Por: Jonas | 01 Julho 2015
Há mais de 30 anos, acompanham Pedro Casaldáliga (foto). Durante sua saída temporária de São Félix do Araguaia, há dois anos, após receber ameaças de morte, estiveram ao seu lado. São seus olhos e sua voz, agora que o maldito Parkinson avança, inexorável. José María Concepción e Mari Pepa Raba falaram, nesta tarde, com o profeta da Amazônia, preocupados após algumas notícias que mencionavam um importante agravamento da enfermidade: “Sigo com meu irmão Parkinson”, disse-lhes.
Fonte: http://goo.gl/oyOFx2 |
A reportagem é de Jesús Bastante, publicada por Religión Digital, 30-06-2015. A tradução é do Cepat.
“Está alegre, cansado, mas lúcido”, relata Mari Pepa, após o susto desta manhã. “É auxiliado por três enfermeiras, e nos tranquilizaram. Teremos que aguardar as homenagens póstumas, felizmente”, brinca.
“Paz e bem, desejo vê-los logo”, disse Casaldáliga durante a breve conversa. Aos 88 anos, viveu com alegria a publicação de “Laudato Si”, onde estão resumidas muitas das lutas que envolveram sua vida na Amazônia: a Terra, a causa indígena, o respeito à Criação e o homem como parte de uma natureza global.
Outro amigo de Casaldáliga, Eduardo Lallana, um dos incentivadores da “Missa da Terra Sem Males” (com texto do bispo), exatamente neste momento está retornando de São Félix, onde esteve até ontem compartilhando a vida e a alegria com dom Pedro. “Disse-nos que notou que estava igual, com dificuldades para falar, como é lógico, mas perfeitamente lúcido”, afirma José María.
“A enfermidade avança, como é lógico, mas em nada precisamos pensar que estamos diante dos últimos dias de Casaldáliga”, concluem José María Concepción e Mari Pepa Raba. “Não há um processo de término”, afirmam, recordando uma das primeiras frases que lhes dirigiu o bispo, amigo e cristão: “Aqueles do Primeiro Mundo, se não trabalharem a solidariedade, não se salvarão, haja o que houver”.
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“Sigo com meu irmão Parkinson”, manifesta-se Pedro Casaldáliga - Instituto Humanitas Unisinos - IHU