Por: Jonas | 15 Mai 2015
O Governo de Israel se mostrou, nesta quarta-feira, “decepcionado” com a decisão do Vaticano de reconhecer o “Estado da Palestina” em um acordo sobre “aspectos essenciais da vida e atividade da Igreja Católica na Palestina”, que será assinado em breve.
A reportagem é publicada por Religión Digital, 14-05-2015. A tradução é do Cepat.
Fonte: http://goo.gl/IWeJl0 |
Fontes do Ministério das Relações Exteriores de Israel, citadas pelo jornal israelense ‘The Jerusalem Post’, afirmaram que a decisão do Vaticano “afasta a liderança palestina do retorno às relações bilaterais diretas”.
Horas antes, o subsecretário vaticano para as Relações com os Estados, dom Antoine Camilleri, disse em uma entrevista ao jornal oficial do Vaticano, L‘Osservatore Romano, que “seria positivo que o acordo ajudasse os palestinos a ver estabelecido e reconhecido um Estado da Palestina independente, soberano e democrático, que viva em paz com Israel e seus vizinhos”.
Afirmou também que este acordo pode incentivar a comunidade internacional, especialmente as partes interessadas, a realizar uma ação mais incisiva para contribuir com o restabelecimento de uma paz duradoura e a solução dos dois estados. “Esta seria uma bela contribuição para a paz e a estabilidade em uma região tanto tempo afligida pelos conflitos”, destacou.
Está previsto que o Papa Francisco receba, neste sábado, em audiência particular no Vaticano, o presidente da Autoridade Nacional da Palestina, Mahmoud Abbas (no foto, à direita do Papa), um dia antes da canonização de duas freiras palestinas.
Em 2012, a Assembleia Geral da ONU concedeu à Palestina a condição de “Estado observador não membro” da organização, ainda que não seja “membro pleno” da mesma, já que necessita da aprovação do Conselho de Segurança. Em 2014, o Parlamento Europeu apoiou publicamente o reconhecimento do Estado da Palestina.
De sua parte, a Autoridade Palestina comemorou o tratado assinado com o Vaticano, que inclui o reconhecimento do “Estado da Palestina”, e destacou que se trata de uma iniciativa para “a paz e a estabilidade” no Oriente Próximo.
A Santa Sé concedeu o simbólico reconhecimento em um acordo sobre “aspectos essenciais da vida e atividade da Igreja Católica na Palestina”, que será assinado em breve. Para o Governo de Mahmoud Abbas, trata-se de um passo na direção correta.
O Ministério das Relações Exteriores palestino destacou, em um comunicado, que “a conclusão do primeiro tratado nas relações entre o Estado da Palestina e a Santa Sé é um passo que beneficia a paz e a estabilidade, que reforça a coexistência pacífica e estende pontes entre culturas, civilizações e religiões”.
Para o Governo palestino, o acordo é resultado das históricas relações entre as duas partes e, segundo sua nota, “reafirma o Estado da Palestina como origem das religiões”, informa a agência oficial de notícias Wafa.
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Israel, “decepcionado” com a decisão vaticana de reconhecer o Estado Palestino - Instituto Humanitas Unisinos - IHU