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O tempo ao contrário: um país papista sem religião civil. Entrevista com Vito Mancuso

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26 Outubro 2015

Em Roma, nem mesmo a Igreja é santa, imagine-se o resto. Esse resto somos nós. Há um "quê" que nos falta: chama-se religião civil. O teólogo Vito Mancuso falou extensivamente sobre isso, ainda antes que desabasse o panteão berlusconiano. E explicou que uma característica antropológica italiana, a scaltrezza [astúcia], a condição de ajeitar o passo onde o pé possa se proteger melhor, foi se dilatando até se tornar uma constante e extrema esperteza. No fim da disputa, no entanto, a esperteza se tornou nada mais do que desvio da inteligência.

A reportagem é de Antonello Caporale, publicada no jornal Il Fatto Quotidiano, 24-10-2015. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Eis a entrevista.

Era 2009 quando você escrevia sobre isso. Nada mudou.

Não criemos ilusões, são condições que certamente não se preenchem em cinco anos. A religião (de religio) é o senso de conexão, de pertença, uma ligação fortíssima com algo maior. Como cidadãos, é a disposição da mente e do coração de fazer parte de algo maior do que nós mesmos.

Por que somos assim?

Porque nos tornamos italianos tarde demais. Porque somos filhos de um Estado que se uniu há apenas poucas décadas, sofreu a fragmentação, foi refém de domínios muito poderosos, não por último o do Estado Pontifício.

E chegamos às culpas da Igreja.

A religião católica, ao contrário da ortodoxa e da protestante, muito dedicadas à identidade nacional e até mais, pretendeu ser o Absoluto na terra, e os fiéis identificaram a Igreja como um sucedâneo do Estado, sobrepondo uma a despeito do outro: a comunidade eclesial, o Reino dos céus.

Depois, a política fez o resto.

Na Itália, sempre foi muito forte o filão socialista e comunista. Não é por acaso que, nas suas reuniões, se cantasse a Internacional. E não é por acaso que a palavra Pátria era entendida como um palavrão, e o sentido nacional, aniquilado sistematicamente.

E, por fim, fomos nós, italianos, que completamos o trabalho.

É indubitável que a natureza do italiano é individualista, e que esse caráter se mostra ainda mais decisivamente descendo de Norte a Sul. Não há medida entre o senso de compacidade e unidade do povo alemão em relação ao italiano. Mas essa mesma diferença se destaca também se a comparação é feita entre um trentino ou um piemontês e um siciliano.

Quanto nos custa ser individualista?

As pessoas acreditam que nós somos um povo de notável inteligência. Muito criativo, com picos de genialidade realmente incomuns. E é tudo verdade. Mas, apesar dessa força, é o uso distorcido da inteligência que nos faz afundar. Quando a inteligência se torna esperteza sistêmica e de massa, então são problemas.

Espertos demais. Um suicídio coletivo da ética.

A medida exorbitante da esperteza produz o caos, um devir caótico da nossa vida. A inteligência vê o que quer ver. Existe o primado da vontade. E nós selecionamos conscientemente. Rejeitamos a conexão com a ideia mãe, com algo maior que nos una e nos faça sentir comunidade.

Individualistas, espertos e muito dedicados.

Mas, muitas vezes, religião acaba no intimismo, o credo se torna superstição. É o sintoma de uma religião imatura, tão distante da pregação de Jesus. Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pela sua vontade de ver afirmado o direito. E o que dizer dos profetas? Para todos, leia-se Isaías: "O que eu quero é que o direito não seja pisoteado". Em vez disso, existe um senso comum diverso, diferente.

O que acontece nestas horas no Vaticano confirma o senso comum: não pode existir rigor, direito, limpeza. Mas apenas o inverso, o sujo.

Roma é o emblema dessa incapacidade de crer nos grandes ideais. A cidade santa se tornou a cidade cínica, desiludida, traída. Além disso, a história do papado é marcada pela temporada dos corvos. A história nos oferece casos em repetição: do Papa Formoso à Papisa Joana, aos Borgias, até os nossos dias...

Uma temporada infinita de corvos.

Ora, a oposição a Francisco é muito visível e a notícia do lado no cérebro é muito simbólica. O cérebro nos guia e, se adoece, produz-se um processo de apagamento, de dilaceração do tecido. Mas a dilaceração é o exato oposto da religião. Eu esperava esse epílogo.

Você esperava?

Absolutamente sim. Isso significa que Francisco está duramente tentando mudar a Igreja, transformá-la. Toda ação de renovação produz oposição. No Concílio, criou-se o cisma lefebvriano. Agora, estamos de novo nesse ponto, na encruzilhada.


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