Por: Jonas | 30 Outubro 2015
O acadêmico francês Salim Lamrani ressaltou que o resultado da votação nas Nações Unidas da resolução que busca o fim do bloqueio imposto pelos Estados Unidos contra Cuba, confirma o isolamento de Washington. Outra vez, a comunidade internacional reivindicou na Assembleia Geral das Nações Unidas a retirada do estado de sítio que oprime o povo cubano, há mais de meio século, declarou.
A reportagem é publicada por Rebelión, 29-10-2015. A tradução é do Cepat.
Pelo vigésimo quarto ano consecutivo, 191 países votaram a favor da resolução apresentada pela nação caribenha que pede o fim de uma política anacrônica, cruel e desumana. Só os Estados Unidos e Israel votaram contra, ressaltou Lamrani.
Na sua avaliação, é inevitável enfatizar a contradição entre as declarações do presidente Barack Obama, que convida o Congresso estadunidense para retirar as sanções, e ver que o poder executivo vota contra a resolução que pede o fim dessa punição.
O bloqueio atinge as categorias mais vulneráveis da população e constituem o principal obstáculo ao desenvolvimento da ilha, apontou o também especialista das relações entre os dois países e doutor em Estudos Ibéricos e Latino-americanos da Universidade Paris Sorbonne (Paris IV).
Ressaltou que os Estados Unidos se encontram isolados no cenário internacional, já que até seus mais fiéis aliados exigem a adoção de uma política baseada no respeito ao direito internacional e soberania dos Estados.
Não se poderá falar de normalização das relações entre as duas nações enquanto não se eliminar as sanções econômicas e indenizar o povo cubano pelos danos sofridos, afirmou Lamrani.
Além disso, outros temas pendentes são a devolução do território no qual Washington tem instalada a ilegal Base Naval de Guantánamo, a derrubada da Lei de Ajuste Cubano e a supressão dos programas de financiamento destinados a fomentar a subversão na ilha, acrescentou.
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Acadêmico francês destaca isolamento dos Estados Unidos no cenário internacional - Instituto Humanitas Unisinos - IHU