteceu em 2001, com "Vasto Mundo", livro de contos que retrata o povo nordestino. Seu primeiro romance foi "O Voo da Guará Vermelha", de 2005, no qual ficcionalizou muito do que viveu enquanto ensinava jovens e adultos a ler e escrever.

"Valéria tem uma experiência de vida enorme, e os seus livros refletem isso, apresentam personagens marginalizados, geográfica e economicamente. É legal para os leitores que, ultimamente, são bombardeados com livros auto-centrados em personagens padrões (branco, classe média) ter possibilidades de visitar outros lugares e outras mentes", diz o escritor Roberto Menezes, autor de "Julho é um Bom Mês Pra Morrer", que conhece há dez anos Maria Valéria, sua colega no Clube de Conto da Paraíba.

"Quarenta Dias"

Menezes define o agora premiado "Quarenta Dias" como "um livro forte", com uma protagonista "que vibra a cada página" e que oferece ao leitor a "sensação de estar em um lugar estranho e conhecer um pouco sobre ele". A protagonista, no caso, chama-se Alice e o lugar estranho é Porto Alegre. Na história, a mulher, uma professora aposentada que também é narradora da obra, deixa João Pessoa, ruma para a capital do Rio Grande do Sul e imerge na periferia da cidade que desconhece para, a pedido da filha, procurar por um rapaz que sequer tem certeza de que existe, missão que acaba por transtornar sua cabeça.

Para escrever a obra, a própria Maria Valéria perambulou pelas ruas da capital gaúcha perguntando por alguém que ela mesmo inventou. "Fui a Porto Alegre, minhas irmãs de lá me abrigaram, percorri duas semanas o avesso da cidade, usando como senha uma pergunta que depois emprestei a Alice, minha personagem/narradora: 'Conhece um rapaz da Paraíba, o Cícero Araújo, peão de obra, que não deu mais notícias à mãe, desesperada pelo sumiço do filho?'. A pergunta/senha para vagar impunemente pela cidade veio dos inúmeros casos de gente desaparecida com que me deparo pela vida afora", escreveu a autora em um texto para o Suplemento Literário Pernambuco no qual conta a experiência de passar 14 dias perambulando por solo porto-alegrense.

Escritora dos marginalizados

Toda essa vida e obra centradas nos que estão à margem da sociedade fizeram com que, antes de vencer uma das principais categorias do Jabuti, Maria Valéria fosse a homenageada da Flipobre, o festival dos escritores que se consideram marginalizados pelo sistema literário, que aconteceu no começo de novembro com mesas exclusivamente virtuais. "Foi uma feliz coincidência. O fato de ela ter sido premiada é uma surpresa, já que Valéria não está na lista dos escritores badalados. Ser marginalizado tem vários significados e, no caso dela, o fato de viver fora do eixo reforça essa ideia", diz Menezes, também um dos criadores da Flipobre.

Para ele, o reconhecimento oferecido pela CBL honra o tipo de literatura que a autora faz, bem como a temática com a qual trabalha. "Desde o primeiro livro, 'Vasto Mundo', percebe-se uma literatura de observação resultante do contato dela com personagens reais. E o mais interessante é ela em nenhum momento cair na tendência do momento de fazer auto-ficção".

Este não é o primeiro Jabuti de Maria Valéria: ela já tinha vencido duas vezes o prêmio com o infantil "No Risco do Caracol", em 2009, e o juvenil "Ouro Dentro da Cabeça", em 2013. A autora ainda concorre ao Jabuti desde ano nas categorias Melhor Livro de Ficção e Melhor Livro de Não Ficção, que serão anunciados no dia 3 de dezembro.


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