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Por: André | 16 Julho 2015

Na obra de Shakespeare O mercador de Veneza o usurário Shylock exige o pagamento da dívida com uma libra de carne do corpo do mercador Antonio. Em uma triste metáfora, o Eurogrupo exige que a Grécia pague com sua própria carne dívidas que começaram sendo majoritariamente privadas.

De acordo com o Código Penal espanhol, é crime de terrorismo “desestabilizar gravemente o funcionamento das instituições políticas ou das estruturas econômicas ou sociais do Estado, ou obrigar os poderes públicos a realizar um ato ou a abster-se de praticá-lo”.

A reportagem é de Olga Rodríguez e publicada por El Diário, 14-07-2015. A tradução é de André Langer.

Eu escrevi nesta mesma coluna há duas semanas que há golpes de Estado que se dão sem tanques. Lamentavelmente, o desdobramento dos acontecimentos de lá para cá deram força a esta tese. O próprio Varoufakis usou essa expressão para denunciar que o Eurogrupo pretende leiloar a Grécia, em um ato que o ex-ministro das Finanças grego qualificou de “terrorismo”.

Ao fio dessa definição de Varoufakis, o jurista Joan Garcés recordava, no último fim de semana, em uma conversa no Fórum pela Mudança, um parágrafo do Código Penal espanhol sobre terrorismo, que diz o seguinte:

“Considerar-se-á crime de terrorismo a prática de qualquer crime grave [...] quando realizado com qualquer uma das seguintes finalidades:

1.- Subverter a ordem constitucional ou suprimir ou desestabilizar gravemente o funcionamento das instituições políticas ou das estruturas econômicas ou sociais do Estado, ou obrigar os poderes públicos a realizar um ato ou a abster-se de praticá-lo”.

2.- Alterar gravemente a ordem pública.

3.- Desestabilizar gravemente o funcionamento de uma organização internacional.

4.- Provocar um estado de terror na população ou em uma parte dela.”

A Europa fundou-se perdoando dívidas justamente da Alemanha. Em 1953, através do Acordo de Londres, reduziu-se a dívida alemã em 63%. Entre os seus credores encontrava-se a Grécia, mas a Alemanha impôs agora a asfixia à Grécia passando por cima das decisões democráticas do povo grego.

Presenciamos como se está subvertendo e desestabilizando o funcionamento das estruturas econômicas e sociais do Estado grego, como se obriga os poderes públicos de Atenas a assumir determinados atos e evitar medidas que aliviariam o sofrimento dos gregos. Desestabilizou-se um país por meio da pressão financeira e pretendeu-se semear o terror em boa parte da população.

Se algum dia a sensatez voltar a esta Europa que corre para o abismo se estudará em detalhes como a dívida privada converteu-se em pública, como os Estados – através de seus cidadãos – assumiram o pagamento de dívidas alheias e interesses desorbitados enquanto os bancos faziam negócios com seus empréstimos, recebendo do Banco Central Europeu dinheiro a juros baixos para emprestar esse mesmo dinheiro aos Estados do sul duplicando ou mesmo triplicando os juros.

Se algum dia a sensatez voltar a esta Europa que se tornaria solidária novamente se estudará nos livros de História como foram marcadas pautas para interferir na vida política de um país como a Grécia e como o capitalismo financeiro conseguiu em poucos anos ser muito mais poderoso do que antes da crise. O mercado dos produtos financeiros derivados move anualmente 700 bilhões de dólares, uma soma equivalente a 10 vezes o Produto Interno Bruto de todos os países do mundo, o dinheiro circula fora de controle e com isso a democracia no sul da Europa corre o perigo de converter-se em algo meramente anedótico.

Na obra de Shakespeare O mercador de Veneza o usurário Shylock impõe ao mercador Antonio o pagamento da sua dívida com a entrega de uma libra de carne do seu próprio corpo. Em uma triste metáfora, o Eurogrupo exige que a Grécia pague com sua própria carne dívidas que começaram sendo majoritariamente privadas e com as quais muitos intermediários fizeram suculentos negócios. Tudo isso, com um claro objetivo: impor uma única opção política e um único modelo econômico – baseado no “aqui manda a Alemanha e o poder financeiro” – que espalhará um clima de tensão crescente. Assim a Europa escreve a sua história nesta segunda década do século XXI.


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